O sorriso que exibes
Manchado
Formatado de cordiais agrados
Não esconde o rasto de sal
Nos impolutos olhos inchados
Tranca as portas, aumenta o som
Põe agasalhos que calem a fome
Não fales, não escrevas, não digas
Não aceites nada de que possas gostar
Deixa sangrar, deixa esquecer
Recolhe ao negro sagrado
Vazio que sabes ser o teu lugar
Deixa escorrer, continua a cantar
A solidão é camarada
Fiel, rara qualidade
Deixa sangrar, deixa morrer