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Yesterday, today, every day. Have I told you lately (that ♥ I LOVE YOU ♥)?
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Cansada estou eu. Ao longo do dia lembro-me de tantas coisas sobre as quais escrever (sempre que não posso, claro) e quando chego à frente do coisinho (vulgo laptop) já num m'alembra de nada. Deve ser da idade, que não perdoa (putana!). Assim por alto, acho que era:
- sobre a falta que fazem os teletransportadores;
- as garças e o Eládio Clímaco na tv do alfa pendular;
- moda e saltos altos;
- os caramelos que me aparecem no facebook;
- precisar desesperadamente de férias e de dormir;
- que quem anda à chuva molha-se e quem mete as mãos no fogo queima-se;
- a capacidade de síntese pode sacrificar a clareza.
(Mais umas linhas e encontrava o fio à meada, mas vou adormecer em 3... 2... 1... zzzz)
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I'm not depressed, I just cry a lot.
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Oiço falar de coisas que nunca senti, que nunca me sentiram, e vou desejando só por saber que existem. Enquanto olho para baixo e me deixo vencer pelo cansaço, duas verdades ecoam pelos corredores em que fluem os pensamentos, e tento ignorá-las. Chegado o sono, e a outra face do sonho, aquele que a consciência não dita, é a ti que vou ter, aos teus braços, aos abraços. Navego embalada na companhia que a tua falta me faz. É melhor assim, repito-me. Sem lugar a dúvidas nem suposições inflamadas. Mas serás sempre tu.
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As pessoas fazem coisas estranhas, coisas estúpidas, sobretudo quando o juízo lhes está toldado. A falta de alternativas, o desespero, tornam as pessoas incautas. Eu errei. Fui incauta, dei demais, confiei demais e fui traída. É assim que me sinto, que traíram a minha amizade. Mas na verdade, sei que fui eu que me pus a jeito. Enfim, sobre isto não vale a pena remoer, que águas passadas não movem moinhos. Não culpo ninguém, só desejo que toda a gente seja feliz sem ter de estragar a felicidade dos outros.
Tenho pensado, muito. Nos últimos três meses pouco mais fiz que não pensar, em ti, em mim, no que podia ter sido diferente, no que deitámos a perder, em cada passo que nos trouxe aqui, em tudo o que nos aconteceu. Penso acordada e penso a dormir, penso que podia procurar uma vida alternativa e vejo-me a dar o teu nome a um neto. Vejo-me a carpir a tua ausência até ao fim dos meus dias, sozinha porque não há ninguém comparável a ti. Vejo-me a ensandecer e mil realidades alternativas. Vejo-me contigo...
Acho que nunca pensei chegar a este ponto sem notícias tuas, uma palavra, um sinal. Achei sempre que ia acontecer alguma coisa. Que ias mudar de ideias, que me vinhas bater à porta, que me pedias desculpa, que de repente percebias que viver sem mim é demasiado difícil. Talvez tenhas andado ocupado com outros focos de interesse, talvez tenhas tido de lutar contra ti e a tua vontade um par de vezes, talvez estejas magoado comigo, talvez me queiras bem e aches que fico melhor sem ti. Não sei. Não faço ideia se a esta hora não estarás de mão dada com uma qualquer rapariga por quem até te tenhas apaixonado, não sei se voltaste a pensar em mim, não sei nada de ti. E poderia saber, mas andei este tempo todo a tentar convencer-me que não preciso de saber, que não preciso de te ter na minha vida. Não consigo enganar ninguém, muito menos a mim própria. E não posso enganar-te a ti, dizendo que estou bem, que estou óptima, que a vida segue igual. A vida não segue, a minha vida ficou parada naquela tarde em que me apagaste de ti, está em pause, à espera dum recomeço com novo fôlego, à espera dum abraço com toda a ternura e amizade, e do meu lado, já sabes, com um amor maior que eu e que não sei domar. Desculpa-me este amor que só complica tudo, desculpa-me a mim que não o tivesse nunca conseguido abafar. Não, não estou bem. Não é só a tua ausência, há outras coisas a pesar, coisas que gostaria de conversar contigo, de desabafar, de ouvir os teus conselhos. Foste muitas vezes o único a compreender certas decisões, foste frequentemente o primeiro (e único) a apoiar-me incondicionalmente em cada aventura louca. Faz-me falta a tua amizade. E a tua companhia, e a tua ternura, e a tua insanidade, e a racionalidade, e a espontaneidade. Fazes-me falta, tu. E fará sempre falta um abrigo para os sentimentos que te tenho, um porto onde os possa atracar sem medo das tempestades.
