O Jorge (JBG) ofereceu-me uma fotografia. Não sei quando a tirou, sou distraída, sempre na Lua. Mas sou eu, inteirinha, ali em baixo.
Muito obrigada, querido Jorge, pela fotografia sob forma de poema que apanha um ângulo difícil de captar.
Se calhar ainda há poesia no mundo... :)
Quantas queimaduras terei? Com gelo e com fogo me queimei. Duras marcas dum plano em que colaborei. Jura tatuada, em pele imaculada. Mudei para amar. Resisti por acreditar. Alma, com tanto amada que por amor foi dada.
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Redondos, os olhos a interrogar.
Perguntas como flechas que nem o silêncio desvia.
Direitos a mim, redondos, na aflição do alívio.
Não te aflijas, passarinho. Guarda as asas para quem tas souber navegar.
Nunca disse para sempre neste ou noutro lugar.
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A menina do vestido vermelho tem dois traços molhados nele. Rodopia pela sala, à procura duma bússola desnorteada.
Fica tonta. Quer sair. Falha a porta. Sai pela janela, a voar dum 3º andar.
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Sonhei com um fantasma que se tinha lembrado de voltar a existir.
Mesmo ali, onde costumava ser um sítio seguro para as irrealidades, voltei as costas e mudei de sonho.
Someone who scratches my back, who kisses me in the neck. Someone who takes all my calls because it's always the most important thing, even when it's just to say "Hi. I miss you."
That's what I want.
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“Diz aí os números para o Eurotostões!” – “Pode ser o 24.”
E o plural de número é...?
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se não vês que me estás a perder, ou se vês mas nem te importas.
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Ou, por outras palavras, vai-se a merda, vem o cagalhão.
Foi o comentário político da semana. A Luta continua!
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Nunca pensaste que falasse a sério quando disse "nunca mais".
Nunca achaste que fosse forte o suficiente, que valesses tanto ou tão pouco.
Nunca me conheceste. Nunca te ocorreu que das palavras se fizesse lei.
Nunca sonhaste que depois do "nunca mais", nunca mais um som, nunca mais uma aproximação, um acidental piscar de olho.
Nunca imaginaste que depois do "nunca mais" fosses tu a esticar um dedo na escuridão.
Nunca acreditaste que fossem os teus olhos espantados a travar e todo o meu gelo a dizer-te o que só nos silêncios se ouve.