Alguém a quem dar um beijo de bom dia quando se acorda.
Alguém em quem aquecer os pés no Inverno e aninhar a cabeça no peito em qualquer dia.
A quem dar um beijo urgente só porque sim.
Alguém com quem partilhar o duche, as contas da casa, todos os poemas e abraços.
Alguém com quem construir as ideias, partilhar ansiedades e episódios ridículos.
A quem confiar os medos e os desejos mais absurdos.
Alguém com quem chegar a casa e adormecer de mãos dadas.
Com quem fazer planos de viagens, de remodelações, de projectos, dos nomes dos hipotéticos filhos.
Alguém a quem conhecer de olhos fechados, perceber pelo ritmo da respiração se está a dormir, a ler ou a ter uma tontura.
Alguém a quem pentear a barba e ajeitar o casaco e gritar quando está a ser idiota.
Com quem ter olhares cúmplices que inflamam ataques de riso.
A quem quase tudo perdoar e com quem errar sem medo de perder.
Alguém a quem pedir mimos, fazer surpresas e morder as orelhas.
Alguém em cujos olhos perder noção do tempo ou da inconveniência do sorriso.
Com quem dar guinadas bruscas na vida, mudar tudo, virar do avesso e tornar a repor tudo no seu lugar.
Alguém a quem amar de volta.
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É no teu peito que me aninho para voltar a casa. É contigo que partilho mais do que alguma vez ousei pensar que poderia partilhar. É por ti que me viro do avesso e respiro quando antes podia gritar e latejar todas as raivas. Sabes quais os pontos das minhas costas que me fazem gemer e qual o ritmo em que gosto de te sentir.
Apoias-me as ideias mais loucas, não me cortas nunca as asas, por mais disparatado ou picado que seja o vôo. Vens comigo para as aventuras longínquas que invento, aturas-me as birras, as dores, os delírios e os sonhos inalcançáveis. Tiras-me do sério e excedes todos os meus limites. Sobretudo o do amor.
Amo-te.
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Adultério é uma palavra violenta e desnecessária como comprova “A Letra Escarlate” (“The Scarlet Letter” no original) de Nathaniel Hawthorne, que significa violação da fidelidade conjugal.
Deve ser defeito da minha mentalidade pouco progressista, mas faz-me espécie como alguém pode contratualizar algo que, à partida, é motivado por sentimentos. Ou seja, como se pode contratualizar o amor ou mesmo o afecto? Não compreendo e recuso-me a contratualizar uma promessa que não sei, e ninguém sabe, se será cumprida. Mas novamente admito que possa ser um problema do meu entendimento e até admito que possa vir a mudar de ideias.
A fidelidade é uma obrigação dos cônjuges. Não sou jurista, mas suponho que a quebra de uma destas condições contratuais possa ser fundamento para a denúncia unilateral do contrato. E pronto, podia ser tão simples quanto isto. Só que não é. A carga moral da infidelidade é pesadíssima, e como temos vindo a constatar entre o choque e a impunidade, com um diferencial muito grande entre géneros.
A meu ver, as relações sentimentais e sexuais não são matéria passível de estarem sujeitas a interferências externas. Cada qual deve fazer o que bem entender sem dar satisfações a partes não interessadas. Aliás, enquanto avaliação moral a fazer nestas matérias só defendo a verdade, até porque defendo a verdade acima de tudo. Se não houver mentiras nem segredos, nada a esconder, e ninguém se magoar, o que é que a justiça, a moral, a religião, a sociedade têm a ver com isso? [Podia discorrer sobre o tema, sendo previsível que o tema virasse para a apologia da poligamia e do poliamor, mas deixo para outra ocasião.]
Quem somos nós, qualquer um de nós, para limitar a liberdade dos outros?
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que detesta calor, praia (no Verão), banhos de sol... e depois vem de umas férias na Escandinávia (!) com um bronzeado à camionista.
