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Ventania

Na margem certa da vida, a esquerda.

Ventania

Na margem certa da vida, a esquerda.

origem

Because we forgive each other before we can say “I’m sorry”. Because I go through so much trouble to buy stamps to put on an “I love you” card that I end up delivering it myself in your mailbox and you call me before you see it to say pretty much the same. Because you ask me to marry you, and I answer “will you marry me?”. Because you know how to piss me off and I fall for it every time. Because you trip on my slippers and that’s how much I miss you too. Because I saved the blue toothbrush for you. Because if you go, I’ll go with you, because I will go and you’ll come along too. Because I kissed the telephone so many times. Because you wash the dishes before you let me in your kitchen. Because we drink the same tea. Because our love is still the same, only bigger each day.


 


 


 



 


 


- Já disse que tens bom gosto?


- Pois temos... :)


- E vai refinando com a (matur)idade.


- Sabes, costumo dizer que já não tenho paciência para tintos maus... da mesma forma que dizes antes voar e cair que nunca levantar os pés do chão, há na idade o discernimento para sabermos o momento exacto de bater as asas e voar sem recear cair. O refinamento, o seu significado, esvanece-se na prostração que temos perante as coisas belas porque temos a precisa noção do que elas significam e o que podemos significar para elas, tornando algo de instintivo. :)


- A realização da efemeridade de cada volta do planeta, mais do que coisas, ensina o valor de cada momento, faísca da imaginação que seja, a irrepetibilidade impele a que cada dia tenha de ser especial duma qualquer maneira; o que se aprende, o que se ouve, como se vê, quem se lê, a força do que se diz, o travo de cada gole. Abençoada mortalidade! E três vivas ao Peter Pan! :)


- Ora minha Windy, o valor de cada momento é intrinseco ao carácter turbulento de cada um. O traço laminar, também. Todos os momentos não têm de ser especiais de qualquer maneira, têm sobretudo de ser sinceros. A magia está justamente aí, no acto correcto no momento certo. Não somos infalíveis, é certo, mas aí também reside a faísca da introspecção. Repara, que fiz eu hoje para que tenha sido especial. Aparentemente pouco. Mas foi especial, porque estou bem e sinto que causo o mesmo em ti. Há uma nuvem de verdade e de ressonância de alma no que nos escrevemos... simples não é? As coisas simples são especiais por si só.


Bird, teu...


- E ser sincero não basta para ser especial? Ainda que dum fundo de oceano de desenraizadas ilusões? Uma palavra basta, sobeja, Bird (ainda acredito que são tudo). E hoje, abundaram-me palavras que queria há tanto ouvir, tão justas, tão certas, e outras, as tuas, que têm o condão de me prender (the good way), de fazer sorrir. Muito simples, indeed. E so f****** special. :)


- Nem mais minha Windy, e o meu sorriso, como bem sabes, acompanha o teu...


- Saber não sei, meu Bird (isto soa weird), mas gosto de contornos surreais e prefiro acreditar que sim.


- Soa não soa? Mas gosto da elegância do pronome... A frase fica ainda mais dedicada num contorno surreal. :)


- :) Gosto da tua maneira de pensar. Surreal. Cesariny.


Porque não posso mais ouvir falar na “polémica” da geração sem remuneração: ele é nas notícias, nos blogs, nos círculos de amigos. Porque as generalizações nunca foram nem serão a verdade absoluta. Porque a resignação só pode ser a última opção, mas o síndrome de Kalimero também nunca ajudou ninguém a crescer.


Porque hoje dizia que “as oportunidades não caem do céu, é preciso fazê-las acontecer e ir atrás delas!” e tenho de ser consequente...


