O fim-de-semana chegou mais cedo e com ele as melancolias, contidas há muito por entre pilhas de papéis, reuniões e projectos que tais, soltaram-se de alívios.
Ela abana a cabeça em troça de si mesma, sente uma compulsiva tristeza lacrimejante. Ela sabe que está a afundar e confessa-se toda de fragilidades quando não está ninguém. E ninguém tem estado há já muito tempo.
Ontem recebeu um presente, o primeiro. Embrulhado em flores e um coração vermelho dedicado em exclusividade. Só hoje reparou e em menos de nada afastou a hipótese daquele pequeno saco ter feito muitos quilómetros com um significado. Continha uma atenção, uma saudade delicada. A vida pode nunca passar destas pequenas significâncias, sem maiúsculas e exclamações, e isso apavora-a. Ela nunca almejou a normalidade, estabilidade, robustez. E corre, não sabe se para longe se em direcção duma embriagada complacência.
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For L.
No one can love me the way that you do
Yeah, i was the captain of my own ship of fools
I fled to the ocean, i aimed for the stars
So your face was a light that kept me saved from the dark
So i say please, say please
Girl you see me smiling
Girl i'm singing words of joy to the world
Between the lines it's hidden in the smile
Can't you hear a cry for love
I jumped to the water, i swam to the shore
Turned up at your doorstep, i slept on your floor
I woke up in panic, i dreamt you were gone
You're gone, you're gone
I stood there in silence with the damaged i've done
But now it's done, it's done so
Girl you see me smiling
Girl i'm singing words of joy to the world
Between the lines it's hidden in the smile
Can't you hear a cry for love
I'll keep on smiling
Girl i'll keep on playing my songs to the world
Between the lines it's hidden in the smile
Can't you hear a cry for love
A cry for love
A cry for love
A cry for love
Girl you see me smiling
Girl i'm singing words of joy to the world
Between the lines it's hidden in the smile
Can't you hear a cry for love
I'll keep on smiling
Girl i'll keep on playing my songs to the world
Between the lines it's hidden in the smile
Can't you hear a cry for love
You can see the smile
Can't you see the cry for love
It's hidden in the smile
Can't you hear a cry for love
he is so right. so are you. don't cry. I'll love you for as long as forever's worth.
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"E se ele se aperceber durante estes dias que tem saudades tuas, que lhe fazes falta, que gosta de ti? Se ele aparecer à tua porta com as malas feitas?"
"Abro a porta e deixo-o entrar. Não penso duas vezes. Tenho todas as certezas. ... Tomara"
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"Gosto de ti!" - disse ela enquanto lhe afagava o rosto e o cabelo.
"Mas não devias" - retorquiu ele, seco.
"Eu sei. Mas gosto de ti."
Ela ainda gosta dele e sabe que há duas ou três boas razões que tornam este 'gostar' contra-producente. Ela sou eu. Eu gosto dele. Muito. Demais. Ele gosta de me ter por perto. Talvez porque mais ninguém o goste desta maneira. Diz-me que sou tão melhor que todas as outras que não pode fazer-me sofrer. Mas faz. Pena que não tivesse pensado nisso antes...
Ele sabe. E eu já expliquei.
Sei que não devia, mas gosto de ti.
Gosto de ti porque me fazes rir, porque pensas do mesmo modo que eu, porque me tiras palavras da boca e porque me pões na boca palavras que mais ninguém põe.
Gosto de ti porque és profundo, inteligente, sensível, pragmático, liberto das coisas pequeninas e mesquinhas. Tens o maior e mais doce, o mais fantástico e aberto e maravilhoso sorriso do mundo.
Gosto de ti porque me dizes exactamente o que pensas e sentes, e porque não criticas que eu diga exactamente o que penso e sinto. És um miúdo, gostas dos teus brinquedos e de te entregar às tuas guloseimas.
Gosto de ti porque gostamos ambos das mesmas coisas, porque contigo não me sinto uma aberração solitária da natureza.
Adoro o som daquelas tuas gargalhadas que começam em soluços contidos, quase tímidos.
Gosto da tua casmurrice, personalidade forte, mau feitio. És independente e fazes aquilo que te apetece sem dar explicações, respeitas quem o faz do mesmo modo.
Gosto do formato do teu umbigo e dos teus lábios, dos teus dedos e das tuas veias.
Gosto que partilhes das minhas opiniões, gosto da tua acidez e da tua loucura.