Talvez esteja a fraquejar ao escrever-te estas linhas. Estou a fazer exactamente o que todos dizem que não devo, não posso. Que seja. Vou ignorar todos os conselhos e seguir o coração. Cedo. Entrego-me. Só não quebro a minha promessa, que as minhas convicções são tão importantes como os meus sentimentos. É quem eu sou. Para além de todos os mil defeitos que conheces e tão bem enumeras, mais este, de que podias ter duvidado. Se o penso, digo-o, e se está dito, não há volta atrás. Nem sei se ainda lês o meu canto, mas eventualmente, um dia, lerás as minhas palavras. Se te tocarem de algum modo, agirás como entenderes. Se não, podes sempre fingir que não leste e a tua vida segue lá fora, sem empecilhos à felicidade. Que nunca o fui, caso ainda não tenhas descoberto. Se estás melhor sem mim, segue. Eu é que não posso fingir que estou bem sem ti, que não quero saber e que posso um dia deixar de te querer. Não acredito, a verdade é essa. Aquela fé que tive no passado, que o tempo cura, que tudo passa, que tudo se iria compôr, desapareceu. Contigo, tudo é diferente. O tempo não ajuda, as lembranças não se diluem e o amor, esse, não arreda pé.
Estou a dizer que estou aqui, onde sabes, à tua espera. Estou a dizer que nos podemos perdoar e recuperar. Ou recomeçar. E que sinto a tua falta. Quando sentires a minha, sabes o que tens a fazer.
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Dantes caminhava de cabeça baixa, olhos arrastando-se no chão ao ritmo de passos tímidos, mesmo se apressados numa fugida da minha sombra. Olhos que se diziam felizes, mas só sabiam reflectir as pedras da calçada, perscrutando cada centímetro quadrado de chão, em busca talvez dum tesouro, certamente assinalado com um grande X vermelho que a todos os outros teria passado despercebido. Caminhava ao som da banda sonora do meu filme, onde magistralmente desempenhava o papel principal. Tudo era como devia ser, cada capítulo com um final apropriado, a fazer jus aos ingredientes habilmente misturados. Podia ser um filme mudo, sem legendas, pois que tudo seguia o curso normal e previsível de qualquer vida mundana, o que não é dizer desinteressante. Mas era uma vida de filme, ficcionada. Nada de novo no horizonte, os figurantes não abriam asas para levantar vôo nem falavam com paredes. Tudo normal. Tudo tão normal que comecei a suspeitar que não era real. Mas continuei a andar de cabeça baixa, fitando o chão. Até que o chão deixou de estar lá e caí. Esfolei o orgulho e amarrotei todos os planos. Quando estava caída, a recuperar o fôlego, calquei as mãos com força contra o chão. Era areia, infiltrando-se em cada ferida. Pouco havia de sólido naquele chão que me faltou, exclamei como quem descobre a pólvora que ali não se susteria nenhum alicerce e levantei-me. Sozinha, com joelhos tremeliques e quase arrepiada de insegurança. Agarrei em mim e levantei-me, sacudi os restos de areia da alma e meio ofuscada olhei para cima. Ousei olhar para o Sol mais brilhante que qualquer projector no meu filme, ousei sujar-me por entre profanações alheias e derrubei com um empurrão apenas todos os cenários do conto desencantado. Levantei o queixo e caminhei. Sem saber por onde ir, mas sempre sem olhar para trás.
