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Ventania

Na margem certa da vida, a esquerda.

Ventania

Na margem certa da vida, a esquerda.

origem
A minha brisa trabalha, freneticamente, do outro lado do rio. Quase ouço o som dos dedos nas teclas, ou a coçar o queixo enquanto acena com a cabeça, balbuciando códigos de linguagens paralelas. Conheço-lhe os sons, os cheiros, os jeitos. Detenho-me neste pensamento e dou por mim a sorrir com a imagem daquele outro sorriso, tão lindo, hoje em tons de azul e prata.

As águas do rio que nos separa e nos une estão hoje serenas e convidativas... Mergulho. Mas só em espírito, porque toda a gente sabe que as ventanias e as águas serenas nao se dão bem. São complementares, mas os elementos muito distintos, de limites vincados com forças físicas e leis químicas. De boleia na corrente, lembrando a lontra que não vi (Guadiana abaixo, ou seria acima?), aprecio as paisagens que correm de ambos os lados, enquanto me aproximo do desejado (tão, tão desejado) destino. Pudessem estas correntes de ar encontrar-se a meio caminho, sempre que o pensamento se pudesse materializar, à velocidade da luz... O rio borbulharia constantemente, espuma incessante a envolver cacilheiros e velejadores, gaivotas e taínhas.

AI, vontade de estar noutro sítio, a contemplar um brilho nos olhos que se sabe ser da nossa autoria...

AI. Saudades, que tinha mesmo antes de conhecer-te e paixão que floriu a duas dimensões.

AI. Amor.





O vento anda, corre e voa!

Hoje foi um dia daqueles, que passa e que cansa. Pior do que uma segunda-feira, foi terça-feira depois da promessa de fim-de-semana prolongado não ter cumprido o descanso que devia. Acordei já com os olhos pouco vivos, arrastei-me para a banheira enquanto os ombros ainda estalavam de preguiça contra a almofada velha. Estalam ainda, novamente de preguiça, e vontade de se entalarem entre o colchão duro e disciplinador (que eu adoro, a sério) e o lençol que ainda cheira a lavado. Mas prometi-me que não ia terminar o dia sem fazer alguma coisa que pelo menos contribuísse para um objectivo MEU. E cá estou, dadas as já poucas forças para lutar por objectivos maiores e mais nobres (ou talvez mais egoístas).
Hoje revi uma grande amiga que esteve fora uns tempos. É curioso, e tão confortável, quando a euforia do reencontro se esgota nos primeiros cinco minutos para dar lugar ao mesmo sentimento de sempre, à amizade despretensiosa e desinteressada (a verdadeira, afinal) que só busca a amizade no outro, nada mais. Tudo recomeça do ponto em que ficou suspenso, nenhuma estranheza resta, tão pouco desconfiança de que algo se tenha alterado. E isto acontece mesmo se o nosso amigo do peito te tiver eclipsado durante um ano, dois, ou mais. Verdade, verdadinha. É talvez um dos melhores prémios de vida que se pode ter: saber que onde quer que se esteja, há alguém que nos guarda no coração desinteressadamente, "apenas" porque gosta de nós. E "apenas" é tanto... Pode ser quase tudo.
E durante todo o dia desejei estar noutro lugar. Quanto mais tempo passo naquele lugar que me consome os dias, mas vontade tenho de voar rumo a outras tempestades. Sentirei falta de pessoas, é certo. Mas deixarei esses contras para quando os prós forem realidade e me aplacarem as tristezas. Pensar que durante anos sonhei... e que o sonho tem, afinal, tão pouco de cor-de-rosa. Sonhos novos, os anos passam, com alguma pressa, e eu sem pressa de os ver passar. Gostava de contar para trás uns sete ou oito, talvez. Mas não, não me arrependo de nada, não faz o meu feitio, aquele que dizem que é mau. Pode ser mau, mas é o meu e o único que tenho...
Não gostei deste dia. Não ouvi uma boa canção, não vi um bom filme, não tirei uma foto nem adiantei a filosofia. Nem sequer escrevi nada de jeito... Vou apagar este dia da sua existência histórica e com ele todas as marcas que provam que tenha existido. Pelo avançado da hora, diria mesmo que hoje já é quase amanhã.