Gosto do teu cheiro, das tuas piadas sarcásticas, da teimosia do teu cabelo.
Gostei quando me chamaste linda, quando me disseste a verdade nua e crua.
Gosto do teu corpo, da tua temperatura perfeita, dos teus mamilos delicados. Adoro a pele macia do teu pescoço, os teus ombros brancos, o carinho nas tuas pernas enroladas nas minhas.
Gosto do teu hálito pela manhã e de acordar nos teus beijos.
Gosto dos teus olhos de amêndoas tristes, quando estão abertos e permitem que espreite para dentro de ti, quando estão adormecidos e são dois traços muito escuros e decididos, quando se riem e te envelhecem feliz.
Gosto que detestes tabaco e que não digas palavrões, que o futebol te passe ao lado.
Gosto que sintas falta dos nossos dias, que tenhas saudades.
Gosto que os beijos cavernosos se tenham tornado perfeitos.
Gosto das tuas ambições irmãs das minhas, que sejas aventureiro e destemido.
Gosto do modo como tratas os teus, da admiração e respeito, do carinho que sabes mostrar.
Gosto que não tenhas medo de usar as palavras todas.
Gosto de ti porque és tão igual a mim, gosto de ti porque me completas nas diferenças que temos.
Porra, gosto de ti. Só não gosto que não gostes de mim.
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Fustigados por desamores e espinhos q.b., ele era receios sem fim, ela destemida de asas abertas. Renderam-se ambos, deram-se as mãos, decisões, trocaram corações. Ela vontade de ir, ele ansiedade de chegar. Ele águas e ondas, ela ventos e montes. Gostaram-se. Do outro e mais de cada um nos reflexos do outro. Descobertas, reticências, ternuras e cedências. Laços dum, amarras doutro.
Um de estar, outro de vagabundear. Um de nuvens, outro de mar. Um de efémero, outro de brutal. Um de neve, outro de areal. Um de fiel, outro de planar. Um de leis, outro das quebrar.
Ela insistia que o sonho cheirava a flores e ervas, ele sem forças para correr nos bosques. Ele de braços abertos, ela de punhos cerrados. Ela de olhos postos, ele de pés fincados.
Ela do norte, ele do sul. Se ela chorava, ele a abraçava. Se ela beijava, ele a desejava. Se ele esmorecia, ela o elevava.
Um a puxar, o outro a deixar estar. Ele a dormir, ela a sonhar. Ele a sorrir, ela a cantar. Equilibravam-se num ponto médio, longe do centro gravítico do ser. Ele mentia, ela sabia. Ela fugia, ele permitia.
Ele desertou. Ela libertou.
Não se pode voar quando as asas estão acorrentadas. É dia de celebrar a liberdade.
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Todos os meus amigos me dão bons conselhos. Em última análise, todos me dão o mesmo conselho… Se não os sigo não é por não saber que são bons, os melhores, ponderados e que vêm de quem me conhece e me quer bem. Tenho dificuldade em perceber o que é que realmente quero e como fazer as coisas da melhor maneira, sem me magoar e sem magoar mais ninguém.
A C., que me conhece profundamente e que me adivinha, que esteve lá todos os dias, incessantemente, a amparar cada grito mudo, compreende que o P. me abalou o sistema como nenhum outro homem o poderia alguma vez fazer, compreende que vai ainda muito além da personificação de todos os ideais (até o F. sabia disso). Sabe que as cicatrizes não saram nunca e teme que a minha vida seja pautada por este sentimento, tão avassalador que não se sabe como gerir, que transvasa e perde dimensão nas definições meramente verbais. Compreende que provavelmente poderia gostar tanto do P.C. como gostei do F., a lifetime ago, com todos os significados que isto acarreta. As diferenças são o que entretanto aprendi e cresci, os erros que não voltarei a cometer, são os sonhos que sonhei e os sentimentos que descobri.
O G. é fã do P.C. por todas as razões óbvias: o tipo é perfeito, charmoso, romântico, tem encantos que não acabam e uma rara e apetecível doçura; o G. sente as coisas da mesma maneira que eu e verbaliza até os pensamentos que eu faço por ignorar. E acredita desde o primeiro momento que existe aqui um romance por escrever (ou talvez seja uma canção), apesar de entender que o P., ele próprio, com aquele mau génio e aparente frieza, me fascina simplesmente por ser ele.
