Há dias em que acordo sem saber possível um rumo que se defina desde aqui até ao horizonte. Acredito, nele e em mim, nas minhas pernas como dois barcos alternantes e nas velas que são os braços abertos. E navego sem tréguas, sem âncoras, sem portos. Sem bússula, também, que o meu horizonte é a beira do mundo e não tem coordenadas. Em mar de meninas ou em tempestades, sem medo dos piratas da vida que me assolam, sedentos de me extirpar de purezas e sorrisos, meus bens mais preciosos.