O vento anda, corre e voa!







Era uma vez um país

onde entre o mar e a guerra

vivia o mais infeliz

dos povos à beira-terra.



Onde entre vinhas sobredos

vales socalcos searas

serras atalhos veredas

lezírias e praias claras

um povo se debruçava

como um vime de tristeza

sobre um rio onde mirava

a sua própria pobreza.



Era uma vez um país

onde o pão era contado

onde quem tinha a raiz

tinha o fruto arrecadado

onde quem tinha o dinheiro

tinha o operário algemado

onde suava o ceifeiro

que dormia com o gado

onde tossia o mineiro

em Aljustrel ajustado

onde morria primeiro

quem nascia desgraçado.





Era uma vez um país

de tal maneira explorado

pelos consórcios fabris

pelo mando acumulado

pelas ideias nazis

pelo dinheiro estragado

pelo dobrar da cerviz

pelo trabalho amarrado

que até hoje já se diz

que nos tempos do passado

se chamava esse país

Portugal suicidado.



Ali nas vinhas sobredos

vales socalcos searas

serras atalhos veredas

lezírias e praias claras

vivia um povo tão pobre

que partia para a guerra

para encher quem estava podre

de comer a sua terra.



Um povo que era levado

para Angola nos porões

um povo que era tratado

como a arma dos patrões

um povo que era obrigado

a matar por suas mãos

sem saber que um bom soldado

nunca fere os seus irmãos.



Ora passou-se porém

que dentro de um povo escravo

alguém que lhe queria bem

um dia plantou um cravo.



Era a semente da esperança

feita de força e vontade

era ainda uma criança

mas já era a liberdade.



Era já uma promessa

era a força da razão

do coração à cabeça

da cabeça ao coração.

Quem o fez era soldado

homem novo capitão

mas também tinha a seu lado

muitos homens na prisão.



Esses que tinham lutado

a defender um irmão

esses que tinham passado

o horror da solidão

esses que tinham jurado

sobre uma côdea de pão

ver o povo libertado

do terror da opressão.



Não tinham armas é certo

mas tinham toda a razão

quando um homem morre perto

tem de haver distanciação



uma pistola guardada

nas dobras da sua opção

uma bala disparada

contra a sua própria mão

e uma força perseguida

que na escolha do mais forte

faz com que a força da vida

seja maior do que a morte.



Quem o fez era soldado

homem novo capitão

mas também tinha a seu lado

muitos homens na prisão.



Posta a semente do cravo

começou a floração

do capitão ao soldado

do soldado ao capitão.



Foi então que o povo armado

percebeu qual a razão

porque o povo despojado

lhe punha as armas na mão.



Pois também ele humilhado

em sua própria grandeza

era soldado forçado

contra a pátria portuguesa.



Era preso e exilado

e no seu próprio país

muitas vezes estrangulado

pelos generais senis.



Capitão que não comanda

não pode ficar calado

é o povo que lhe manda

ser capitão revoltado

é o povo que lhe diz

que não ceda e não hesite

– pode nascer um país

do ventre duma chaimite.



Porque a força bem empregue

contra a posição contrária

nunca oprime nem persegue

– é força revolucionária!



Foi então que Abril abriu

as portas da claridade

e a nossa gente invadiu

a sua própria cidade.



Disse a primeira palavra

na madrugada serena

um poeta que cantava

o povo é quem mais ordena.



E então por vinhas sobredos

vales socalcos searas

serras atalhos veredas

lezírias e praias claras

desceram homens sem medo

marujos soldados «páras»

que não queriam o degredo

dum povo que se separa.

