Mesmo não querendo. Mesmo tentando ultrapassar quem fomos e quem queríamos ser. Mesmo tentando esquecer. Mesmo sabendo do mal que me fizeste e do mal que a tua ausência me faz. Tinha pensado em celebrar o tanto que nos une com um fio condutor que nos devolve a identidade quando dela andamos alheados. São onze meses desde que me entraste pela porta adentro, cheio de verdades e exclamações e desejos a mascarar a fragilidade, a carência, o desamparo que vi além do que os olhos alcançam.
Anulado que foi o clima de celebração, resta-me carpir a saudade de quem foste e rejeitaste. Eu serei sempre a mesma, a que não carece de mais do que o nome que te dei, com as mesmas vontades, avalanches de verdades e tsunamis de ternura.