Tomada por um torpor paralisante, por mais que esprema não me saem as letras que quero dizer. Sei que por mais rodeios em que apanhe boleia, é a ti que vou ter, como sempre, desde sempre. São os teus olhos que me calam, que já não sei mais o que lhes contar.
Consegui dizê-lo pela primeira vez, escorreita; professei o meu amor com todas as letras e de viva voz. Sem abafar o eco que nunca sai destas paredes.