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Baseado num conto de fadas irreal entre a Gata Borralheira, o Capuchinho Vermelho e a Branca de Neve, com nomes fictícios, sem maçãs nem Lobo Mau. O que farias se recebesses uma carta assim? Porquê? Qual dos três porquinhos tem o sapato de cristal da rainha de copas? A sério, ajudem-me lá a perceber...
Cinderela,
não queria fazer um monólogo porque não quero que me interpretes mal. Não tenho o direito nem de me intrometer nem de opinar coisa nenhuma, e podes bem mandar-me meter-me na minha vida, aceito.
Tenho este mau hábito de dizer tudo o que penso e sinto-me mal se não o fizer.
Acho que os teus contactos com o Príncipe Sapo são prejudiciais para ele. Acho que é injusto sequer meteres conversa se ele não te procura. Faz-lhe mal. E eu sei porque sinto o mesmo na pele. É óbvio que ele prefere um pouco de contacto a contacto nenhum, nunca vai ser ele a dizer-te que é mais fácil não pensar em ti se não te vir/ler/falar. Até pode não ser. Mas decididamente não ajuda em nada.
Se não queres nada dele, se não queres dar-lhe um fio de esperança, não dês. Não uses a sempre-presença e sempre-amizade dele. Esse fio de esperança pode suster uma pessoa durante anos, até sufocar.
Eu tenho a certeza que não fazes por mal, que queres que ele seja feliz. Liberta-o. Abre mão dele. Deixa-o onde pertence, nas recordações do passado. O teu caminho e o caminho do Príncipe Sapo já se cruzaram, mas hoje são distintos, nem sequer paralelos. Ele sofre muito com a “recodação da tua ausência”, com o remorso. E está a passar ao lado duma juventude feliz, por estar preso. Perdoa-o e liberta-o, corta-o pela raiz. Ele não sabe fazer isso sozinho, mesmo quando (diz que) quer.
Claro que não lhe passa pela cabeça que eu te diga isto. Do mesmo modo que não te passa pela cabeça as coisas que ele me diz a mim ou eu a ele.
As dores de quem amo também me doem a mim...
É só a minha opinão, faz com ela o que quiseres.
Bruxa Malvada
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"Não sei o que há em ti que se fecha e se abre sem parar. Mas alguma coisa em mim sabe que a voz dos teus olhos é mais profunda do que todas as rosas. Ninguém, nem mesmo a chuva, tem tão delicadas mãos."
PP
Eu sei o que é e vou agarrar-te essas mãos com todas as minhas forças. E vou espreitando de cada vez que te abres e é a tua alma que a minha alma vê, no fundo dos olhos, no eco da voz. E compreendo-te todo, e amo-te todo, confio-te todo. Talvez espere por ti só até ao momento em que me tentes alcançar e me encontres já perdida. Mas será sempre amor.
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A mozzarela de búfala explodiu no frigorífico. O dentista mais fofinho (até hoje) diz para não abrir tanto a boca (e chama-me querida, faz festinhas e dá beijinhos, mais os sorrisos na moldura barbuda e os olhares intelectuais quando lhe respondo com palavreado científico). Mal sabe ele dos excessos da mente que nem chegam a sair boca fora, ninguém os quer ouvir. Trambolhão que me deixou com severas dificuldades em subir e descer escadas.
Pensamentos nas ausências do passado e do futuro. Quão frágeis somos, de corpo e de alma. Lá fora, a chuva. Vontade de fazer disparates que podem custar caro, mas a vontade está cá, a espicaçar, a provocar. Não tenho medo da chuva. Molha, mas nem tanto. Ah, mas ajuda a escorregar. Os disparates não eram necessariamente para fazer à chuva. Podia ser em frente da lareira. Ou no fim do mundo, ou na lua, desde que com ele.
A psicoterapeuta admite que concorda comigo, mas ainda insiste que devia ir à procura do que não quero encontrar. As fotos ficaram bem mais giras do que imaginei. Sem vontade dos doces natalícios, excepção feita a uma ou outra azevia de grão (com pouca canela). A avó do falecido faz umas azevias como eu gosto, inundadas de canela e limão. Afinal sempre tenho ainda transtornos com a separação.
Litradas de chá quentinho.
