(*romantização)
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(*romantização)
- Já disse que tens bom gosto?
- Pois temos... :)
- E vai refinando com a (matur)idade.
- Sabes, costumo dizer que já não tenho paciência para tintos maus... da mesma forma que dizes antes voar e cair que nunca levantar os pés do chão, há na idade o discernimento para sabermos o momento exacto de bater as asas e voar sem recear cair. O refinamento, o seu significado, esvanece-se na prostração que temos perante as coisas belas porque temos a precisa noção do que elas significam e o que podemos significar para elas, tornando algo de instintivo. :)
- A realização da efemeridade de cada volta do planeta, mais do que coisas, ensina o valor de cada momento, faísca da imaginação que seja, a irrepetibilidade impele a que cada dia tenha de ser especial duma qualquer maneira; o que se aprende, o que se ouve, como se vê, quem se lê, a força do que se diz, o travo de cada gole. Abençoada mortalidade! E três vivas ao Peter Pan! :)
- Ora minha Windy, o valor de cada momento é intrinseco ao carácter turbulento de cada um. O traço laminar, também. Todos os momentos não têm de ser especiais de qualquer maneira, têm sobretudo de ser sinceros. A magia está justamente aí, no acto correcto no momento certo. Não somos infalíveis, é certo, mas aí também reside a faísca da introspecção. Repara, que fiz eu hoje para que tenha sido especial. Aparentemente pouco. Mas foi especial, porque estou bem e sinto que causo o mesmo em ti. Há uma nuvem de verdade e de ressonância de alma no que nos escrevemos... simples não é? As coisas simples são especiais por si só.
Bird, teu...
- E ser sincero não basta para ser especial? Ainda que dum fundo de oceano de desenraizadas ilusões? Uma palavra basta, sobeja, Bird (ainda acredito que são tudo). E hoje, abundaram-me palavras que queria há tanto ouvir, tão justas, tão certas, e outras, as tuas, que têm o condão de me prender (the good way), de fazer sorrir. Muito simples, indeed. E so f****** special. :)
- Nem mais minha Windy, e o meu sorriso, como bem sabes, acompanha o teu...
- Saber não sei, meu Bird (isto soa weird), mas gosto de contornos surreais e prefiro acreditar que sim.
- Soa não soa? Mas gosto da elegância do pronome... A frase fica ainda mais dedicada num contorno surreal. :)
- :) Gosto da tua maneira de pensar. Surreal. Cesariny.
- Não querendo rotular, geralmente complica-se por duas razões: ausência de paixão ou conhecimento de causa; voltamos então à simplicidade dos gestos e à noção de correcto... Não os pões a questionarem-se?
- É precisamente por isso que os afugento. Sou incómoda. Uma pain in the ass sempre a confundir os neurónios (os 2) dos tipos.
- Pois, geralmente a coerência incomoda...
(e assim se dissecam anos duma vã luta)
- Questiono-me constantemente se está certo e se está errado. É importante que não estejamos em piloto automático. Muitos amores se esvanecem assim, por exemplo, por não se questionarem...
- Achas que não me questiono? Tenho milhares de pontos de interrogação nos bolsos, em permanência.