Se sofrem, como eu, deste flagelo que é a pele oleosa, mas mesmo oleosa, partilham da minha dor. Deve ser uma minoria, mas garanto que há peles assim, cheia de brilhos incontroláveis, que não toleram cremes, no geral, e ainda por cima são bastante sensíveis. Eles podem ser cremes apenas hidratantes e hipoalergénicos, desenhados especificamente para peles oleosas, com efeito matificante e quase sempre caríssimos. Podem ser em formato gel para ser ainda menos agressivos. Podem ser linhas XPTO feitas para peles adolescentes com acne. Ou bases milagrosas aclamadas por meio mundo, supostamente perfeitas para peles muito oleosas. Não resultam. Comigo, não resultam. Só me dão uma sensação nada fresca e bastante peganhenta de quem tem a cara a escorrer nhanha.
E depois, o Verão. O calor e o Sol podem ser muito desejados por quase todos, mas para a minha pele são o desastre absoluto. Torna-se ainda mais fácil que num instante a zona T fique a brilhar como os biceps dos halterofilistas.
Há, contudo, boas notícias. Finalmente, após mais de 20 anos de experiências científicas exaustivas e muitos testes (sempre no mesmo animal - moi même), estou capaz de dizer “eureka! - encontrei a solução!”. Obviamente, é a minha solução, o que funciona comigo, é natural que não funcione da mesma maneira para o resto do mundo. Contudo, pela primeira vez na minha vidinha de blogger (e já lá vai mais de uma década, hein) vou partilhar as minhas "dicas de beleza". Não tornam ninguém mais belo (ohhhh!) mas pode ser que seja útil para alguma alminha gorduroooosaaaa necessitada que por aqui passe.
Vamos por partes, começando pelo princípio (que original!) e pelo mais importante: Lavar.
(Ah, e não, este post não é patrocinado! O que é pena.)
Lavar/Limpar
“Ai que os detergentes são tão agressivos, ai que a água seca a pele” e beca beca. Tretas. Não há leite, tónico ou água micelar (faz-me sempre pensar em sopa de cogumelos) que supere uma lavagem como deve ser e com a frescura da água. Pelo menos ao acordar e antes de dormir. A primeira coisa que faço quando chego a casa depois de um dia de trabalho é descalçar-me, a segunda é lavar a cara, com a ajuda de uma esponjinha ou escova própria para massajar e, em simultâneo, retirar o excesso de células mortas e sujidades. Há líquidos próprios para lavar as peles oleosas e alguns até são bons: dou-me muito bem com os da Bioderma, que são caros p’ra caraças – mas na Polónia são a metade do preço, quando lá fui trouxe 2 ou 3 embalagens para stock!
MAS... para mim a melhor solução é mesmo o bom do sabão offenbach artesanal (da cor do meu coração, ou seja, azul e branco ou ainda na variante rosa e branco). O sabão de Marselha também é muito bom, se for artesanal. Atenção que nem todos os sabões são seguros para usar na pele, sobretudo a mais sensível – quanto menos aditivos, perfumes e “extras” tiver, melhor. Eu comprava os do meu supermercado alemão favorito, mas descobri um sítio em que é ainda mais barato.
Sabonetes, há alguns também bastante bons para a (minha) pele: os de alcatrão vegetal e os sabonetes ayurvédicos. Destes últimos, os indianos Medimix (ali na imagem) são para lá de espectacular. Aquando da minha viagem à Índia, antes de me vir embora, agarrei no equivalente a 5 € e trouxe um saco deles, que ando a racionar desde então.
A esfoliação também faz parte integrante das minhas rotinas. Como tenho pele com tendências acneicas, são frequentes os odiosos pontos negros e brancos, e para prevenir e dar cabo deles o melhor é mesmo a bela acção mecânica. Além da escovinha que mencionei acima (a higiene da mesma tem de ser a mais cuidada possível!), esponjas e produtos com acção mais abrasiva (ou em versão low cost, açúcar) são essenciais. Cuidado para não esfoliarem demais, como me acontece por vezes, e acabarem com a pele magoada.