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Da primeira vez que estive em Amesterdão, fui sozinha. Estava um frio de rachar. Não percebi todo o deslumbramento generalizado com a cidade. Achei gira e tal, mas suja e completamente sobrevalorizada. Da segunda vez, fui com uma amiga. Estive mais tempo, o tempo estava frio e chuvoso, e conheci mais coisas, mas continuei a ter uma opinião morna. Tudo caro, algo sujo, sem nada que fascinasse. Desta vez, fui contigo. Não choveu, mas também estava bastante frio. Só que, desta vez, tudo me pareceu bonito, sereno, em sintonia. O Sol brilhou. Realmente um raio de sol faz toda a diferença na Luz, nos reflexos, no estado de espírito, nos sorrisos das pessoas na rua. Passeámos muito de mãos dadas, fizemos piqueniques improvisados nos parques, apanhámos estafas nos museus. E a cidade ganhou outra cor, outro encanto adocicado, suave e afável como a superfície do Amstel num dia de Primavera. Já viste como pode apenas o Sol mudar tudo em nosso redor e dentro de nós?
Quando estivemos em Paris também senti o mesmo, as ruas dos subúrbios encantadoras, cada detalhe fortuito engraçado e simpático, e até a língua, de que nunca gostei, me pareceu menos presunçosa e mais aberta e interessante. Também deve ter sido o Sol a fazer a diferença, tão grande diferença em cada momento. A cidade abraçou-nos, estendeu o tapete vermelho e convidou a ficarmos para sempre numa pintura de Saint-Lazare.
Só que em Paris não vimos o Sol, choveu o tempo todo.
É toda uma nova experiência viver aqui sem partilhar uma parede com aquelas pessoas fofinhas. Já não se entra em casa com sacos de lixo ou sapatos alheios à porta, já ninguém grita hstericamente "CAAAAAAAALAAAAA-TE CABRÃÃÃÃÃOOOOOO!" quando o recém-nascido chora, nunca mais houve um puto de 8 anos sentado no nosso tapete de entrada a ser calçado pelo "pior pai do mundo".
A nossa vida agora é um marasmo. Se não pusermos despertador até corremos o risco de acordar ao meio-dia aos fins-de-semana, porque já não há aquela emoção da berraria de sábado às 8 ou as portas de armário a bater repetidamente aos domingos às 9.
Conclusão: vou ter de gritar mais com o gajo e ameaçar esfaqueá-lo (mais vezes) só para poder matar saudades. ♥
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Nos últimos anos, tenho dado por mim a gostar de alguma ficção televisiva que, à partida, diria que não me interessaria por aí além. Um exemplo imediato (entre outros): Walking Dead. Resisti bastante no início, das pequenas partes que já tinha visto lembro-me de achar inúmeras falhas no enredo e na caracterização dos zombies, por exemplo, mas perante a insistência do homem, lá tive de papar acedi a ver as 3 ou 4 temporadas iniciais.
Fiquei "agarrada". Ainda hoje faço os mesmíssimos comentários às incoerências científicas (e não só) que vou apanhando, ou a coisas que me intrigam (tipo o cabelo do Darryl ser SEMPRE oleoso, mesmo depois de tomar duche!...), mas a verdade é que me tornei fã da série.
Pensando a sério sobre o assunto, concluo que os enredos distópicos, quando bem explorados, atraem o público em geral por demonstrarem, com recurso a situações extremas, a verdade nua e crua sobre a natureza humana:
Somos animais - e tantas vezes nos esquecemos que somos regulados principalmente por instintos e toda uma herança genética que busca apenas a propagação da espécie, atendendo às necessidades básicas em primeiro lugar, e só depois a considerações morais, filosóficas ou teológicas. Antes de sermos seres cientes, somos bichos.
A sobrevivência do mais apto é a regulação natural do sistema; todos morrem, os mais fracos/menos adaptados morrem primeiro.
As pessoas nunca mudam! Podem apurar alguns traços de personalidade ou aprender algumas coisas, mas a essência de cada um é essencialmente imutável. Somos fracos, temos vícios, erramos, e a história repete-se porque não se consegue fugir a quem somos.
Ninguém é inocente. Nem crianças, nem personagens insuspeitos que foram "bonzinhos" e almas caridosas a vida toda - aparentemente. Todos temos segredos, falhas, vergonhas ou arrependimentos.
Todos podemos ser monstros; en circunstâncias extremas vamos buscar forças escondidas e somos capazes de fazer TUDO (mesmo tudo!), para proteger a prole, o clã e a nós próprios (não necessariamente por esta ordem).