E chegaram à cidade

onde os monstros se acoitavam

era a hora da verdade

para as hienas que mandavam

a hora da claridade

para os sóis que despontavam

e a hora da vontade

para os homens que lutavam.



Em idas vindas esperas

encontros esquinas e praças

não se pouparam as feras

arrancaram-se as mordaças

e o povo saiu à rua

com sete pedras na mão

e uma pedra de lua

no lugar do coração.



Dizia soldado amigo

meu camarada e irmão

este povo está contigo

nascemos do mesmo chão

trazemos a mesma chama

temos a mesma ração

dormimos na mesma cama

comendo do mesmo pão.

Camarada e meu amigo

soldadinho ou capitão

este povo está contigo

a malta dá-te razão.



Foi esta força sem tiros

de antes quebrar que torcer

esta ausência de suspiros

esta fúria de viver

este mar de vozes livres

sempre a crescer a crescer

que das espingardas fez livros

para aprendermos a ler

que dos canhões fez enxadas

para lavrarmos a terra

e das balas disparadas

apenas o fim da guerra.



Foi esta força viril

de antes quebrar que torcer

que em vinte e cinco de Abril f

ez Portugal renascer.



E em Lisboa capital

dos novos mestres de Aviz

o povo de Portugal

deu o poder a quem quis.



Mesmo que tenha passado

às vezes por mãos estranhas

o poder que ali foi dado

saiu das nossas entranhas.

Saiu das vinhas sobredos

vales socalcos searas

serras atalhos veredas

lezírias e praias claras

onde um povo se curvava

como um vime de tristeza

sobre um rio onde mirava

a sua própria pobreza.



E se esse poder um dia

o quiser roubar alguém

não fica na burguesia

volta à barriga da mãe.

Volta à barriga da terra

que em boa hora o pariu

agora ninguém mais cerra

as portas que Abril abriu.



Essas portas que em Caxias

se escancararam de vez

essas janelas vazias

que se encheram outra vez

e essas celas tão frias

tão cheias de sordidez

que espreitavam como espias

todo o povo português.



Agora que já floriu

a esperança na nossa terra

as portas que Abril abriu

nunca mais ninguém as cerra.



Contra tudo o que era velho

levantado como um punho

em Maio surgiu vermelho

o cravo do mês de Junho.



Quando o povo desfilou

nas ruas em procissão

de novo se processou

a própria revolução.



Mas eram olhos as balas

abraços punhais e lanças

enamoradas as alas

dos soldados e crianças.



E o grito que foi ouvido

tantas vezes repetido

dizia que o povo unido

jamais seria vencido.



Contra tudo o que era velho

levantado como um punho

em Maio surgiu vermelho

o cravo do mês de Junho.



E então operários mineiros

pescadores e ganhões

marçanos e carpinteiros

empregados dos balcões

mulheres a dias pedreiros

reformados sem pensões

dactilógrafos carteiros

e outras muitas profissões

souberam que o seu dinheiro

era presa dos patrões.



A seu lado também estavam

jornalistas que escreviam

actores que se desdobravam

cientistas que aprendiam

poetas que estrebuchavam

cantores que não se vendiam

mas enquanto estes lutavam

é certo que não sentiam

a fome com que apertavam

os cintos dos que os ouviam.



Porém cantar é ternura

escrever constrói liberdade

e não há coisa mais pura

do que dizer a verdade.



E uns e outros irmanados

na mesma luta de ideais

ambos sectores explorados

ficaram partes iguais.



Entanto não descansavam

entre pragas e perjúrios

agulhas que se espetavam

silêncios boatos murmúrios

risinhos que se calavam

palácios contra tugúrios

fortunas que levantavam

promessas de maus augúrios

os que em vida se enterravam

por serem falsos e espúrios

maiorais da minoria

que diziam silenciosa

e que em silêncio fazia

a coisa mais horrorosa:

minar como um sinapismo

e com ordenados régios

o alvor do socialismo

e o fim dos privilégios.



Foi então se bem vos lembro

que sucedeu a vindima

quando pisámos Setembro

a verdade veio acima.



