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Ventania

Na margem certa da vida, a esquerda.

Ventania

Na margem certa da vida, a esquerda.

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Parece que já não há mais estrada p'ra andar.

 

Não sei se é definitivo ou não, já não sei de nada, mas sei que por agora não me apetece continuar com o blogue e outras coisas. Não se deve pôr sal nas feridas, sobretudo quando elas estão abertas.

 

 

 

Obrigada a todos quantos foram lendo e apoiando, num ou noutro momento, ou sempre, dentro e fora da blogosfera. Não teria, mesmo, valido a pena sem vocês.

 

 

 

Um grande abraço para cada um de vocês,

 

 

 

Viajante Intemporal, Pipoca dos Saltos Altos, Rafa, Closet, miúda*, Carla Ferreira, Mulher Certa, Starkhyel, Mar Ta, Sir Jon White Smith, Patrícia, João Tiago, Estadista de Algibeira, Amiana Li, Cláudia Oliveira, Francisco, Phoebe, Sílvia, Pequeno Ouriço, Cátia, Beagle, Pedro de Paris, One Guy Alone, Ondine, Monóloga, Maria Ferreira, Sandra, Eva, Lily Braun, CRS, João, Gualter Ego, efoi, Fausto, limoeselimonadas, PaperLife, Lia, Segredos, Vegan Wolf, Tanita, vultus, Sara Maria, Piolho Sintético, Pólo Norte, Folhas Perdidas, o meueudepapel, anónimos fofinhos, todos os de que agora não me estou a lembrar e até ao Parvalhão e ao Blue Hotel.

No primeiro dia do ano de 2010 perdi a pessoa que mais tinha amado até então (antes de ti). Serenamente, aceitei, como se duma morte se tratasse, porque o que existia também não era uma vida. Fiz luto, psicoterapia, inscrevi-me em mais uma licenciatura. A dor nunca passou, mas acostumei-me a ela. As memórias e a ausência, e sobretudo a saudade, fazem parte da família desde então. Têm um espaço cativo no meu coração.


Depois conheci-te, aprendi que era possível voltar a amar, achei que havia bonitas histórias de amor que podiam acabar bem, fui tão feliz. Apesar de tudo, fui estonteantemente feliz contigo, por ti.


Há dois anos, no Natal, estava destroçada. Fiquei em casa fechada, sozinha, a odiar-te porque me deixaste desamparada. No Ano Novo odiei-te com mais propriedade. Descobri-te as mentiras que foram o princípio do fim - sabes disso, certo? Na Páscoa do Ano passado perdoei tudo, porque não sou capaz de não te amar. Tanto, tanto amor. Renascemos das cinzas, mais fortes. Fui salvar-te de capa e espada, acolhi-te e prometi que ia tentar o perdão. Tu prometeste tudo, tudo. Eu tentei por mim e por ti, durante algum tempo foi sendo suficiente para manter a cabeça erguida, muito embora o coração estivesse em cinzas.


No Natal do ano passado havia um abismo de ressentimentos entre nós, das promessas que não cumpriste, das palavras que não disseste. E no Ano Novo empurraste-me do abismo abaixo e voltaste costas. Eu parei de tentar bater as asas e deixei-me cair. Não acredito em mais nada senão em mim.


E agora na Páscoa, onde estamos? Eu continuo estatelada no chão, desfeita. Sozinha, em casa, uma eremita com boas desculpas.


 


Não tenho boas razões para viver de há dois anos para cá. Quanto tempo achas que consigo continuar a fingir? Não sou como tu, não sei fingir. Mas bem te disse que da próxima vez não seria a ti que ia chamar. Hoje é o dia ideal para renascer, e nem sequer sou cristã. Mas é hoje.


 


Até qualquer dia.

Ontem foram as camadonas de nervios, meia hora a soluçar na casa-de-banho de manhã, cabeça prestes a rebentar, joelhos a tremer e estômago em plena revolução (ou a dançar o samba, não percebi bem), que me atiraram para a cama às 10 da noite como se tivesse sido atropelada por um camião, mas em replay contínuo.


 


Os sucos gásticos não tinham nada para corroer e vai daí acharam por bem conhecer outro tipo de canalizações (espero que sejam bons para desentupir).


 


As fases femininas que normalmente duram 5 dias alojaram-se há mais de duas semanas e não parecem com vontade de bazar.


 


O golo na cerveja que dei há bocado soube-me a ácido de bateria.