Mas o que fazia falta era um tubinho de Hirudoid. Ai...
*não se espera nada mais, e ainda nem toquei no moscatel.
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Lembrei-me de quando te ensinei a contar. Ou comecei a ensinar. Chegámos ao seis ou sete, não? Eram tentativas de alcançar o 658 mil e qualquer coisa, se bem me lembro.
Prometeste-me beijos, não cumpriste o suficiente. Um... Dois... ...
"Achas que se pedirmos muitas vezes o mesmo desejo às estrelas cadentes aumentam as probabilidades dele se realizar?"
Eu peço sempre o mesmo, desde que te conheci, pelo menos. Na noite em que comecei a ensinar-te a contar devo tê-lo pedido umas 7 vezes. Sete, my lucky number. Um por cada uma das estrelas cadentes, ao som do nada, ao som apenas das nossas vozes, das nossas respirações. Ao som do vento.
Nunca desejei tanto coisa nenhuma. Preferia este desejo realizado a meia dúzia de primeiros prémios no euromilhões, a poderes mágicos ou aptidões extra-sensoriais. Nunca desejei tanto. Nunca me senti tão rendida e presa a um sentimento que mais parece calamidade, condenação a prisão perpétua. Nunca fugi com tanta obstinação, querendo fugir na direcção oposta. Também nunca antes tinha amado assim, antes não havias tu e não vou repetir-me os porquês e os talvez.
Evito falar-te, ver-te e pensar-te. Ambos sabemos que não adianta um milímetro. Se consigo abafar a maior parte das recordações, continuo a não conseguir escapar às imagens dos abraços que me são devidos pelo destino ou pela justiça. Quase como premonições, vejo-te a procurares o meu calor para enterrar o sorriso frio, sinto os beijos que ficaram por dar, vejo a tua felicidade reflectida nos meus olhos. Tão reais, estes sonhos acordados, com os teus sons e cheiros, sem fantasmas nem medo.
Talvez esteja só a ficar demente. Mas ainda peço às estrelas o mesmo desejo, sempre o mesmo. Às estrelas, à lua, ao mar e ao vento, só ainda não pedi a deus nem aos santinhos, para não darem ainda mais azar. Perturba-me a realidade em que este desejo não tem lugar, mas ainda me perturba mais que não consiga deixar de pedi-lo e não peça antes alguma paz. Tu e eu, não fomos feitos para estar a flutuar numa paz sem sentido. Fomos feitos para conquistar (o mundo?), para voar, juntos.
Até quantos sabes contar?
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Há alturas em que nada parece fazer sentido. Em que se procura uma, ao menos uma, explicação, para o tanto que se consegue encontrar fora do lugar.
Não é suposto perdoar biblicamente com a facilidade de quem engole analgésicos, porque não há ainda analgésicos para as dores de alma. Não é suposto essas dores cavarem um buraco tão fundo que não se consiga, eventualmente, tapar, ou esconder debaixo duma qualquer felicidade camuflada. Nem se espera que as palavras se desfoquem assim que as começamos a soltar, pois não?
Mais uma fuga, mais umas pazadas de terra. Terra que se afunda ou dissolve, deixo de a ver e de a cheirar. E cavar dá cabo das costas. Há dores que esperam a cada esquina, que aparecem de surra quando até se começava a esboçar um sorriso.
Mais um dia, um mês, sempre a fingir que não se sente falta de ter onde pousar a cabeça, a fingir que a cabeça está sempre erguida e livre. Não apetece confessar sintomas nem razões. Apetece só que esta ausência se cale um pouco, deixe respirar, permita reconhecer que é possível respirar sem doer.
Há demasiado tudo fora do lugar.
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Dá-se alvíçaras a quem a encontrar neste cubinho pequeno e desejoso de estoirar.
Necessito, urgentemente, dum momento que irrompa claustrofobia dentro e me recorde das razões pelas quais ainda aqui estou, no mesmíssimo sítio do ano passado. Se o que quero não está aqui, ou não quer estar. Se sei que era melhor fazer a trouxa e virar costas. Se não há sinais de luz no fundo do túnel. (Um aceno, um pontinho pequenino de luz trémula, qualquer coisa?) Ir, esquecer e seguir? Renunciar a tudo o que faz sentido, a tudo o que se Ama (é a palavra, deixemo-nos de rodeios)?
