Velhos hábitos são muito difíceis de largar. Ainda sigo atentamente as tuas palavras, ainda te corrijo as gralhas que mais ninguém corrige. Não se sou eu que confundo ou tu que estás muito determinado, leio tudo o que dizes ou não dizes como ódio para comigo. Demasiada dedicação pode dar a ideia oposta, suponho. Desprezar-me não me dá força aos propósitos, só me faz ter rasgos em que lamento a decisão. Se pudesses tratar-me como a uma pessoa seria mais saudável.
As evidências tornam-se mais claras, apesar de gostar de ti ser muito mais fácil do que odiar-te. Faço um esforço acrescido, lavo as mãos peganhentas de não te tocarem. Será que alguma vez tiveste vergonha de mim? Vais pedir satisfações aos outros como fazias comigo? Mostras o que almoçaste? Partilhas as cabeçadas?...
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Não vejo mais você faz tanto tempo Que vontade que eu sinto De olhar em seus olhos, ganhar seus abraços É verdade, eu não minto
E nesse desespero em que me vejo Já cheguei a tal ponto De me trocar diversas vezes por você Só pra ver se te encontro
Você bem que podia perdoar E só mais uma vez me aceitar Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perdê-la
Agora, que faço eu da vida sem você? Você não me ensinou a te esquecer Você só me ensinou a te querer E te querendo eu vou tentando te encontrar Vou me perdendo Buscando em outros braços seus abraços Perdido no vazio de outros passos Do abismo em que você se retirou E me atirou e me deixou aqui sozinho
Agora, que faço eu da vida sem você? Você não me ensinou a te esquecer Você só me ensinou a te querer E te querendo eu vou tentando me encontrar
E nesse desespero em que me vejo Já cheguei a tal ponto De me trocar diversas vezes por você Só pra ver se te encontro
Você bem que podia perdoar E só mais uma vez me aceitar Prometo agora vou fazer por onde nunca mais perdê-la
Agora, que faço eu da vida sem você? Você não me ensinou a te esquecer Você só me ensinou a te querer E te querendo eu vou tentando te encontrar Vou me perdendo Buscando em outros braços seus abraços Perdido no vazio de outros passos Do abismo em que você se retirou E me atirou e me deixou aqui sozinho
Agora, que faço eu da vida sem você? Você não me ensinou a te esquecer Você só me ensinou a te querer E te querendo eu vou tentando te encontrar Vou me perdendo Buscando em outros braços seus abraços Perdido no vazio de outros passos Do abismo em que você se retirou E me atirou e me deixou aqui sozinho
Agora, que faço eu da vida sem você? Você não me ensinou a te esquecer Você só me ensinou a te querer E te querendo eu vou tentando me encontrar
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Ouve como o silêncio é feito de frio, de rachas no gelo, de distâncias sem humor. As palavras começam a ter aquele tinido metálico que deixa um gosto amargo na boca depois do último gole. As fotografias ganham ruído, electricidade estática. As portas fechadas, blindadas, deixam ver o calor macio lá dentro, onde dormes de cara esborrachada nas almofadas de penas. Longe.