Não me faças chorar, Pedro... Ventania 28.05.12 Ainda me dói a tua ausênciaMorreste-me. Morreste-me no dia em que deixámos de falar a mesma linguagem, quando os nossos olhares deixaram de ter significado de um para o outro. Morreste-me quando deixei de te compreender como até então, como se até então fizesses parte de mim, do meu corpo, como as minhas mãos que te afagavam ou os braços que envolviam quando querias colo. Morreste-me quando nos transformámos em estrangeiros um para o outro.Morreste-me. Morreste-me quando te foste tornando irreconhecível, quando me tornei irreconhecível para ti. Morreste-me quando a amizade que tínhamos um pelo outro se transformou em outra coisa qualquer que já não era amizade. Apenas uma herança longínqua de tempos felizes que se extinguiram. Morreram as gargalhadas em uníssono. E eu não sei o que fazer com os nossos cadáveres. Tags:amordesamoreuvida link do post comentar favorito Mais para ler