Não é justo sequer ter de decidir. Por isso vou, angustiadamente, persistindo. Até quando? Universo imbecil, demoras muito mais a devolver-me a poesia?
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Adoro chuvadas de Verão, trovoadas a irromper pela madrugada. Raios de braços abertos, a chamar, quebrando a silenciosa monotonia das noites sempre iguais. O nascer do Sol espelhado nas poças de água, o chapinhar musicado de rodas e de pés. Deliciosamente convidativo, o travo atrevido de infusões herbais servidas frias.
Estes dias foram feitos só para acontecerem coisas boas...
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São 5 da manhã. Estou a jantar. Fui fazer uns rissóis de frango com caril e feijão com linguiça. Tenho vontade de lhe enviar um sms e pedir para vir cá ter, ajudar-me a comer aquele feijão todo. Ele não gosta muito de rissóis, mas nunca provou dos meus, que não são fritos.
Acordei pelas 02:30, estava ele a chegar a casa de outro alguém. Talvez tenha pensado em mim e me tenha acordado com a força do pensamento.
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"E se ele se aperceber durante estes dias que tem saudades tuas, que lhe fazes falta, que gosta de ti? Se ele aparecer à tua porta com as malas feitas?"
"Abro a porta e deixo-o entrar. Não penso duas vezes. Tenho todas as certezas. ... Tomara"
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Uma pegada pesada num pobre coração todo de cimento fresco... Ele acabou por secar, não se atreve já a bater, de artérias e veias empedernidas. Sequer se atreve a escoar aquilo que deveria ser o sangue, que o seu ruído poderia invocar memórias de quando o músculo era desperto, de quando tinha alma. Ficou a marca dessa força bruta que foi vida no que hoje só se permite ser lápide.
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Aquele que ilumina os meus dias acabou de 'dar-me' isto.
The one who light up my days just 'gave me' this.
I will stand by you, every day of our lives, if you let me.
Acordo todos os dias com vontade de me virar para o lado, tomar a tua cara entre as mãos e beijar-te, primeiro a face, depois os lábios, apertar-te e abraçar-te e amar-te, fazer-te sorrir e dar-te o mundo todo, step by step. E sonho com o dia em que estejas de facto lá na metade vazia da minha cama, em que me dês a mão antes de dormir. Posso não saber muitas coisas, mas sei que a felicidade é por aí. Sei, porque apesar de todas as condicionantes, nunca fui tão feliz como quando acordava a teu lado, quando me acordavas tu a meio da noite, com vontade de mim. Eu amo-te. Nunca o tinha dito, assim. All this time I've been afraid to say it. But I do love you, so! E adoro-te por tudo o que és, por quem és. I'll wait for you to fall in love with me, for as long as it takes.
And then I gave him this.
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8 meses depois de ter definido assim as ausências de mim, ainda ecoa a mensagem no buraco cheio de nada que sou eu.
Apetece-me pôr a vida no prego, suspendê-la por uns tempos e ir ali viver outra vida por alguém... Só para fazer uma pausa nesta que é a minha e de que em regra tão pouco me queixo. Pois que se lixem as regras, não sou eu que estou dentro de mim, e hoje queixo-me. Em regra não choro, não grito, não sofro, não perco a calma nem a compostura, em regra relativizo e sei que estou bem, que hei-de estar bem ou pelo menos fazer bem a alguém. Hoje flutuo por uma realidade alternativa em que não me revejo, descuido os travões emocionais e deixo cair quanta chuva me sobra da alma afogada, sufocada.
Em regra arrisco e transbordo de palavras e exponho o que me falha e que não sei, em regra os baldes de água fria surpreendem-me sem a gabardina vestida. E em regra sorrio porque a surpresa me apraz, em regra vejo um raio de sol despontar e logo a energia se me renova desde o âmago mais primitivo do Ser, seca-me as dores e continuo a marcha, decidida, em direcção à rota e não ao destino.
