Último ataque de riso (acontece-me, às vezes nos piores momentos).
Em viagem de trabalho aos Açores, com a chefe.
Assim que o avião aterra, anda só um pouco na pista e pára. A tripulação (bem divertida e simpática, por sinal) pede desculpa pela pequena interrupção e esclarece que a mesma se deve ao facto de estar um pequeno animal na pista, mas que já estava no local uma viatura com alguém para remover o bicho. Pergunta a chefe: "O quê, está uma vaca na pista?!"
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Aeroportos e estações de comboios, feitos ambos de movimentos, uns perpétuos e rotineiros, outros cortes de guilhotina com o tempo e o espaço, marcando a cinzel um antes e um depois. Tudo passa, passam as gentes, para a frente e para trás, ficam uns enquanto outros partem, uns correm para o seu destino, expectantes ou desiludidos, como quem foge da sorte. Outros suspiram pelo reencontro, um regresso adiado, ansiado, para o seu lugar.
A vida acontece sob lentes caleidoscópicas e de ampliação de tudo o que mais importa nos aeroportos e estações de comboios. Como se fosse mais pura, mais filtrada do que é acessório e banal. Mesmo que não haja nada mais banal do que apanhar o comboio de volta para o sítio onde se iniciou.