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Ventania

Na margem certa da vida, a esquerda.

Ventania

Na margem certa da vida, a esquerda.

origem
Escrevo para ti, escrevo para mim, escrevo para o ninguém que passa e lê. Disseco uma víscera, daquelas que se pegam à alma e se esconde atrás do suspiro abafado.
A pálpebra que tomba ao som do luar, a espera que se espreguiça e arrasta noite dentro.
E a impaciência corrói-me os músculos, que estalam, ácidos, como quem grita por clemência.
Só a ausência me faz companhia, acena-me um sorriso e depressa se retira para ausências mais profundas dentro de si.

Só, novamente.


O vento anda, corre e voa!