Como casal de esquerdalhos com a mania que são intelectualóides, poderia esperar-se que nos tempos "livres" a malta aqui de casa se ocupasse com cenas altamente selectas, como mostras de cinema coreano independente ou teatro russo, ou concertos jazz e música clássica, e em casa só ligássemos a TV na RTP 2 ou para ver documentários sobre o impressionismo*. Mas não. Já saturados das notícias (eu mudo de canal quando o tema é desporto e assim que há uma menção ao (des)governo ou ao PR o homem entra em histeria a gritar violentamente com a TV - aposto que os vizinhos ouvem ameaças de morte, mas eu cá não confirmo nem desminto, antes pelo contrário), a nossa companhia à hora de jantar é mesmo a trash TV. Nunca sentimos qualquer atracção pela casa dos segredos ou telenovelas, mas é dar-nos um cheirinho dos programas do TLC ou do A&E e ficamos agarrados como lapas. Pois então que temos nos favoritos: "90 days to wed", "age gap love ", "who gives more?", "sex sent me to the ER" e por aí fora. Eu ainda gosto particularmente da "long Island medium" e tudo o que seja histórias de fantasmas e do sobrenatural. Nada melhor para descansar o cérebro do que metê-lo em ponto morto meia horita de vez em quando!
*quaisquer semelhanças entre as opções mencionadas e a realidade não são mera coincidência - tão hipsters que nós somos!
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Ela corre. Ele corre. Eles correm. Tu corres. Nós... Somos pelos transportes públicos de qualidade.
Era capaz de ver os 17 episódios de cada season de enfiada!
A linha que separa o Bem do Mal é transgredida a cada 10 minutos, é inevitável torcer pelos vilões porque, num dado momento, qualquer um é o pior vilão de sempre, dependendo ou dos fins ou dos meios, nem isso é claro na nossa cabeça. Que série excelente, viciante,
A Shonda Rhimes é genial e, nesta série, que bate a Anatomia de Grey ou Clínica Privada aos pontos, prova-o.
E o elenco, senhores! Excelentes actores, de onde destaco 3 personagens (não os principais, que são bons mas para mim, não os melhores) brilhantemente executadas desde o início, sem vacilar:
Tod@s pela liberdade de expressão, tod@s Charlie... Curiosamente, os mesmos que batem forte e feio no Saraiva pela sua boçal bestialidade a maldizer a Marta Leite Castro são os mesmos que desancam a Ana Malhoa, e só porque a música que escolheu fazer e as fatiotas são igualmente azeiteiras.
Eu também não gosto, nem da música nem das fatiotas, mas quem não gosta não come, que é como quem diz, não compra os CDs e não vê o vídeo no youtube em repeat, certo? Então porque raios chamam nomes (nada simpáticos, I might add) à rapariga e fazem juízos de valor, sem a conhecerem pessoalmente ou sequer da sua vida privada (tanto quanto se sabe, até tem o mesmo marido de sempre)?
Porque é que os blogues chatos, daqueles em que o mesmo tema é esticado em 2 ou 3 posts, cada um com 4 ou 5 parágrafos longos, e chatos, mesmo chatos, sobre nada, ainda vão tendo audiência.
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Mas quem são estes, de onde apareceram? - pergunta o séquito de fãs mesmo antes desta coisa ter o arranque oficial. Somos seres humanos, anti-sociais, com a mania que somos mais espertos e engraçados que os outros. Somos ateus, classe média a atirar para o chunga, com mau feitio, críticos até dizer chega. Já andamos nesta vidinha há uns bons anos, mas agora apeteceu-nos aparvalhar a dois (vivemos em concubinato e, na verdade, o homem queria criar um canal no YouTube para dar tempo de antena às nossas alarvidades, mas eu sou do contra - e a minha cena é, sempre foi, escrever, até tenho a mania que um dia vou escrever um romance.) Vamos dizer mal do (des)governo, do Cavaco, não vamos usar (jamais!) as regras do aborto ortográfico e o resto logo se vê.
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Era só isto.
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Chegar ao fim da tarde com saudades do babe, porque já não o vejo desde as 8 da manhã.
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É duma pessoa da minha terra. *Nem por isso é pouco lido.
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E fiquei assim a modos que embasbacada. Manager do blog? Oi? Really?!
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Leio os poucos blogues que sigo no trajecto casa - trabalho ou trabalho - casa (sim, um excitex que só visto). Escrevo para os meus blogues e *cenas assim* quando consigo (leia-se raramente). Conheço pessoalmente uns poucos dos bloggers que leio e só um pouco da vida de outros tantos. E faz-me uma confusão danada (mas mesmo a sério, isso não é ironia) que as pessoas que têm empregos tradicionais (ou seja, não vivem do blog nem são empresárias ou freelancers) consigam escrever tanto durante o dia de trabalho. Ah e tal, o agendamento de posts. Pois, só que não. As fotos no instagram com os locais de trabalho, por exemplo, denunciam a verdade. Sou só eu que no trabalho tenho mesmo mais que fazer?
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Mais perto dos 40 do que dos 30 e com acne juvenil...
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se aceita que há pessoas que têm dentes maus, por muito que os cuidem e visitem o dentista, simplesmente por motivos hereditários (e é verdade, a genética é uma bitch) ou uma qualquer doença;
se aceita que há pessoas que têm o cabelo fraquinho e sem brilho, por muito que invistam em produtos e cabeleireiros bons, simplesmente por motivos hereditários ou uma qualquer doença;
se aceita que há pessoas que têm os ossos fracos, por muito boa alimentação que tenham e suplementos de cálcio e vitaminas que tomem, simplesmente por motivos hereditários ou uma qualquer doença;
todos os gordos são, preconceituosamente, tidos como comilões vorazes, gulosos e preguiçosos?
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E tudo continua a fazer muito, cada vez mais, sentido. A serenidade doce de dormir de mãos dadas com alguém em casa ou no fim do mundo é insuperável. ❤