No outro dia passei com o gajo em frente a um alfarrabista, já fechado. Como ele costuma reclamar que é muito difícil oferecer-me prendas, que eu sou muito esquisita (mentira, tenho é gostos distintos da maioria), e ainda por cima temos uma longa discussão em curso desde que nos conhecemos sobre o facto de eu preferir quase sempre literatura e ele preferir quase sempre não literatura, sugeri dois livros que me fariam feliz como presente de aniversário. De valor simbólico, dois livros não literários que têm tudo a ver comigo. Sugeri que tirasse foto para não se esquecer.
Faço anos daqui a mais ou menos dois meses. Quem aposta comigo que, mesmo com este post, ele vai esquecer-se ou pelo menos trocar-se e não traz os livros certos?
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O meu homem tem tanta queda para a cozinha como o Jorge Jesus para a Geografia.
Eu sou casmurra e defensora acérrima da divisão equitativa das tarefas domésticas, por isso de cada vez que estou a cozinhar chamo o babe para me "ajudar" e fazer outras coisas que não sejam cozinhar, como lavar a loiça ou arrumar alguma coisa.
Estava de volta do fogão a preparar o almoço e peço-lhe que me tire do armário a varinha mágica. O que é que ele pôs em cima da mesa?
Isto. A batedeira.
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Acorda-me com beijinhos (not unusual) e um sorriso de orelha a orelha. "Parabéns, amor!"
Estava feliz pelo nosso 3º aniversário de namoro. A boa notícia é que acertou no dia. A má notícia é que errou no mês...
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Eu viajo algumas vezes a trabalho. Esta semana é uma dessas, e estarei fora a partir de amanhã. Por isso mesmo, hoje tive de trazer comigo uma série de coisas além das habituais (mala, marmita e afins), nomeadamente o computador portátil (a que chamo, carinhosamente, "o trambolho", porque é pesado como o raio), o carregador, o rato, mais umas coisas necessárias ao sítio para onde vou. Ainda não preparei a mala, não me posso esquecer de uma série de coisas que tenho de preparar esta noite, nomeadamente pintar as unhas, que o verniz do chinês é mesmo excelente, mas as minhas unhas crescem tanto que já se vê a parte branca e não posso passar o resto da semana nestes preparos.
Entretanto, o gajo decidiu ir ao futebol, ver o Tondela (Tondeeeeeelaaaaa!) contra não sei quem. E lembrou-se de me pedir para levar a mochila dele para casa. Hoje. Porque já vou pouco carregada. E só apareceu mais tarde do que partiu o transporte que eu devia ter apanhado. Porque eu hoje até nem tenho pressa nenhuma. Grrrrr!
Se isto não é amor, não sei o que será.
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Uma moira pessoa (eu) está fora, em trabalho. Uma pessoa liga para o esposo, cheia de saudadinhas e mimo para dar - e receber. O estronço esposo não ouve. Nem à primeira, nem à segunda, nem à terceira. Acorda para a vida quando a pessoa está a jantar com colega de trabalho, fala-se sem grandes intimidades nem cutxi cutxi porque colega está presente (e porque bater no Cavaco é a prioridade). Final de conversa:
Pessoa (eu) - "A gente já fala mais, quando chegar ao hotel ligo-te."
Estronço esposo - "Ah, eu a seguir vou ver os zombies, portanto não me incomodes."
(Ainda ponderei alterar-lhe a password do WiFi, mas sou um coração mole...)