Ever since I saw you I want to hold you Like you were the one
It sees right through me A bullet it comes and takes me And I love you I love you I want you but I fear you
Who are u ? Who are u?
Ever since I saw you I want to hold you Like you were the one
You feet rest on my shoes I sing this song for you Just to see you smile
And I love you I love you I love you but I fear you
Who are u? Who are u?
For how long How strong do I Still have to be?
How come you mean so much to me?
For how long How strong do I Still have to be? How come you mean so much to me?
And I love you I love you I want you but I fear you
Who are u? Who are you?
For how long How strong do I Still have to be? How come you mean so much to me?
For how long How strong do I Still have to be?
Mais para ler
Há que cuidar em tocar com delicadeza, para não raspar. Todo ele coroado com espinhos e farpas, vidros cortantes embebidos em venenos. Toda uma defesa armada para guardar e preservar a solidão, hermeticamente selada, sem entrar um sopro. Quando se tenta contornar de mansinho, com ternuras de beijos lançados ao fim da tarde, sempre resvala num movimento descuidado um braço ou uma perna, a dor chega de repente e o sangue é mais vivo e mais vermelho, a ferida pode até infectar ou gangrenar. Surgem medos, criam-se anticorpos que não preparam para o próximo arranhão, só fazem o toque ser mais evitado, aumentando a distância. Mais duro é agarrar com as duas mãos nuas, com força e sem rodeios. A dor está sempre garantida, mas só com convicção e força se apartam os arames, se derrubam os muros. Gritos guturais, de alma ao léu, ajudam a comportar o embate. Do outro lado, acostumado a estar em silêncio e na penumbra, também vai doer. De repente, as muralhas ruem com estrondo. De repente, o que estava contido começa a espalhar-se sem regras, misturado com sangue e farrapos da carne oferecida em sacrifício. De repente, a liberdade. A catarse. De repente, ser-se quem se é sem contenções ou máscaras e ser-se pleno, aceite. De repente, sorrir desde dentro.