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Ventania

Na margem certa da vida, a esquerda.

Ventania

Na margem certa da vida, a esquerda.

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Falar inglês não é obrigatório; mas lá que dá um jeitaço em praticamente qualquer sítio do mundo, em muitos contextos profissionais, e até apenas enquanto factor facilitador do lazer ou entretenimento, não há a menor dúvida. 

 

Obviamente, não é vergonha nenhuma não saber, ou estar mais enferrujado, ou pronunciar um bocado ao lado.
Vergonha é uma empresa pública como o Metropolitano de Lisboa não ter encontrado melhor alternativa para as mensagens bilingues que passa nos altifalantes do que a gravação de uma senhora com uma dicção terrível e pronúncia ainda pior. O Zezé Camarinha poderia ter feito melhor.

 

Um site que vive da partilha de experiências entre os utilizadores. Fazem-se todas as perguntas e há respostas para quase tudo.


Perfeito para quem tem uma insaciável sede por conhecimento, ou apenas curiosidade natural sobre qualquer assunto.


Um vício que muitas vezes me rouba algumas horas de sono, começo a ler respostas, questões relacionadas, ou algo me desperta a atenção nos resumos que o Quora envia por email, e depois não sossego enquanto não ler tudo.


Se ainda não conhecem, vão experimentar.


Na empresa multinacional em que trabalho já há algum tempo, há aumentos salariais todos os anos, ou tem havido. A bem da justiça, creio que hoje em dia é rara a empresa que o faz. Contudo, não se pense que os aumentos são significativos, longe disso. Muitas vezes o aumento não é suficiente sequer para acompanhar a inflação. Mas o grande busílis é que os aumentos não são iguais para todos os trabalhadores, nem dentro de cada categoria profissional, nem coisa nenhuma. Aliás, uma das lutas antigas dentro da empresa é pela equidade salarial, já que as diferenças de salário entre trabalhadores da mesma categoria profissional podem ser abissais, com diferenças de mais de 300%. A direcção da empresa usa este facto para aproveitar a distribuição de aumentos para alegar que esta distribuição serve como ferramenta para diminuir as diferenças. Ora, como é fácil de ver, com aumentos que têm andado, em média, em volta do 1%, tentar ajustar diferenças salariais que por vezes chegam a mais de mil euros mensais, a este ritmo, daqui por 2 séculos ainda estaríamos sensivelmente no mesmo sitio. Depois, há mais uma agravante, que é o facto da direcção alegar (contudo, sem conseguir provar) que os aumentos salariais estão relacionados com a avaliação de desempenho. Ou seja, dizem também que os aumentos não são iguais para todos porque uns são melhores que outros, argumento que simplesmente cai por terra quando trabalhadores que têm uma avaliação de desempenho muito acima da média, e mesmo acima dos 100%, têm aumentos salariais abaixo da média. Este exemplo é o meu próprio, pelo que sei do que falo. A comunicação dos aumentos salariais anuais costumava ser feita à porta fechada e individualmente, pelo que cada um sabia exactamente qual o montante do aumento e ainda tinha alguma hipótese de, não mudar a decisão, que é apresentada como facto consumado e incontornável, mas pelo menos manifestar a sua opinião, colocar questões, etc. Este ano porém, a comunicação foi feita de forma ainda mais caricata e, na minha opinião, desrespeitosa. No departamento em que exerço funções actualmente, há várias equipas organizadas em Ilhas de 2-4 pessoas cada, num open space, e o director tem um gabinete dentro da mesma sala. Uma das equipas é composta por 8 pessoas, distribuídas por duas ilhas intercaladas com outra. O chefe dessa equipa comunicou os aumentos aproximando-se de cada uma das ilhas e dizendo que os aumentos rondavam o 1%, um pouco mais para uns, um pouco menos para outros. O aumento do subsídio de alimentação foi de 13 cêntimos. Vocês já sabem como estas coisas são. Assim. Em grupo e voz alta, mas sem esclarecer nada. A comunicação à minha equipa conseguiu ser feita de forma ainda mais caricata. A chefia, poucos minutos depois desta cena, chegou-se mais perto de nós e disse isto, ipsis verbis: "Bem, ouviram o que o sr. X disse, não foi? Pronto, aplica-se. Portanto, aquela compra que andavam a adiar à espera do aumento... Ainda não vai ser agora" (entre risos típicos de quem não faz a menor ideia do que é ser chefe e da sensibilidade do tema). Não chegando o descabimento destas comunicações, aparentemente até tivemos sorte, pois colegas há na mesma sala que nem tiveram direito a comunicação alguma. Para acrescentar dois pequenos pormenores à narrativa, cumpre explicar que: Tudo isto se passou vários dias após termos recebido o salário, já com o devido aumento (para quem o teve); Os recibos de ordenado são entregues em mão, todos os meses (a versão digital demora cerca de um mês e meio, que está ainda é uma daquelas empresas dependentes do papel), normalmente logo a seguir a recebemos, mas este mês os recibos chegaram num dia à chefia, mas às nossas mãos ainda tardaram 5 dias...

