You with the sad eyes don't be discouraged oh I realize it's hard to take courage in a world full of people you can lose sight of it all and the darkness inside you can make you fell so small
But I see your true colors shining through I see your true colors and that's why I love you so don't be afraid to let them show your true colors true colors are beautiful like a rainbow
Show me a smile then don't be unhappy, can't remember when I last saw you laughing if this world makes you crazy and you've taken all you can bear you call me up because you know I'll be there
And I'll see your true colors shining through I see your true colors and that's why I love you so don't be afraid to let them show your true colors true colors are beautiful like a rainbow
(True Colors, by Cindy Lauper)
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Nunca perguntaste, nunca quiseste saber, quais são as minhas flores preferidas. Ter-te-ia dito "as vivas". E não seria necessário dizer mais, tu ias imediata e perfeitamente compreender tudo, o como, o porquê. E não seria a resposta que procurarias, tivesses querido saber de mim desses ângulos que só interessam a quem pode querer agradar. E tu dispensavas agradar-me se isso implicasse algum esforço. Soubeste não desde o primeiro momento, mas disse-to logo que se tornou uma certeza. Agradas-me por demais. Ter-me-ias respondido com túlipas. E toda eu um mar de compreensão.
Tivesses conhecido o melhor de mim, saberias. Malmequeres. Brancos.
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Era um embrulho pequeno, sem caber no bolso dum casaco. Rectangular, papel e laço branco. Para comemorar. Ou lamentar. Porque sim, havia algo deveras importante, mas nunca saberás, não por mim nos próximos 20 anos, pelo menos. Mandei o embrulho fora, perfeitinho, sequer o amachuquei antes. Directo para o contentor. Como devia fazer contigo.
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Gosto de gelados no inverno e de chás quentes no verão. Gosto de fazer rabo-de-cavalo e totós. Gosto de dar beijinhos. Gosto de usar lenços ao pescoço. Gosto de fotografias a preto-e-branco. Gosto do Algarve quando chove e da Serra da Estrela sob um Sol abrasador. Gosto de aventuras grandes e pequenas. Gosto de pessoas genuínas e transparentes. Gosto de surpresas. Gosto de negro total. Gosto de aprender e de ensinar. Gosto de botas e de sapatos de plástico. Gosto de rugas de riso nos cantos dos olhos. Gosto de pão mal cozido e nada estaladiço. Gosto de velocidade. Gosto de nuvens densas e chuvadas de granizo. Gosto de açúcar amarelo e edulcorantes artificiais. Gosto de cicatrizes. Gosto de aguardente e de nescafé, de leite magro e iogurtes naturais. Gosto de ruas escuras e estreitas. Gosto do mar sem ondas nenhumas. Gosto de alturas. Gosto do som do violão e da gaita-de-foles. Gosto de comer chocolate de culinária. Gosto de cabelos brancos e grisalhos. Gosto de andar descalça e de peúgas grossas. Gosto da Lua e do céu estrelado. Gosto de tactear texturas. Gosto de ter as unhas muito curtas e sem cor. Gosto de limpar e arrumar. Gosto de estar completamente perdida no meio de nenhures. Gosto de arte surrealista. Gosto de me esconder atrás dos óculos escuros. Gosto de extremos. Gosto de ouvir pessoas a rir. Gosto de sal e de picante. Gosto de lápis macios e escuros e papel liso. Gosto de peles mulatas e de olhos em bico. Gosto de roupa interior preta e básica. Gosto de malmequeres brancos e desalinhados, de lírios e de túlipas. Gosto de passear de mão dada e de abraços. Gosto de cheirar a frutas e gomas. Gosto de ver filmes de terror e romances de fazer chorar. Gosto de miminhos na alma.
Muitas ideias para quando eu fizer anos e está quase, quase!
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Partilhando mais um pouco do que me faz vibrar:
The Embrace, 1900 - Pastel on paper
Roofs of Barcelona - Barcelona, 1902 - Oil on canvas - 57,8 x 60,3 cm
O vento não tem cor. O vento tem rumo? O vento eleva-se e detém-se, arrefece e conforta a solidão de quem está nu no vazio, acaricia as peles macias e tenras, as crispadas e atropeladas por rugas de estórias antigas.
O vento passou por aqui. Levantou-me as asas e agora sei voar.