Nunca pensaste que falasse a sério quando disse "nunca mais".
Nunca achaste que fosse forte o suficiente, que valesses tanto ou tão pouco.
Nunca me conheceste. Nunca te ocorreu que das palavras se fizesse lei.
Nunca sonhaste que depois do "nunca mais", nunca mais um som, nunca mais uma aproximação, um acidental piscar de olho.
Nunca imaginaste que depois do "nunca mais" fosses tu a esticar um dedo na escuridão.
Nunca acreditaste que fossem os teus olhos espantados a travar e todo o meu gelo a dizer-te o que só nos silêncios se ouve.
Nunca viste o que era mais óbvio.
Nunca mais, ninguém. Nunca mais.