Os momentos extremos trazem à tona o melhor e o pior da humanidade. Como descrente na Humanidade em geral, desconfio que isto seja mais verdade na ficção do que na realidade, mas dou o benefício da dúvida. Se calhar todos temos um herói cá dentro, mas se calhar também todos temos um vilão à espera de oportunidade para se revelar.
Não há bons nem maus. Isto é o que mais me fascina nos cenários distópicos, na televisão, mas sobretudo na Literatura (arte maior, a meu ver), como comprovam grande parte dos clássicos mais geniais. Ao contrário da ficção banal e sensaborona, os grandes mestres conseguiram captar nas suas obras o âmago da essência humana. Não há bons versus maus, não há preto no branco. Todos e cada um de nós somos ambas as faces da mesma moeda. A sangue frio, a análise duma qualquer cena cruel, descontextualizada, leva-nos a tecer quase imediatos juízos de valor. E depois, quando nos envolvemos com a história, e com uma sólida construção dos personagens, invariavelmente criamos empatia, solidarizamo-nos, compreendemos os "actos atrozes" e às vezes passamos a simpatizar com os "malfeitores", porque nos revemos. Porque ninguém é sempre canalha, ninguém é sempre bonzinho, porque ninguém é perfeito nem infalível. Porque isso é ser humano.
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Foi quando ele me disse, ao telefone, "esse sorriso ainda vai mudar o mundo". Foi nesse momento que soube que era para sempre.
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Nos dias 14 de Fevereiro que passei, desde a adolescência, sem namorado (e foram muitos), sofri. Porque parecia que toda a gente tinha alguém com quem partilhar não só a data, mas a vida, menos eu. Toda a gente estava feliz e eu acreditava que iria ser infeliz a vida toda, que nunca ia ter uma alma gémea que me compreendesse e que gostasse de mim. Via casais de mãos dadas em todo o lado e, apesar de nunca dar parte de fraca nem lamentar-me em voz alta sobre o assunto, sofria. Sofria calada, chorava até, de uma solidão que via como sentença ou premonição. Às vezes chegava a comprar prendas, quase sempre perfumes, para mim própria, como forma de me mimar nesse dia em que me sentia tão pouco amada, o que me tornava mais triste ainda. Depois as coisas mudaram. Desculpem a frase feita mas comigo foi mesmo assim: primeiro, tive de aprender a gostar de mim, e só depois acreditei (e permiti) que outras pessoas também gostassem. E então passei a ter um jantar romântico a 14 de Fevereiro, declarações de amor e corações, tudo cor-de-rosa e exactamente como os filmes de Hollywood nos ensinam que deve ser o amor. Todos estes rituais ocos, mas idênticos ao que o resto da tribo cumpria, faziam-me sentir normal, ou pelo menos "como as outras pessoas", e durante algum tempo pensei que a minha insatisfação era uma falha minha, que o amor era mesmo assim, uns dias melhores e outros piores, um contínuo esforço de compromisso e cedências mútuas - que não serviam a nenhuma das partes. Os ciclos repetiram-se umas poucas de vezes, em nada iguais, em tudo idênticos.
O que me salvou foi a descrença. Questionei demais, e deixei de me conformar. Também deixei de acreditar no Amor e na minha sanidade mental, fiz um esforço para ver a vida com um olhar frio e cínico. Decidi que se o amor era aquilo, então não servia para mim, e fiz-me à vida. Sempre soube que o que quero para mim não está nos cânones, não é previsível nem está escrito em lado nenhum. Deixei de me importar. Tinha coisas mais importantes a acontecer para me perder em lamentos.
Nunca olhei para trás. Não procurei, cheguei a resistir, e não tive como fugir. Aconteceu. Num ápice, mas sem pressas. Porque tinha mesmo de ser assim. Quando é óbvio, não há porque adiar ou recear. Não importa para onde vamos, se vamos juntos no mesmo caminho.
Agora, não preciso de presentes e corações desenhados para a fotografia. Agora, o Amor não tem dia marcado porque existe, entranhado suavemente em cada gesto, todos os dias. Agora, o 14 de Fevereiro é tão especial como o 12 ou o 13. Agora, também há cedências e compromissos, mas há mais do resto, da intimidade e cumplicidade, do carinho, da calmaria das certezas, sempre em crescendo, com segurança e em pleno. Agora já não sei dissertar sobre o Amor. Já não sei o que é sofrer por falta dele. Só sei que ele não é nada do que se vê nos filmes e será diferente para cada um. Para mim é um barbudo branquelas que me irrita como ninguém e que me dá abraços que valem o mundo. Agora, é Amor.
