Acredito que as pessoas, na sua essência, não mudam. Querendo, podem limar-se arestas aqui ou ali, acontece a maturidade e as escolhas que se fazem, mas nos alicerces que nos fazem ser quem somos não há volta a dar-lhe. Estes alicerces manifestam-se cedo, fruto do que vamos conseguindo colher do que nos rodeia, aprendizagens, exemplos, fruto das heranças que carregamos, do contexto em que somos despejados. Ser quem somos, como um fardo indissociável da identidade. Nem sempre fácil, mas dos poucos incontornáveis da vivência, mais que da vida, de cada um, por muito que se tente fugir da própria sombra.