A L. sabe que a indefinição de sentimentos é lixada e que as relações não dependem apenas de sentimentos, mas de timings, de memórias, de circunstâncias… Sempre terra-a-terra, chama-me à realidade quando já deixei a imaginação levar-se por um papagaio de papel, com uma pergunta desarma-me e coloca em causa as minhas próprias certezas.
A S. sabe que as paixões nos fazem perder o norte e confia que eu tenha alguma lucidez para não repetir os erros que critico. É o exemplo real de que, quando menos se espera, a bússola emocional toma juízo e os olhos abrem-se para ver o que sempre foi óbvio.
A R. ainda não se inteirou da profundidade da estória, não compreende as atitudes de nenhum dos dois, mas confia no final cor-de-rosa-algodão-doce, com toda a sua candura e justa indignação. Já o M. disponibilizou a sua rede de contactos para arranjar um outro protagonista para este enredo, provavelmente a solução mais simples, fora a vida uma equação.
O C. temeu quando lhe contei o que ia fazer; quando percebeu que não estava a brincar (levo os meus sonhos muito a sério) profetizou uma mudança que afinal foi temporária. Não tem conselho para mim, por se ver reflectido no P. Curiosamente, são diametralmente opostos um do outro em tudo o resto, menos no estoicismo quixotesco que o resto do mundo sabe ser um cómodo escudo para as dores que se arrastam.
A L.C. confirma que há pessoas cuja mera presença nos é nefasta, que o único caminho é em frente; e também sabe que há pessoas que não nos permitem continuar por esse caminho, porque nos amarram para sempre. Será que é o impossível que nos atrai, pelo desafio, pelo lado poético do drama?
A M.B. conhece-me há poucos meses, mas o suficiente para me adivinhar as angústias e diagnosticar que o P. é apenas um tonto a perder tempo, dele e nosso. E tem toda a razão. Não quero seguir estes passos, o meu tempo é demasiado precioso, cada minuto que perco nos lamentos é um minuto a menos da minha rota.
A M. disse-me há dias que sempre achou que o F. não tinha nada a ver comigo. E não tinha mesmo, mas talvez fosse parte do encanto; os opostos (des)equilibram-se? Uma coisa é certa: libertei-me dum fardo de condicionalismos que nunca podiam ser para mim.
A M.M. conhece o P. melhor que eu e bem melhor que a mim. Vê-se arrastada para tumultos emocionais quando só quer estar sossegada e achar a sua felicidade, onde não sabe mas sabe que será longe do P. Acha que devo, mais uma vez, tentar uma abordagem que o obrigue a escutar e a encontrar uma racionalidade no irracional que é gostar de alguém assim, como eu gosto dele. Aconselha-me o mesmo que eu aconselho ao outro vértice do triângulo.
A T. detesta ambos (um por motivos pessoais e o outro porque me faz sofrer). Já sofreu as mesmas dores, lamenta um percurso triste, e congratula-se do momento em que o céu ficou mais claro e a chuva parou.
A C. acha que a chave para conquistar um homem é maltratá-lo, seduzi-lo e ocultar o lado lunar. Por mais que me sinta tentada a atestar que esta teoria resulta, não me consigo colocar nesse papel. Não sei ser quem devo, só sei ser quem sou. E perco tanto por isso…
A F. em poucas frases resume ‘what it’s all about’: o que queremos é ser amadas e só devemos fazer o que achamos que nos faz felizes. Ambas sabemos o que é perder o chão dum dia para outro, sem indícios nem razões. E ambas sabemos que há males que vêm por bem.
E eu? O que é que eu acho?... Vou ver se me acho e depois conto.
(O elenco é vasto? Eu já tinha avisado que a minha vida dava um filme indiano…)
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não foi um, foram muitos sorrisos. Mas sim, continuo a achar que são perigosos.
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um sorriso perigoso, que começou aí desse lado. Perigoso porque não sei onde vai acabar.