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1. Manuel Maria Carrilho
Isto sim, é amor! Bebia só para que ela não bebesse tudo sozinha. É o que se chama partilhar o fardo. (Por acaso eu também faço o mesmo, não posso ver o homem a comer um pedaço de chocolate que me atiro logo a ele e roubo-lhe uns quadrados, só para ele não comer tudo, que lhe faz tão mal...)
Além disso, Manuel Maria Carrilho compara ainda os seus livros a filhos, que foram maltratados e atirados para dentro de caixotes (os livros), como se fossem batatas. As batatas às vezes também têm olhos negros, os livros não sei...
O meu homem tem um problema grave. Pensa que me chamo Google. Todos os dias - repito, toooodos os dias - dispara perguntas aleatórias, sobre qualquer tema, desde ciência a culinária, a qualquer momento, e espera pela minha resposta. Eu até gosto, confesso, de perceber o que fervilha naquela cabeça a mil à hora, por detrás daqueles olhos cor-de-mel. Depois irrito-me porque antes de terminar uma resposta já ele está a fazer outra pergunta. Mas o que me irrita mais é quando lhe digo que não sei, porque ele faz-se de indignado a pensar que eu não estou é com pachorra para lhe responder. "Como não sabes?! Sabes sim senhora! Tens de saber estas coisas!"
Da mesma forma que há pessoas que pensam que todos os advogados têm de saber todo o código civil/do trabalho/penal de cor, ou que todos os físicos têm de saber todas as teorias da física na ponta da língua, o meu homem acha que eu tenho de saber tudo sobre quase tudo, qual poço sem fundo. Talvez assim ele perceba: "Não sei, pesquisa na Internet! Eu não sou o teu Google!"
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Disclaimer: se pensam que vão descobrir alguma novidade neste post, corram já para trás. Este é o post mais cheio de lapaliçadas de que há memória.
Contudo, a julgar pela quantidade absurda de comentários, conversas, discursos e verdadeiras dissertações sobre o frio que se faz sentir, nomeadamente na comunicação social, alguém tem de o dizer com frontalidade: É o Inverno, estúpidos! Estamos no hemisfério norte, é Janeiro. Queriam praias quentes, banhos de mar e bikinis, era? Vão para a "metade de baixo" do mundo, não está assim tão longe.
Eu sei que todos temos a mania que vivemos numa espécie de país quente, só porque temos trezentos dias de sol por ano. Os arquitectos que pensaram as nossas casas também têm essa mesma mania, ė por isso que não levam a sério o isolamento (ou então foram todos presenteados com um hotspot!!!) e é por isso que dentro das nossas casas temos mais frio do que os nossos amigos holandeses ou mesmo os russos. Mas tudo na vida é relativo. 3°C é frio para nós, mas imaginem se o povo da Ucrânia reclamasse tanto como nós de temperaturas destas... Quando chegassem aos não raros - 20°C já tinham a língua e a garganta congeladas de tantos ais.
Para se calarem duma vez com o queixume, Dicas absolutamente essenciais e inéditas (not!) para combater o frio:
Isolamento, isolamento, isolamento. Se tiverem a oportunidade de construir a vossa própria casa, tenham a sabedoria de investir no isolamento térmico. A eficiência energética dispara e a poupança a longo termo é brutal! Se sois pobres como nós, podeis fazer algumas obras de melhoria do isolamento térmico, mas nunca será a mesma coisa. Por isso, há que compensar da melhor maneira que puderem.
Lembram-se de haver "chouriços" de pano debaixo das portas e janelas das nossas avós? Façam o mesmo. As avós sabem, sempre.
Acendam a lareira (e usem pinhas em vez de acendalhas, por favor), comprem um aquecedor a gás, a óleo, de halogéneo, o que entenderem. Mas aqueçam a casa com segurança e inteligência. Pode saber muito bem ter todas as divisões da casa a 24°C, mas vale a pena gastar uma pipa de massa para aquecer tanto divisões que nem sequer se usam muito?