 


Jovem portuguesa,


com formação superior na área das Ciências da Vida (licenciatura e mestrado, pré-bolonha),


frequência no presente de licenciatura em área de Línguas e Literatura,


desempenho académico (sempre) no quartil superior,


polivalente,


multidisciplnar,


culta,


tolerante,


sem medo de trabalhar,


com intelecto acima da média e claramente imodesta,


porém, humilde,


facilidade no trato,


criativa e pragmática,


altamente organizada,


dotada de grande espírito crítico


e vontade de aprender sempre mais,


metódica e rigorosa em todas as tarefas a que se propõe,


experiência em investigação científica,


em ensino superior,


em gestão empresarial,


em negociação,


em cobranças de alto valor,


em gestão de reclamações,


em análise de dados,


na produção de relatórios técnicos,


com elevada aptidão para a expressão escrita,


para as artes gráficas – fotografia, desenho e pintura,


e para optimização de processos,


orientada para o cliente e para objectivos,


“movida a desafios”,


team-player e autónoma,


com atenção “às árvores”, sem perder noção da “floresta”,


inglês fluente (oral e escrito),


castelhano e francês médios,


alemão rudimentar,


utilizador avançado de Microsoft Excel, Word, PowerPoint, Access, Visio, Publisher, Internet Explorer, SAP, AutoCAD e afins,


com grande facilidade na aprendizagem de novas ferramentas,


carta de condução de ligeiros,


dotes culinários e domésticos,


gosto particular por viagens e intercâmbios culturais,


 


procura emprego (ou trabalho honesto*) na cidade de Lisboa, arredores ou margem Sul do Tejo,


em qualquer área onde a sua colaboração seja valorizada,


com remuneração acima dos quatro dígitos mensais e vínculo contratual,


onde o seu contributo seja benvindo e apreciado,


onde os direitos e os deveres sejam aplicados com a mesma justiça,


onde a evolução profissional seja estimulada.


 


*ou um mecenas, também pode ser um mecenas. Ou o 1º prémio dum euromilhões.

Para quem não percebe porque é que é mais importante passar um bocado ao lado da pessoa que é o nosso mundo do que dormir mais uma hora, ou estudar mais uma hora, ou ver a segunda-parte dum jogo de futebol.


 


"Não aceito que se fale dos pequenos prazeres da vida quando se fala de Amor. O adjectivo "pequeno" devia estar proibido por lei, nesse contexto, de qualificar a palavra "prazer". É por causa dele que todos achamos que um passeio ao domingo junto ao mar com quem mais amamos, um jantar na sua companhia ou um copo de vinho ao fim da noite são pequenos prazeres. Não são. São grandes prazeres, talvez os maiores. Mas, por causa dessa mania de lhes chamar pequenos, acabamos por não lhes dar o devido valor. Sorrimos um pouco, como quem sorri porque está aproveitar um pouco do que a vida lhe pode dar, e nem percebemos que estamos a aproveitar muito.
Chamar pequeno a um prazer de Amor é chamar pequenos a nós mesmos. É estar lá sem de facto estar, como se o Amor não fosse mais do que uma boleia que apanhamos de alguém. Talvez a culpa seja do capitalismo, esse monstro chantagista que passa os dias a ameaçar-nos de fome e sede, e nos faz pensar apenas num emprego, numa fonte de rendimento que nos permita aguentar a sôfrega maratona da vida. Mas a vida não devia ser só essa maratona que percorremos desde o nascimento até à morte. Devia ser um imenso prazer.
Se não acabarmos com o capitalismo será ele a acabar connosco. Qualquer dia só nos podemos apaixonar se tivermos crédito no banco para isso, porque é para aí que esta merda tende. Sem nos apercebermos já temos que pagar por recursos naturais que deviam ser de todos, e ainda por cima achamos isso normal. Pagamos pela água, por exemplo, que quem não pode pagar também não pode ter. Qualquer dia é assim com o Amor, e só nos poderemos apaixonar mediante comprovativo do banco. Até lá, ou até invertermos esta forma legal de roubar a vida de cada um, que se chama capitalismo, chamemos aos prazeres isso mesmo: Prazeres. Sem o "pequeno" atrás.
"


 


 



 


 

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