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Ouvido hoje, no festival de horrores sociológicos (ou serão maravilhas?) que é o meu local de trabalho:

 

"Não se sabe o que aconteceu, se foi do coração ou um ataque epiléctrico..."

 

Ainda há dias outra pessoa disse duas vezes "isto é para todos os cidadões" (e não era o Cavaco!), e uma terceira perguntava pelo obcesso do colega.

 

 

Eu confesso, às vezes tenho de pensar em coisas muito tristes para conter os ataques de riso, outras vezes tenho mesmo de me esconder para libertar as gargalhadas antes que me engasgue.

Ingredientes:



  • beringela

  • cenoura

  • pesto verde

  • cogumelos

  • mozzarela

  • azeite

  • sal, pimenta e cominhos q.b.


 


Num tabuleiro, pincelar um pouco de azeite. Cortar beringela em rodelas de cerca de 1cm. Colocar um pouco de pesto verde em cada rodela. Por cima, colocar cogumelos em fatias finas, cenoura em rodelas muito finas ou outros legumes que se prefira (courgette, tomate...). Temperar com sal, pimenta e cominhos a gosto. Finalizar com uma rodela de mozzarela fresca e levar ao forno até o queijo estar derretido.


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Os vizinhos mudaram-se.

 

É toda uma nova experiência viver aqui sem partilhar uma parede com aquelas pessoas fofinhas. Já não se entra em casa com sacos de lixo ou sapatos alheios à porta, já ninguém grita hstericamente "CAAAAAAAALAAAAA-TE CABRÃÃÃÃÃOOOOOO!" quando o recém-nascido chora, nunca mais houve um puto de 8 anos sentado no nosso tapete de entrada a ser calçado pelo "pior pai do mundo".

 

A nossa vida agora é um marasmo. Se não pusermos despertador até corremos o risco de acordar ao meio-dia aos fins-de-semana, porque já não há aquela emoção da berraria de sábado às 8 ou as portas de armário a bater repetidamente aos domingos às 9.

 

Conclusão: vou ter de gritar mais com o gajo e ameaçar esfaqueá-lo (mais vezes) só para poder matar saudades. ♥

 

O ano passado escrevi este texto para assinalar o Dia Internacional da Mulher. Passados 364 dias, a minha visão de mulher adulta num país europeu no século XXI não se alterou um milímetro, o que me entristece profundamente.

 

O meu texto continua, um ano depois, a estar ali em cima nos "destaques" do blogue. O tema parece-me muitas vezes só ser recordado a 8 de Março, perdendo fôlego no resto dos dias. Os direitos fundamentais das mulheres continuam a ser atacados e, parece-me, com maior leviandade, ou menor pudor, neste mundo desfasado em que os radicalismos imbecis ganham terreno um pouco por todo o mundo. O líder democraticamente eleito do mais poderoso país do mundo vangloria-se de poder "agarrar as mulheres pela rata", enquanto na casa-maior da democracia europeia (que não tem consagrado o direito a licença de maternidade nos seus estatutos) o eurodeputado polaco Korwin-Mikke defende que as mulheres devem ganhar menos do que os homens porque, segundo ele, são "mais fracas, mais pequenas, menos inteligentes"

 

 

Tudo isto não é "só" absolutamente execrável e ofensivo para todas as pessoas dignas desse nome, como é uma absoluta falta de vergonha na cara destes anormais e de todos quantos não se insurgem contra a propagação do ódio. É a glorificação da estupidez. É a João-Braguização do mundo (este nem link merece, toda a gente sabe do que estou a falar).

 

É, no fundo, um terrorismo tacitamente aceite, institucionalizado, quase um dado adquirido, de tão presente que está em todo o lado, nas nossas casas, nas nossas empresas, na Assembleia da República, nos jornais e televisões, nos Tribunais, nas Forças Armadas...

 

Nada do que digo é novidade, certo? Então, o que faz falta para mudar o mundo, para começar a equilibrar as diferenças e desafiar o status quo?