E foi um mosto tão forte

que sabia tanto a Abril

que nem o medo da morte

nos fez voltar ao redil.



Ali ficámos de pé

juntos soldados e povo

para mostrarmos como é

que se faz um país novo.



Ali dissemos não passa!

E a reacção não passou.

Quem já viveu a desgraça

odeia a quem desgraçou.



Foi a força do Outono

mais forte que a Primavera

que trouxe os homens sem dono

de que o povo estava à espera.



Foi a força dos mineiros

pescadores e ganhões

operários e carpinteiros

empregados dos balcões

mulheres a dias pedreiros

reformados sem pensões

dactilógrafos carteiros

e outras muitas profissões

que deu o poder cimeiro

a quem não queria patrões.



Desde esse dia em que todos

nós repartimos o pão

é que acabaram os bodos

— cumpriu-se a revolução.



Porém em quintas vivendas

palácios e palacetes

os generais com prebendas

caciques e cacetetes

os que montavam cavalos

para caçarem veados

os que davam dois estalos

na cara dos empregados

os que tinham bons amigos

no consórcio dos sabões

e coçavam os umbigos

como quem coça os galões

os generais subalternos

que aceitavam os patrões

os generais inimigos

os generais garanhões

teciam teias de aranha

e eram mais camaleões

que a lombriga que se amanha

com os próprios cagalhões.

Com generais desta apanha

já não há revoluções.



Por isso o onze de Março

foi um baile de Tartufos

uma alternância de terços

entre ricaços e bufos.



E tivemos de pagar

com o sangue de um soldado

o preço de já não estar

Portugal suicidado.



Fugiram como cobardes

e para terras de Espanha

os que faziam alardes

dos combates em campanha.



E aqui ficaram de pé

capitães de pedra e cal

os homens que na Guiné

aprenderam Portugal.



Os tais homens que sentiram

que um animal racional

opõe àqueles que o firam

consciência nacional.



Os tais homens que souberam

fazer a revolução

porque na guerra entenderam

o que era a libertação.



Os que viram claramente

e com os cinco sentidos

morrer tanta tanta gente

que todos ficaram vivos.



Os tais homens feitos de aço

temperado com a tristeza

que envolveram num abraço

toda a história portuguesa.



Essa história tão bonita

e depois tão maltratada

por quem herdou a desdita

da história colonizada.



Dai ao povo o que é do povo

pois o mar não tem patrões.

– Não havia estado novo

nos poemas de Camões!



Havia sim a lonjura

e uma vela desfraldada

para levar a ternura

à distância imaginada.



Foi este lado da história

que os capitães descobriram

que ficará na memória

das naus que de Abril partiram



das naves que transportaram

o nosso abraço profundo

aos povos que agora deram

novos países ao mundo.



Por saberem como é

ficaram de pedra e cal

capitães que na Guiné

descobriram Portugal.



E em sua pátria fizeram

o que deviam fazer:

ao seu povo devolveram

o que o povo tinha a haver:

Bancos seguros petróleos

que ficarão a render

ao invés dos monopólios

para o trabalho crescer.

Guindastes portos navios

e outras coisas para erguer

antenas centrais e fios

dum país que vai nascer.



Mesmo que seja com frio

é preciso é aquecer

pensar que somos um rio

que vai dar onde quiser



pensar que somos um mar

que nunca mais tem fronteiras

e havemos de navegar

de muitíssimas maneiras.



No Minho com pés de linho

no Alentejo com pão

no Ribatejo com vinho

na Beira com requeijão

e trocando agora as voltas

ao vira da produção

no Alentejo bolotas

no Algarve maçapão

vindimas no Alto Douro

tomates em Azeitão

azeite da cor do ouro

que é verde ao pé do Fundão

e fica amarelo puro

nos campos do Baleizão.

Quando a terra for do povo

o povo deita-lhe a mão!