 


E mesmo as melhores das amêndoas de Páscoa (chocolate com canela) estão ali abandonadas e não me apetece nada para além de laranjas e maçãs.


 


O cocktail de drogas (lícitas, antes fosse das outras) continua o mesmo de há uns tempos para cá, nunca causaram nenhuma destas reacções.


 


Ou meu corpo está a rejeitar o meu cérebro, ou o meu cérebro está a comandar a operação self-destruct, não vejo outra explicação. [Até vejo, mas não quero.]


 


A ansiedade pode fazer isto tudo sozinha, certo? Acho que preciso mesmo de emigrar...

um telemóvel


o comando da falecida box


uma garrafa vazia de cola zero


uma garrafa vazia de água


uma garraga vazia de cerveja belga


um pacote de litro de leite magro (ainda tem qualquer coisa lá dentro)


um tupperware com alface


um pacote meio de batatas fritas onduladas (acho que enjoei, graças a Shiva)


publicidade que estava na caixa do correio


duas pen usb


um cesto supostamente decorativo que contém rebuçados e comprimidos


 


E isto é só no tampo, nem quero dizer nada sobre a prateleirinha de baixo, que fico envergonhada com a desarrumação que vai deixando de ser atípica. Assim se vai conhecendo as pessoas.


 


(Obrigada, One Guy Alone


Não é completamente verdade, mas às vezes é. Sou solitária por natureza, e dou-me bem comigo. Faço-me boa companhia, tenho as melhores conversas e as mais inesperadas também. Desafio-me, contradigo-me, puxo-me as orelhas e rio, como os melhores amigos devem fazer.

Tudo em paz, portanto.

Sometimes I scare the crap out of myself. Sometimes I just feel like I don't care about tomorrow or the consequences or the implications or the most assured tears that will role over my face.


 


Sometimes I think I might just threw it all away for one kiss. My "kingdom". My serenity, and knowledge and proverbial common sense, and maturity, and my so precious wisdom. It could all blow in my hands. It's not like it would be a first. All for just one stupid kiss. That's how it all starts. A stupid kiss.


 


So could you kiss me already?


 


(There, it's out. Now nevermind I've said it.)

Não acreditar no amor e não ter coração (ou tê-lo deixado num congelador dum qualquer 3º andar, entre as ovas e os hambúrgueres de perú) tem lados positivos.


Por exemplo, quando se nos cai de repente um homem hiper-charmoso no quotidiano, completamente o nosso tipo (cuidado, sensível, honesto, calmo, melancólico até, romântico, alentejano como dita a sina, etc., etc.) e nos deparamos a jantar com ele, não há qualquer pressão. Pela primeira vez na vida, não se cora, não se fica ansiosa com expectativa de agradar, diz-se disparates e não se lamenta sequer um. Diz-se objectivamente que ele se devia afastar da tipa que andou a fazer dele gato-sapato, até porque se pode vir a estar interessada na sua companhia, bebe-se o vinho todo e no fim conclui-se que não há hipótese, porque não só ele faz lembrar demasiado o grande amor da nossa vida, como tem dois mesmos defeitos que o outro (fuma e é do Benfica), e ainda por cima não é de esquerda. Não vai dar, ser órfão é essencial mas não compensa o resto.


E é assim, sem dramas nem complexos. Ice, ice baby.




ObrigadinhaS, Tolan (e genialíssimo Bansky). Já agora, não votei em ti, mas bilfava-te com uma ganda pinta (não fosse o respeitinho à Plaft, que homens comprometidos não são mesmo a minha onda), mesmo que sejas um cota careca que veste calças curtas e camisas havaianas (e apesar do cheiro a tabaco), porque não há nada mais sensual que um cérebro fervilhante, ainda pra mais dum gajo com séria pancada pelos escritores russos. Se a Plaft se fartar de ti um dia, anda cá chorar no meu ombro, sim?


Gosto muito do Prezado, sempre tive queda por artistas (e por engenheiros), sempre gostei, tem opiniões pertinentes, noção do mundo real e gosta de caminhar, está no actual pódio dos meus bilfáveis.


Gosto do Tolan, ver posta anterior, mas já ganhou antes e sou pela divisão justa das coisas.


Mas desta vez votei no Pedro. Também chama Fb ao Fb, não dá erros, sabe as dores de fazer abstracts e papers, tropeça nos gatos e tem sido merecidamente citado por aqui. Não gosto nada de pérolas, mas gosto de ostras... E em Paris... nunca se sabe.