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Ventania

Na margem certa da vida, a esquerda.

Ventania

Na margem certa da vida, a esquerda.

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Há duas coisas na vida de pelintra que se unem numa etiqueta cor-de-laranja: o combate ao desperício e a redução de preço.

 

O que é a etiqueta cor-de-laranja? É a etiqueta que, no meu supermercado de eleição, significa que o produto está com 30% de desconto por aproximação do prazo de validade. A maior parte dos super e hipermercados utiliza algum tipo de oferta ou promoção para escoar produtos com maior proximidade da data de validade, sejam os descontos directos em percentagem, os "leve 2 pague 1" ou outros.

 

 

Conheço (muitas) pessoas que quando determinado produto excede o prazo de validade simplesmente o deitam fora, e isto põe-me os cabelos em pé! Ora, se não está estragado, porque motivo se vai desperdiçar um produto que nos custou dinheiro, e que tanta falta faria aos milhões de pessoas que não podem consumir esse produto porque não o podem pagar (sim, há 800 milhões de pessoas que vivem abaixo do limiar de pobreza e 2 destes milhões são portugueses).

 

A imensidão de alimentos (e outros produtos) que são produzidos e não são consumidos são uma absoluta obscenidade. Se os produtos se estragam nas prateleiras dos supermercados ou nos meandros que vão desde o produtor à distribuição aos clientes finais, é outra conversa - e que também pode e deve ser corrigida, não só devido à insustentabilidade económica que causa em vários pontos, mas sobretudo devido ao desastre ecológico que implica o esforço supérfluo na produção (esforço esse que, não nos enganemos, é suportado por um só planeta e portanto responsabilidade de todos). Mas torna-se ainda mais obsceno, ridículo e irresponsável rejeitar produtos em excelentes condições apenas porque há uma data escrita na embalagem.

 

O que é a data de validade? Para começar, há que distinguir entre o que é uma data-limite, data a partir da qual a segurança alimentar do produto não é garantida, pelo que a sua comercialização não é permitida, e o que é o período de durabilidade mínima, que se traduz normalmente na indicação "consumir de preferência antes de", mas que não significa, de todo, que o produto deixe de estar em condições para ser consumido.

 

Em qualquer dos casos, se é um produto fresco que se planeia consumir nos próximos dias, porque não aproveitar o desconto? Por exemplo, os iogurtes e leite são quase sempre pasteurizados ou ultra-pasteurizados, aguentam perfeitamente vários dias ou mesmo semanas depois da data. Se estiverem estragados, vai notar-se a embalagem "inchada" e aí sim, deve rejeitar-se. Mesmo em se tratando de produtos que não se cosuma com brevidade, nos produtos que se podem congelar, esta é mais uma forma de estender (e muito!) a data de validade. É o que costumo fazer com a carne embalada, por exemplo. 

 

Como em quase tudo na vida, há que pensar um bocadinho e recorrer ao bom-senso. Será que as pessoas que deitam fora os iogurtes a partir da data de validade pensam que os microorganismos dentro da embalagem se regem por um calendário e começam a reproduzir-se feitos doidos a partir daquela data? Ou não pensam de todo? Estou mais inclinada para a segunda opção - mas isso sou eu, que tenho mau feitio.

Tooodas as bloggers in e fashionistas avisaram das modas, ou como se chama agora, tendências, que são must have e beca beca. Saltam de contentação com descontos de 30% nas Zaras e afins. E eu digo: 30% é para meninos!


Toda a gente fala das vantagens dos saldos (para comprar peças básicas e de boa qualidade, muito certo), mas também dizem sempre "aproveitem o início, que depois fica tudo muito escolhido, e não há os tamanhos todos". Estou certa?


Mas nunca ninguém vos alertou para as maravilhosas pechinchas do fim dos saldos, segundos saldos, segundas promoções, por aí fora. Há menos escolha, é certo. Mas basta um pouquito de paciência para os verdadeiros achados se revelarem. Não sei quanto a vocês, mas eu sou uma daquelas mulheres que detesta o despe-veste-despe-veste nas lojas, pelo tempo que consome, pela energia que me drena, pelas dores nas costas que ganho após corrida meia loja com cabides num braço e a bagagem do costume no outro. Também por isso, mas também pelas facilidades na entrega e devoluções, e pela possibilidade de ir "namorando" coisas que se adiciona ao carrinho de compras antes da decisão final, sou cada vez mais adepta das compras online. E nas lojas online há por vezes coisas que não se encontra nas lojas físicas, além do que ficamos logo a saber quais são as cores e tamanhos disponíveis.


Para ilustrar algumas das melhores compras dos saldos de Inverno 15-16, na nova loja online da Natura:


O casaco mais giro que vi este ano, preço original 119,50€, comprei por 39,95€ (67% de desconto). É 100% polyester, mas num tecido super macio, com efeito desgastado, lindo, lindo! E fica bem praticamente com tudo e todos os estilos.



Também comprei um poncho giríssimo, uma mala em tom camel, umas botas, pantufas para el babe, uma túnica e umas carteiras (uma para mim e outra a pensar num presentinho para a minha mãe). Os tamanhos são mais pequenos do que estamos habituados, por isso recomendo a encomendar o tamanho acima do habitual.