É isto a reforma agrária

em sua própria expressão:

a maneira mais primária

de que nós temos um quinhão

da semente proletária

da nossa revolução.



Quem a fez era soldado

homem novo capitão

mas também tinha a seu lado

muitos homens na prisão.



De tudo o que Abril abriu

ainda pouco se disse

um menino que sorriu

uma porta que se abrisse

um fruto que se expandiu

um pão que se repartisse

um capitão que seguiu

o que a história lhe predisse

e entre vinhas sobredos

vales socalcos searas

serras atalhos veredas

lezírias e praias claras

um povo que levantava

sobre um rio de pobreza

a bandeira em que ondulava

a sua própria grandeza!

De tudo o que Abril abriu

ainda pouco se disse

e só nos faltava agora

que este Abril não se cumprisse.

Só nos faltava que os cães

viessem ferrar o dente

na carne dos capitães

que se arriscaram na frente.



Na frente de todos nós

povo soberano e total

que ao mesmo tempo é a voz

e o braço de Portugal.



Ouvi banqueiros fascistas

agiotas do lazer

latifundiários machistas

balofos verbos de encher

e outras coisas em istas

que não cabe dizer aqui

que aos capitães progressistas

o povo deu o poder!

E se esse poder um dia

o quiser roubar alguém

não fica na burguesia

volta à barriga da mãe!

Volta à barriga da terra

que em boa hora o pariu

agora ninguém mais cerra

as portas que Abril abriu!



José Carlos Ary dos Santos, Lisboa, Julho-Agosto de 1975







(Obrigada, camarada Vasco!)

Ventania, minha companheira de vida... juntos andamos desde o inicio, sem o sabermos... juntos iremos estar sempre, mesmo que voemos em sentidos contrários por vezes. Nós somos um, e um seremos agora e sempre!!! Amo-te


 


Post by BrisaAzul

 

quis saber quem sou o que faço aqui quem me abandonou de quem me esqueci perguntei por mim quis saber de nós mas o mar não me traz tua voz

 


 



em silêncio, amor em tristeza e fim eu te sinto, em flor eu te sofro, em mim eu te lembro, assim partir é morrer como amar é ganhar e perder



tu vieste em flor eu te desfolhei tu te deste em amor eu nada te dei em teu corpo, amor eu adormeci morri nele e ao morrer renasci



e depois do amor e depois de nós o dizer adeus o ficarmos sós teu lugar a mais tua ausência em mim tua paz que perdi minha dor que aprendi de novo vieste em flor te desfolhei



e depois do amor e depois de nós o adeus o ficarmos sós





O vento anda, corre e voa!


Foi há 31 anos que os ventos eram de mudança. Pequenos e tímidos a princípio, atabalhoados, sem saber qual a direcção em que soprar e fazer da sujidade escondida entre ruas e esquinas apenas uma memória. E depois, ergueram-se, confiantes, em fortes lufadas de ar cheiroso a cravos frescos, a revolução, a democracia.

Hoje as memórias já não são cultivadas como antigamente. A geração revolucionária acomodou as recordações no fundo duma gaveta antiga e faz questão de encolher os ombros em cada acto eleitoral. São poucos os filhos dessa geração que se comovem ou que são arrebatados de paixão com as canções de intervenção. Outros, poucos, estão atentos aos sinais da liberdade que às vezes se perde, aos pouquinhos de cada vez. Anseio por uma tempestade que exorte as vitórias do Povo e faça novamente crer que é possível a justiça, a liberdade, direitos e deveres iguais para todos. É preciso lembrar. É preciso acreditar. É preciso fazer.



"O Sol brilhará para todos nós."

 


Abre os braços e eleva-te no ar...

O vento não tem cor. O vento tem rumo? O vento eleva-se e detém-se, arrefece e conforta a solidão de quem está nu no vazio, acaricia as peles macias e tenras, as crispadas e atropeladas por rugas de estórias antigas.

O vento passou por aqui. Levantou-me as asas e agora sei voar.