Para enfrentar o gelo matinal na rua, não se esqueçam das luvas, do gorro, cachecol e tapa-orelhas (depende apenas da vossa resistência ou tolerância).
A roupa em camadas é sempre boa ideia, mesmo para quem, como eu, não tolera mais do que 3 camadas (camisola interior, camisa ou camisola e casaco bem quentinho). Para os pés, umas meias de vidro por baixo e outras de algodão por cima fazem o mesmo que meias grossas de lã.
Durante o dia, se trabalharem num sitio interior "normal", não terão problemas. Se tiverem a mesma sorte que eu e trabalharem num escritório em que o ar condicionado está avariado 4/5 do tempo, o ideal é mesmo ter um casaco de malha ou um poncho de reserva.
Uma caneca de chá quentinho aquece as mãos, a garganta e a alma
Um saco de água quente dentro da cama, sobretudo se os lençóis forem polares, faz milagres! Um pijama quentinho e umas pantufas não são menos confortáveis do que um top e calções.
E por último, voltando ao óbvio... Se está frio aqui, agarrarem na trouxa e pirem-se para os trópicos!
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Eu já previa que fosse assim. Com a mudança de operador para a "phod-a-phone" (volta, Meo, estás perdoada!) veio uma oferta de 3 meses grátis de Netflix. Claro que antes de terminar o primeiro mês já estávamos completamente "agarrados" e agora pagamos o serviço de boa vontade, até porque praticamente não vemos mais nada na TV. Além de não ser um serviço nada caro, pode-se usar em qualquer sítio (sendo que internacionalmente as contas estão limitadas à oferta daquele país), pode-se ver a maior parte das séries de enfiada (os conteúdos costumam ser disponibilizados por temporada, mas há excepções) e gostamos bastante dos conteúdos próprios da Netflix (o serviço inclui muitos outros), onde descobrimos algumas das melhores surpresas na ficção dos últimos anos.
E a vida nunca mais foi a mesma... Tem sido um fartote de binge-watching de alguns filmes e séries óptimas, de onde destacamos: Stranger Things, The OA, Sense8, Jessica Jones, The Punisher, Suits, Orange is the New Black, Designated survivor, Shooter, 100, entre outras.
O único ponto negativo são mesmo os "soluços" que o serviço apresenta diariamente, mas alheios à Netflix e inteiramente cortesia da porcaria de serviço da "phod-a-phone".
Atenção: este post não é patrocinado nem nada que se pareça.
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Foi em Setembro, antes das "férias grandes" que a decisão foi tomada, em conjunto. Antes disso, lemos muito, ouvimos opiniões a favor e contra.
Precisamos de perder peso, com calma e sem radicalismos, a bem da nossa saúde. Já acreditávamos que somos o que comemos e por isso mesmo já tínhamos banido alguns venenos há bastante tempo, como o açúcar refinado, refrigerantes com gás e com açúcar, e óleos vegetais manhosos. Não faço fritos em casa, nunca fiz, e já tinha comprado uma fritadeira a ar quente como solução para alguns alimentos ficarem mais apelativos sem cair no desenxabido (como rissóis e outros salgados que antes fazia no forno ou no microondas).
Como tenho alguns problemas de saúde que não ajudam em nada a perda de peso, mas que são agravados com o excesso de peso, tomei a palavra da médica especialista que me acompanha como a mais decisiva. Disse-lhe o que planeava fazer, e ela deu-me todo o apoio, incentivou e não mostrou qualquer desconfiança. Ainda bem, porque para eu tomar esta decisão tinha de acreditar que fazia sentido. E cientificamente, fazia para mim todo o sentido, e quanto mais me informava mais sentido fazia, e quanto mais vivo desta forma ainda mais sentido faz, e com evidências empíricas para atestar a fiabilidade desta forma de alimentação - custa-me chamar-lhe dieta, só porque a maior parte das pessoas pensa que dieta é uma coisa com princípio e fim para atingir um objectivo, e não é disso que se trata. O estilo de vida paleo não é algo temporário, é para manter a vida toda. E é tão simples quanto manter presente a ideia de comer apenas "comida de verdade", abolindo açúcares processados e evitando cereais e excesso de hidratos de carbono.
