E do mesmo modo que do alto da minha querida impulsividade digo absolutamente todas as sílabas que me atravessam o encéfalo, quero lá saber do estado das coisas, das ânsias e dos melindres e o raio que os parta a todos ao meio, se leio da Medusa um texto que tem a tua cara, uma das tuas caras, quero lá saber da angústia que essa cara escamosa me traz, se gosto dela, da cara, do peixe, de ti, e não deixo de ser eu por ter chegado aqui com as duas asas mancas, eu serei sempre eu, sempre gostarei de ti, e por cima de tudo o que é injusto, tudo o que sei, mais ainda o que não sei, tudo o que eu sou que não me deixa ser como me queres, envio-te o espelho de letras alheias, mais um tiro no pé, uma facada na racionalidade que me acusam de abusar.
Eu sou eu.
Tu és tu.
E nós... nós somos nós.