Dói-me a barriga. Não me apetece trabalhar, tenho feito demasiadas horas (dias!) extraordinárias, não remuneradas. Não tive férias de jeito. Fora os excelentes e maravilhosos dias no primeiro (de, espera-se, imensos) passeio internacional com o meu Amor, não parei. A bem ver, muito menos parei durante o passeio (carinhosamente apelidado de "grande estafa" pela outra metade), que os passeios são feitos de muitos e muitos quilómetros a gastar solas e é assim que eu gosto. Não tenho tido tempo para escrever. Ideias, pululam aos milhares mas a maior parte das vezes escapam-se porque não as escrevo naquele instante. Não tenho saído, ponto. Nada, nadinha. Casa-trabalho-casa, em casa mais trabalho. Gostava mesmo de ser rica. Nem era preciso ser rica, só não ter de trabalhar (tanto, senhores, tanto!) para ter euritos (poucochinhos e cada vez mais fáceis de evaporar) suficientes para comer e pagar as contas essenciais. Tenho cozinhado alguma coisa e recebido elogios e tudo, sou a master chef lá do meu metro quadrado. Como estou de férias do curso de literatura, tenho conseguido ler (é um contra-senso) nos transportes. A primeira coisa que me disseram hoje foi "amor, desliga o elefante". Ando cheia de nódoas negras. Preciso de comprar mais estantes. Percebi há bocado que tenho mais livros no escritório que a biblioteca aqui do sítio. Gostava de emigrar para a Noruega, muito muito. E that's it!
Felizmente, há a Festa do Avante!