Começámos gradualmente em Outubro (gradualmente porque não concebo a ideia de estragar comida, por isso fomos consumindo as coisas desaconselhadas que já tínhamos em casa, outras demos). Tivémos uns períodos de excepção que não conseguimos contornar, como férias em sítios mais difíceis para seguir uma alimentação paleo e aniversários, mas em cerca de 2 meses de paleo 80% as mudanças são evidentes:
perda de peso (eu 6 Kg, ele 10 Kg)
aumento notável do nível de energia
melhorias enormes em termos de inchaço, retenção de líquidos e flatulência
alteração de paladar, maior sensibilidade ao doce
regulação do ciclo menstrual
carrinhos de compras mais simples, com muito menos embalagens e facturas menores
Pode ser para muitos uma tarefa fastidiosa e que se vai empurrando com a barriga até à última da hora, mas é uma das coisas que nao me importo mesmo nada de pensar exaustivamente, organizar, e depois despachar em 3 tempos. FAZER A MALA! Até porque fazer a mala é sinal de viagem próxima, e se há coisa melhor do que viajar (de preferência com a nossa companhia preferida), ainda estou por descobrir qual é.
Assumindo que quando chega a altura de pensar na bagagem as coisas mais importantes (como vistos e bilhetes comprados) estão tratadas, tratar da bagagem pode ser uma tarefa bastante simples e rápida. Seguem-se algumas coisas importantes e que podem fazer toda a diferença para que a viagem corra mesmo bem:
escolher a mala, troley ou mochila, conforme o gosto pessoal e o tipo de viagem/destino. Ninguém vai fazer uma escalada de troley numa mão e necessaire na outra, naturalmente... Bem como também não será muito comum aparecer num hotel de 5 estrelas duma metrópole com uma mochila Quechua velha e coçada - eu sou a excepção que confirma a regra... Nós somos fãs de mochilas e não nos vejo a mudar de opinião tão cedo - os troleys pesam menos, verdade, mas só quando estão a rolar, porque sempre que há degraus (e há em todo o lado) não dão jeito nenhum. Eu uso uma mochila de 40l e o homem uma de 60l. Nunca ficam cheias, pelo menos à ida, e andar com elas às costas é o maior incentivo para levar realmente apenas o necessário. Ou seja, deve-se fazer exactamente o oposto do que um amigo que anda por estes dias na Índia fez, com uma mochila de 65l a abarrotar e ainda mais uns extras por fora (saco-cama e outras coisas assim maneirinhas).
verificar o tipo de tomadas eléctricas no destino; se for necessário, levar um adaptador - há uns adaptadores universais que valem o pequeno investimento (comprei o meu no sítio onde há de tudo, o meu amigo ebay);
fazer uma lista com os itens a não esquecer (ou exaustiva, para os maníacos das listas como eu): passaportes, medicação habitual, vouchers de alojamentos e transfers, protector solar, geringonças electrónicas (máquina fotográfica, carregadores, etc.)
se só leva bagagem de cabine, não é preciso, mas se a bagagem for no porão, por precaução, uma roupa interior e uma t-shirt lavada na bagagem de mão, não vá o diabo tecê-las e dar-se um extravio das malas. Nunca nos aconteceu, mas é das coisas mais chatas, mesmo que a bagagem não tenha nada de especial, mesmo que a companhia aérea pague a compensação devida, é um stress acrescido e que rouba tempo da viagem em si para ter de ir comprar uns essenciais enquanto a mala não chega ao destino - e pode mesmo nunca chegar, por isso...
não colocar itens essenciais ou valiosos na bagagem de porão. Eu nunca me separaria da my precious, a máquina fotográfica, por exemplo - vai sempre comigo, bem como medicação crónica e documentos. Para estas coisas e ouras utilidades, como snacks, telemóvel ou um guia do local, costumo usar uma day bag (mochilita leve) para usar durante o dia de passeio.
