Passou um beijo, passou uma hora. A seguir outra e muitas mais, e o beijo esquecido não retorna. Errou o destino, esqueceu-se de travar, galopou por cima de todas as boas intenções e aterrou com ambas as patas em nenhures. Do beijo que nasceu suave soltaram-se faíscas de cascos nas rochas tristes, nasceu um eco mudo que atravessou o (meu) universo e espezinhou a autoconfiança. Sangue? Algum, espesso, derretendo-se longamente sobre as fendas e os poros, coagulando, envergonhado de existir.
O vento anda, corre e voa!