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Ventania

Na margem certa da vida, a esquerda.

Ventania

Na margem certa da vida, a esquerda.

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A política e a democracia teriam bastante mais a ganhar do que a perder com a humanização dos políticos. A maior parte dos portugueses tem o péssimo hábito de catalogar “os políticos” como de uma espécie inferior se tratasse, com desdém e com tendência a desprezar o trabalho que desenvolvem, cegamente e independentemente do trabalho concreto e das posições políticas que tomam, o que em muito contribui para o desinteresse generalizado do povo pela política e que se traduz, na prática, por níveis de abstenção chocantes e por um défice imenso na participação política e cívica. Acho eu, que percebo muito pouco de psicologia e sociologia, que perceber-se que os políticos, sejam de que “cores” forem, são pessoas como as outras (com problemas, dias bons e maus, com direito a errar, com boas ou más intenções, com doenças e com identidade própria, com convicções e com gostos pessoais) ajudaria a destrinçar o que interessa, que é a política, do resto, que é comum a todos. Faz falta ver que “os políticos” são pessoas como nós, que os deputados são funcionários públicos a quem podemos e devemos pedir que prestem contas por serviços deficitários que nos prestem, que os líderes de partidos não aparecem apenas em actos simbólicos para serem televisionados. Faz falta que os políticos façam essa aproximação das pessoas, voluntariamente e sem medo de serem afrontados, naturalmente e sem sobrançaria.

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