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Procuro o sentimento que quero destilar, para o entender, acatá-lo com respeito ou lutar contra ele, conforme as curvas da razão me ditem ou permita a voz do outro, do malfadado coração. Abro gavetas, entorno frascos escondidos nas poeirentas prateleiras da memória. Encontro instantes há muito calados, novelos de teias enredadas em mim, mas não te acho a ti. Não sei dar-te nome, idiota sentimento que persiste, como uma sombra… Sempre presente, sem grande definição, sem contornos. Ainda que sob o Sol do meio-dia, sei-te aí à espreita, dona de mim. Não te odeio nem desejo libertar-me. Gosto de ti. E sabes que o grande busílis é esse. Apesar de não quereres, de ninguém querer (alegra-te saber que ninguém quer?), só eu, gosto de ti. E mais não consigo dizer. Não é inédita a Paixão, essa tonta que me agarra pela cintura e me leva pela mão até ao fim do mundo. Essa também por cá anda, paixão por ti, paixão por ele também (é verdade, dei por mim a palpitar de emoções por ele, disse-te?). Mas não anda só, a Paixão. Vem carregada e espessa, essa assombrosa sombra, de sentimento sem nome e que obriguei a calar, que talvez seja apenas uma estrondosa certeza de saber que és ideal para mim, como eu para ti, e que juntos fomos um só. Fomos, naquela outra existência que desapareceria, não fossem as evidências fotográficas a que nos escusamos. Não tenho como negar; quero-te bem. E mais do que a ti, quero-me bem a mim. E bem, fico eu quando te tenho enlaçado em mim. Eu, sou Eu quando me beijas e ris e cantas e o nosso olhar se encanta de estrelas e de Lua. Como já disse: Gosto de Ti.
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Foste
eco das vontades amargas
porta de luz sem calma
palavra amiga, ansiosa, ansiada
rede que pesca às escuras
tiro certeiro que ecoa no peito
coragem de ousar dizer talvez
euforia na ausência, que queima poesia de dois gumes como facas errantes
presença mágica de obra diurna
faísca melosa a querer beijar
sonho de hoje, de antes e sempre
És
promessa de vida, de luz, de ti
conto de fadas enrolado no tempo
momento que foge e que marca a saudade
memórias fechadas na palma da mão
sorrisos imaginados, embrulhados nos meus
poção de ternura que não embriaga
areia na concha da mão que te dei
vento presente que embala a distância
Serás
suspiro pelos beijos que nunca morrem
alvorada recorrente no fundo da alma
SEMPRE, Amor
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Ficar um dia inteiro sem te ver
Ouvir nos recantos das memórias
O açúcar dos céus ocos sem reflexo de ti
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COISASde um pouco a altamenteIMPROVÁVEIS NOS ÚLTIMOS 7 MESES:
(não necessariamente por esta ordem, porque baralhei tudo de propósito)
gastei uma porrada de dinheiro, mas não posso dizer em quê que ainda há uma surpresa…
apresentei-me a alguém que me tinham dito que ia gostar de conhecer
fiz um branqueamento dentário
fui apalpada por 2 ou 3 mulheres (e detestei, mas esta parte seria de esperar)
desapaixonei-me
pensei que nunca mais ia ser feliz
pensei que nunca tinha sido tão feliz
pensei, finalmente, que nunca deveria ser menos feliz
estive na fronteira de 2 potências nucleares em tensão
dormi nua sob uma ventoinha
vi caírem por terra quase todos os sonhos e planos
sonhei muito mais alto, fiz novos e mais arrojados planos
fiz uma directa a dançar na discoteca (e fui trabalhar a seguir)
dei por mim a dar razão ao Paulo Portas mais do que uma vez (!!!)
descobri que ainda existe um príncipe encantado
viajei para outro continente com um quase-estranho
chorei sozinha no comboio
chorei antecipando uma dor que foi esmagadoramente maior do que tinha suposto
fui acordada com beijos
senti-me dividida, por saudáveis instantes apenas
comecei (ainda estou a fazer) a depilação definitiva
realizei um sonho antigo
recebi e-mails de ‘bom dia’ com cheiro a gomas
vesti uma t-shirt doutra pessoa
disse (entredentes) um palavrão num momento de revolta extrema (EXTREMA!)
perdi um dos 2 cabelos brancos que tinha (rejuvenesci!)
tomei banho de ‘pucarinho’
chorei ao telefone com mais do que uma pessoa
disseram-me que EU não sou nada complexada (ahahahah)
descobri mentiras de todos os tamanhos, daquela pessoa que não podia ter mentido
tomei medicação 'esquisita'
decidi fazer uma coisa que achava que nunca ia fazer (mais uma surpresa)
achei que era presunção pensar que ele gostava de mim
disse a outro que gostava dele…
dormi vestida em comboios
telefonaram-me para me tocarem piano
vi uma leprosa
comecei a sentir o que é ter 20 anos quando se tem mais alguns
disse "amo-te" algumas vezes e disseram-me "amo-te" algumas vezes