Hoje não é o meu eu que de relance se reflecte em cada janela. Perdi o norte e o mapa e ando em passos tontos de sobe-e-desce que não chegam a lado algum. Sou dúvida incerta até de duvidar, sem suporte nem amparo, sem rede mas também sem risco. Flutuo em paralelos que não me tocam, passo incólume ao tempo e ao girar do mundo, vou existindo, adiando o desmaio que espreita pelas brechas de cansaço. Não ser eu também cansa.
Quebrada, partida, exausta, vazia, cinzenta. Reservo-me o direito de estar nesse canto poeirento e escuro que passo o resto do tempo a evitar. Quedei-me por aqui e não trouxe vontade (que a força sempre encontro) de me desencostar.
Ai de quem vier sem (a)braços para voar, sem coragem para amar!
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"Gosto de ti!" - disse ela enquanto lhe afagava o rosto e o cabelo.
"Mas não devias" - retorquiu ele, seco.
"Eu sei. Mas gosto de ti."
Ela ainda gosta dele e sabe que há duas ou três boas razões que tornam este 'gostar' contra-producente. Ela sou eu. Eu gosto dele. Muito. Demais. Ele gosta de me ter por perto. Talvez porque mais ninguém o goste desta maneira. Diz-me que sou tão melhor que todas as outras que não pode fazer-me sofrer. Mas faz. Pena que não tivesse pensado nisso antes...
Ele sabe. E eu já expliquei.
Sei que não devia, mas gosto de ti.
Gosto de ti porque me fazes rir, porque pensas do mesmo modo que eu, porque me tiras palavras da boca e porque me pões na boca palavras que mais ninguém põe.
Gosto de ti porque és profundo, inteligente, sensível, pragmático, liberto das coisas pequeninas e mesquinhas. Tens o maior e mais doce, o mais fantástico e aberto e maravilhoso sorriso do mundo.
Gosto de ti porque me dizes exactamente o que pensas e sentes, e porque não criticas que eu diga exactamente o que penso e sinto. És um miúdo, gostas dos teus brinquedos e de te entregar às tuas guloseimas.
Gosto de ti porque gostamos ambos das mesmas coisas, porque contigo não me sinto uma aberração solitária da natureza.
Adoro o som daquelas tuas gargalhadas que começam em soluços contidos, quase tímidos.
Gosto da tua casmurrice, personalidade forte, mau feitio. És independente e fazes aquilo que te apetece sem dar explicações, respeitas quem o faz do mesmo modo.
Gosto do formato do teu umbigo e dos teus lábios, dos teus dedos e das tuas veias.
Gosto que partilhes das minhas opiniões, gosto da tua acidez e da tua loucura.
Gosto do teu cheiro, das tuas piadas sarcásticas, da teimosia do teu cabelo.
Gostei quando me chamaste linda, quando me disseste a verdade nua e crua.
Gosto do teu corpo, da tua temperatura perfeita, dos teus mamilos delicados. Adoro a pele macia do teu pescoço, os teus ombros brancos, o carinho nas tuas pernas enroladas nas minhas.
Gosto do teu hálito pela manhã e de acordar nos teus beijos.
Gosto dos teus olhos de amêndoas tristes, quando estão abertos e permitem que espreite para dentro de ti, quando estão adormecidos e são dois traços muito escuros e decididos, quando se riem e te envelhecem feliz.
Gosto que detestes tabaco e que não digas palavrões, que o futebol te passe ao lado.
Gosto que sintas falta dos nossos dias, que tenhas saudades.
Gosto que os beijos cavernosos se tenham tornado perfeitos.
Gosto das tuas ambições irmãs das minhas, que sejas aventureiro e destemido.
Gosto do modo como tratas os teus, da admiração e respeito, do carinho que sabes mostrar.
Gosto que não tenhas medo de usar as palavras todas.
Gosto de ti porque és tão igual a mim, gosto de ti porque me completas nas diferenças que temos.
Porra, gosto de ti. Só não gosto que não gostes de mim.