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Ventania

Na margem certa da vida, a esquerda.

Ventania

Na margem certa da vida, a esquerda.

origem

Há desejo de parar colado a cada músculo do meu corpo, incluindo (e sobretudo) o coração. Como se cada célula estivesse exausta e a pedir um sono profundo e regenerador. Desejo de descanso, de pausar agonias e desgastes, de ter tempo para secar as lágrimas, aquelas que não se vêem. Vontade de voltar as costas a tudo e de partir em paz, em silêncio, sem levantar uma folha do chão.


Não sou mulher de me quedar por empates nem prolongamentos. Que vá a penalties, com morte súbita. Travar um duelo de mim contra mim foi a mais triste das ideias que já me ocorreu, e aquela a que não tenho como escapar. A vontade de seguir contra a incapacidade de desistir, a necessidade de comandar o meu destino contra tudo o que sinto, contra tudo o que, por muito que negue, continuo a sentir. O meu reino por uma derrota! Qualquer que seja o lado vitorioso... Paz! Silêncio!