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Ventania

Na margem certa da vida, a esquerda.

Ventania

Na margem certa da vida, a esquerda.

origem

Há amores vivos e pulsantes, bonitos, mágicos. E há amores que morrem e há ainda amores que são abandonados. Os amores que são abandonados, não chegam, portanto, a morrer. Ficam arrumados (esquecidos não) num qualquer canto do coração, que tem espaço para muitos amores. O espaço disponível num coração para alojar amores é exponencialmente proporcional à quantidade de amores contidos num dado momento. Partilhar espaço dentro dum mesmo coração também não minimiza, em teoria, a sua grandeza, a sua posição, não invalida a devoção do coração a cada um dos amores. Mas há amores que se dão mal uns com os outros. São maus roomates. Se um está na varanda, o outro quer ir à varanda, se o outro está no sofá, o primeiro quer expulsá-lo. Desarrumam os espaços um do outro, não conseguem comportar-se e, eventualmente, a disputa acaba em olhos negros e arranhões a premiar o mau génio de cada um, e a baralhar todo o conteúdo do coração revolto. Explica-se-lhes que não têm de competir, há espaço para ambos, são ambos importantes ou não estariam a ocupar aquele T2 do coração. Que um não é menor que o outro. São os dois imensos e imprescindíveis, só tiveram a sorte de aparecer em alturas diferentes e terem crescido em tempos diferentes. Have I made myself clear? No? That’s ok too.


 


 



 

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