Era uma vez uma ave rara que foi a um concerto rock e andou comovida três dias.
A poesia ainda existe, solta no ar.
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Era uma vez uma ave rara que foi a um concerto rock e andou comovida três dias.
A poesia ainda existe, solta no ar.
Quando em vez, falha-me a razão para ordenar o que de si não tem explicação.
(Acho que preciso de tirar um mês, ou seis, para reflectir nisto...)
e os sonhos persistem por isso mesmo.
Ando aqui a ler notícias numa sessão de informação nocturna e há dois aspectos que estão a maçar-me sobremaneira:
Uma gaja esfola-se a trabalhar para provar o que vale, anos a fio. Ganha mal. Ganha elogios, confiança, palmadinhas nas costas, mas guito, 'tá quieto. Uma gaja percebe que deve andar a fazer alguma coisa bem quando, em período de crise, recessão, níveis record de desemprego, recebe ofertas de emprego com maior frequência do que antes (em 7 empregos, 6 foram convites, fora os que foram recusados -
"Seria incoerente que me opusesse a que um escritor coma do que escreve, o que me parece, isso sim, condenável, é que escreva quando não tem nada para dizer."
Não vou dar-me ao trabalho de fingir que não sei se é possível o cérebro pregar-nos partidas tais que pensemos que é um sentimento, do foro do 'coração', que dispara quando a solidão e um excesso de interioridade por ser oferecido se aliam num momento. Não vou romantizar com estranheza que um amor (aquela palavra que ninguém define mas todos querem acreditar que seja real) possa nascer do nada, dum instante em que umas linhas escritas (sabe-se lá por quem, de que idade, nome e feitio) tocam algo de inquieto no espírito. Não vale a pena apontar tolices que conheço como a estória da minha vida e que tendem a repetir-se, sempre com o mesmo resultado.
Sem hesitações nem pretensões de remediar o irremediável, a sina humana é boicotar a própria razão.