 

Faz falta perder o medo! Faz falta fazer voz grossa para nos fazermos ouvir e não termos pudor de exigir o que merecemos. Faz falta mudar as regras, a começar por cada uma de nós. Se o colega homem faz o mesmo trabalho que tu e recebe mais, é teu direito e tua obrigação lutar por um vencimento igual. Se o teu marido se senta no sofá e espera que o jantar apareça na mesa é teu dever mostrar-lhe que está em falta e gritar se for necessário para que ele faça a parte dele das tarefas domésticas. Se és mais qualificada para falar dum tema mas o jornal contactou o teu chefe para participar do debate, chega-te à frente e diz-lhes isso mesmo! Faz falta desafiar o mundo a ser melhor! Faz falta educar para ser justo e correcto. Faz falta varrer o preconceito! Faz falta boicotar todas as representações falocêntricas do mundo actual! Faz muita falta deixar de encolher os ombros perante as desigualdades.

 

Vamos lá quebrar as amarras, sem medo. Todos os dias!

Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro o amor em teu olhar
É uma pedra
É um grito
Que nasce em qualquer lugar


Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal aquilo que sou
Sou um grito
Ou sou uma pedra
De um altar aonde não estou


Às vezes sou o tempo que tarda em passar
E aquilo em que ninguém quer acreditar


Às vezes sou também
Um sim alegre
Ou um triste não
E troco a minha vida por um dia de ilusão
E troco a minha vida por um dia de ilusão


Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro as palavras por dizer
É uma pedra
Ou é um grito
De um amor por acontecer


Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal p’ra onde vou
E esta pedra
E este grito
São a história d’aquilo que sou


Às vezes sou o tempo que tarda em passar
E aquilo em que ninguém quer acreditar


Às vezes sou também
Um sim alegre
Ou um triste não
E troco a minha vida por um dia de ilusão
E troco a minha vida por um dia de ilusão


Às vezes sou o tempo que tarda em passar
E aquilo em que ninguém quer acreditar


Às vezes sou também
Um sim alegre
Ou um triste não
E troco a minha vida por um dia de ilusão
E troco a minha vida por um dia de ilusão



Não houve, em 33 anos, uma única vez em que tivesse ouvido esta canção belíssima e que não me arrepiasse. Haja poesia!

Anda meio mundo doido com a última maravilha da alimentação "fitness", um iogurte com elevado nível de proteína e baixo em gorduras, o skyr.

 

Não é para ser do contra, juro, mas provei um, natural (claro), e penso que será o último. Não gostei nada!

 

Em primeiro lugar, o sabor é... mauzinho. Não se assemelha assim tanto a iogurte, nem a kefir, mas mais a quark, numa versão pobre e deslavada. Deixa na boca uma sensação algo adstringente, a língua encortiçada.

 

Não duvido que misturado com mais alguma coisa melhore substancialmente, mas para quem gosta realmente de um bom iogurte natural (que não tem nada a ver com algumas mistelas rijas e sensaboronas que habitam as prateleiras dos supermercados), o skyr nem sequer chega perto...

 

 

Para mim, o melhor iogurte continua a ser o grego natural, na versão inteira e não light ou ligeira (não é completamente paleo, está na zona cinzenta). Sim, sim, tem mais gordura, naturalmente, mas quem disse que toda a gordura "faz mal" e engorda, mentiu! Porquê? Resumindo e simplificando bastante, porque não é a gordura que provoca picos de insulina, mas sim os açúcares!

 

Da próxima vez que forem ao supermercado, façam um teste: comparem os rótulos do skyr, do iogurte grego natural inteiro e do ligeiro. Qual é o que tem menor teor de hidratos de carbono? Pois, surpresa! É o grego inteiro. 

Ingredientes:



  • 3 postas peixe cozido (usei filetes de paloco, mas qualquer peixe serve)

  • legumes cozidos a gosto (usei brócolos, cenouras, beringela e alho francês)

  • 1 lata de atum em água

  • 3 ovos

  • queijo ralado

  • temperos a gosto


Passar os legumes no robot de cozinha. Temperar com sal, pimenta, cominhos e ervas a gosto. Misturar com o atum, o peixe cozido desfiado e o queijo. À parte, bater os ovos. Envolver na mistura. Deitar numa forma de pão ou de bolo e polvilhar com mais queijo. Levar a forno médio cerca de 20 minutos ou até o queijo ficar dourado. Servir quente.


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Uma pessoa anda a manhã inteira em cima de escadotes bamboleantes, a amarinhar pelos armários acima, em limpezas, armada em dona-de-casa-alpinista. Senta-se na cadeira mais confortável da casa, inclina-se para a frente e... cai um valente trambolhão, com a cadeira por cima.


Resultado: uma marca negra no chão, duas marcas negras no rabo.