Que o chocolate de culinária não é para comer à dentada
Que a garrafeira quer-se cheia de pó
Que as coisas de marca são melhores
Que as férias são para ir à praia
Que as coisas velhas são lixo
Que caviar é melhor que paté de sardinha
Que é chique esticar o cabelo
Que o desporto só faz é bem
Cada qual sabe de si, ok? Há coisas que não mudam nem vão mudar nunca. Assim como eu. ;)
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Animais fantásticos, maravilhosos mesmo. Não consigo perceber a repulsa de algumas pessoas para com estas fofuxas. Que, para mais, ajudam a livrar o mundo de algumas melgas, essas sim, bichas sanguinárias.
Tenho um colega que se pela de medo de aranhas. O mesmo que me conta, para me horrorizar, como, quando era miúdo, ateava fogo a lagartixas dentro duma garrafa. Acho que vou comprar daquelas aranhas de borracha para enfeitar uma certa secretária...
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Não, não é sobre o caso Jonas versus Ensitel, que não teria nada de novo a acrescentar. É sobre o injustificado e escandaloso aumento das taxas moderadoras na saúde. Mas este país só anda para trás e este povo conforma-se e segue a vidinha? Paga e não bufa? Eu juro que há uma parte de mim que se passa, que perde a noção e que deixa mesmo de ver. É aquela parte terrorista que tem ganas de colocar explosivos no Ministério da Saúde, pá!
Alguém me explica como é que pessoas que têm 500 euros mensais para viver podem dar-se ao luxo de comer e de vez em quando sujeitar-se a uma doença? Ou quando estiverem doentes não comem? E isso não fará mal à saúde?
Este não é um país de exploradores fascistas, é um país de mansos que se deixam ser explorados!
(Preciso dum calmante...)
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2008 foi um ano mau, complicado, de mudanças. Depois, em 2009, tudo se agravou e pensei que tinha sido o pior ano de sempre na minha vida. Accomplishments à parte, que cumpri grande parte do que me havia proposto. Mas foi terrível. Sofri, e sofri, e tornei a sofrer tudo de novo, num repeat tão masoquista quanto mágico. Em 2009 esgotei-me. Apesar de ter sido em 2008 que perdi o chão e vi planos quebrarem-se em cacos, 2008 foi a descoberta de mim sem sideshow. It was all about me. E os instantêneos irreais de paixões imensas a inundarem-me… 2010 começou mal, tão mal, e continuou pior do que podia imaginar. Nada, resume-se a nada. Um enorme vazio, buraco negro em que nada se permite respirar, nem o imaterializado raciocínio que deixou de caber nas sinapses. E de repente, out of nowhere, a coragem para dizer “Basta!”, para quebrar o ciclo, e o ciclo quebrou. E entrou a luz, e entraram sorrisos em catadupa, e entrou magia, e entrou encantamento, e entrou um pássaro azul pela janela, e entrou sangue nas artérias, e entrou ar nos sonhos, e entraste tu e não mais saíste de mim.
O pior ano da minha vida acabou por abrir portas ao melhor de mim.
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um bilhetinho, uma carta de amor, um postal daqueles muito pirosos, uma visita surpresa, um mimo. Só porque sim, porque é verdade, porque apeteceu.
(Um sms a meio da tarde a dizer "Sabes que te amo?".) Isto - senhoras e senhores, meninas e meninos - é só isto, que faz toda a diferença do mundo. Que nos faz sentir especiais e amadas. Felizes.
Os imbecis permanecem imbecis, os do complexo de superioridade permanecem com complexo de superioridade, os insuportáveis permanecem insuportáveis, os egocêntricos permanecem egocêntricos e os porreiros permanecem porreiros.
E é isto.
(Pardon my french.)
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De repente dei conta que estou sozinha no mundo. Completamente sozinha. Num vácuo que nem eco produz dos meus gritos. E gosto de estar sozinha. Porque se depender só de mim não há ninguém que me vá falhar as promessas, não há ninguém que me volte costas ou que me peça explicação das lágrimas. Ninguém vai duvidar do ponto em que a minha sanidade se encontra, ninguém me vai puxar as orelhas se passar dois dias sem comer e, felizmente, ninguém vai ficar mais só depois de eu morrer. Sozinha, sem ar. De olhos nos olhos da noite, à espera que se apresse e me separe das sombras.
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Especialmente, esta.
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E antecipando já a onda de show-and-tell que vai assolar a blogosfera entre hoje e 3ª feira, adianto já. Não recebi prendas. Nenhuma. Ofereci (poucas) prendas, com muito amor. Simbólicas, todas elas. Ao gajo Sr. Eng.º, mandei-o passear. Que, como sabem (vide post abaixo) é a melhor prenda do mundo.
Bebi pouco vinho do Ti Bento, bebi pouco Porto, bebi pouca aguardente. Poucas azevias, nenhuma lampreia, quase-nada de tronco. Provei as minhas filhós de abóbora e como não tenho nada de modesta, acho mesmo que cada ano ficam melhores (certamente não tem qualquer relação com a quantidade crescente de cachaça que lhes meto). Tive frio, tive sono, estudei, escrevi. Zanguei-me e acho que mandei um psicótico à merda. (Começa a ser tradição de dia 25, só muda o psicótico.) Constipei-me. Tomei pirolitos* para conseguir dormir. Dormi pouco. E voltei a ter pesadelos.
*alprazolam + diazepam
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A Papoila gosta de avelãs e eu também. Mas enviei-lhe rabanadas com calda, que já não tenho avelãs. As últimas que comi foram oferecidas por um desconhecido que nunca me viu, apanhadas pelas suas mãos. Dizem-me que é um moço estranho, psicótico e que só come carne de porco. Esteve muito perto de encontrar compreensão num ombro ainda mais psicótico, mas feito essencialmente de carnes brancas, peixe e marisco. Só porque gosto muito do nome dele, e de avelãs. O que me traz de volta à Papoila, que para além de gostar de avelãs ofereceu-me o melhor postal do mundo e mandou-me passear, que como sabem, é a melhor prenda do mundo. E para onde me mandou a Papoila? Para a terra do psicótico das avelãs, onde foi criado por uma loba, ele e o gémeo. O Universo está constantemente a enfiar-nos mensagens pelos olhos dentro. Eu é que tenho pouco jeito para decifrá-las.