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Ventania

Na margem certa da vida, a esquerda.

Ventania

Na margem certa da vida, a esquerda.

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Quando em vez, falha-me a razão para ordenar o que de si não tem explicação.

 

(Acho que preciso de tirar um mês, ou seis, para reflectir nisto...)

Ando aqui a ler notícias numa sessão de informação nocturna e há dois aspectos que estão a maçar-me sobremaneira:

 

  • não houve UMA, das dezenas de notícias, em dezenas de publicações que li neste meio-tempo, em que não tenha detectado pelo menos um erro ortográfico ou gralha. UMA, eu queria uma para exemplo...
  • esta nova moda de criticar a gestão de folha de Excel, os estudos de folha de Excel, os orçamentos de folha de Excel. Pois saibam os senhores que o Excel, enquanto mera ferramenta informática, não deve ser menosprezado. Garanto que há obras de arte congeminadas em Excel, em vários campos do conhecimento... Pena é a ausência de visão crítica de alguns 'orçamentistas', não fossem grunhos obtusos e o Excel também seria o seu melhor amigo, em vez do penico em que são depostas bostas quadriculadas!

Uma gaja esfola-se a trabalhar para provar o que vale, anos a fio. Ganha mal. Ganha elogios, confiança, palmadinhas nas costas, mas guito, 'tá quieto. Uma gaja percebe que deve andar a fazer alguma coisa bem quando, em período de crise, recessão, níveis record de desemprego, recebe ofertas de emprego com maior frequência do que antes (em 7 empregos, 6 foram convites, fora os que foram recusados - 

pelo menos 4, que me lembre). Uma gaja despede-se do emprego "para a vida" em que é efectiva e que metade da população portuguesa estaria desertinha para ter. Uma gaja muda para um emprego onde passará a receber mais 60%. O governo decide aumentar a taxa da segurança social e decide rever a tabela de IRS. Uma gaja vai passar a receber só 45% do ordenado e, na prática, menos 20% do que no emprego anterior.

Fica o relato para, quando eu anunciar que vou emigrar, poderem ser dispensadas as perguntas dos porquês.

Não vou dar-me ao trabalho de fingir que não sei se é possível o cérebro pregar-nos partidas tais que pensemos que é um sentimento, do foro do 'coração', que dispara quando a solidão e um excesso de interioridade por ser oferecido se aliam num momento. Não vou romantizar com estranheza que um amor (aquela palavra que ninguém define mas todos querem acreditar que seja real) possa nascer do nada, dum instante em que umas linhas escritas (sabe-se lá por quem, de que idade, nome e feitio) tocam algo de inquieto no espírito. Não vale a pena apontar tolices que conheço como a estória da minha vida e que tendem a repetir-se, sempre com o mesmo resultado.

 

Sem hesitações nem pretensões de remediar o irremediável, a sina humana é boicotar a própria razão.