Last but not least... Roupa. É importante ver a previsão meteorológica antes de escolher as peças de roupa a levar: se vai estar um calor abrasador, pode deixar o casaco de malha no roupeiro, mas se vai chover é melhor levar um impermeável e um pequeno chapéu-de-chuva. A não ser que vão com ideias de desfilar em vez de aproveitar o tempo para conhecer o destino, a palavra de ordem é conforto. Sobretudo no calçado, é imperativo levar o calçado mais confortável que se tenha, ponto. Quantos pares? Os mesmos que os pares de pés que se tenha e uns chinelos de quarto/praia, se necessário. A roupa deve ser versátil e se as peças combinarem todas entre si, é muito mais fácil escolher combinações que agradem sem ter de levar o roupeiro atrás. Descomplicar é a outra palavra de ordem. O que quero dizer com isto é: umas calças de ganga podem vestir-se várias vezes antes de precisarem de lavagem. Outras peças e roupa interior, por exemplo, nem por isso. Mas isso significa que temos de levar 21 cuecas para 3 semanas de férias? Não. Água e sabão, meus amigos... E eventualmente, uma pequena corda para servir de estendal. Lavar t-shirts, meias e cuecas ao final do dia e deixar a secar durante a noite ou no dia seguinte são A chave para o célebre travel light. Com alguma prática acabarão a colocar tanta roupa na mochila para um fim-de-semana prolongado como para 3 semanas.
Dica extra: levar um lenço largo ou uma écharpe é das melhores coisas para o viajante descomplicado: serve de aquecimento para o pescoço, de acessório de moda, serve de chapéu para proteger do sol ou do vento, serve para cobrir a cabeça, os braços ou pernas se estavam mal preparados para visitar um sítio de culto, para tapar nariz e boca quando há muito pó ou smog, serve de toalha de praia e mais trinta por uma linha.
Boas viagens!
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Porque numa família todos têm o seu papel, e é importante realmente partilhar as tarefas em vez de apenas esperar "uma ajudinha".
Aplicável a filhos menores e também a maridos-que-nos-vieram-parar-às-mãos-muito-mal-habituados.
(E a este propósito tenho de orgulhar-me muito do meu, que com menos de 4 anos - de casamento - já está bastante à-vontade em tarefas apontadas para meninos a partir dos 9/10 anos, apesar de ainda estarmos a trabalhar naquela cena de guardar os brinquedos. Mas chegaremos lá.)
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Pessoa tem a mania que tem dotes de Masterchef.
Pessoa aproveita fins-de-semana e feriados para cozinhar.
Pessoa acorda cheia de vontade no 1º de Novembro, toma duche, segue a cantarolar para a cozinha.
Pessoa está feliz com a adopção de um estilo de vida paleo e decide inventar uma receita com ovos e courgettes para o pequeno-almoço.
Pessoa agarra numa courgete linda e na sua mandolina verde e começa a cortar rodelinhas de courgette.
Pessoa está tão embalada que corta também uma rodela de dedo.
Pessoa tem sangue frio e reacções rápidas e corre para a torneira, deixando correr água fria sobre o dedo decepado.
Pessoa pede ajuda ao marido informático enquanto faz garrote com a outra mão, porque há demasiado sangue a jorrar.
Marido informático acode com... um penso rápido. Dos pequeninos.
(Pessoa teve de ir para o centro de saúde e daí para o hospital para tratar a sua mutilação. Pessoa aproveita todas as hipóteses para contar a história do penso rápido. Todas as pessoas que ouvem a história sugerem alguma forma de mutilação do esposo informático, mas pessoa sabe que o esposo não ter desmaiado com a visão do dedo e do sangue já foi muito positivo. )
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"Querida, reconfigurei o frigorífico!"
Em breve o filme... numa cozinha perto de si.
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(Acho que ele tem uma secreta estratégia de fazer asneiras ou dar tiros ao lado nas tarefas domésticas, com esperança que eu desista. Azar: quanto mais disparates fizer, mais prova que é preciso insistir para aprender a fazer bem. Dá muito trabalho educar um marido que não foi devidamente ensinado, mas vai chegar o dia em que não vai ser preciso ser eu a dizer e a pedir que faça isto ou aquilo - aquela conversa do marido "ajudar" em casa aqui não pega, as tarefas são dos dois em igual medida, somos sócios igualitários. )
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e não queria comprar nada, só dar uma volta e ver as novidades... Afinal já não temos espaço para colocar mais livros, as prateleiras da estante já estão côncavas de tanto peso, com tantos livros ainda por ler, e até estamos a poupar para as viagens.