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Ventania

Na margem certa da vida, a esquerda.

Ventania

Na margem certa da vida, a esquerda.

origem

Terminou a saga do Robot de cozinha. Desisti da Yämmi para sempre. Desisti da Bimby, mas só até ganhar o euromilhões. (Ou então não, que com o euromilhões eu comprava era o querido Avillez, que ficava um mimo na minha cozinha. Wink, Wink!) Ganhou a maquineta do Lidl, que tem o pomposo nome de Monsieur Cuisine. A decisão foi tomada em sincronia com a promoção, há uns fins-de-semana atrás, de baixa do preço para os 186€.


A bem da verdade, ainda quase que não experimentei a bicha. Vocês sabem lá a correria da minha semana, e a indolência que toma conta da minha alma ao fim-de-semana... Contudo, num rasgo de estupidez (não me "alembrei" da parte da trabalheira que dá preparar tudo e depois limpar), convoquei a famelga para a consoada cá no palácio e, não contente com a experiência, repeti o feito na paragem de ano (perdido por 100, perdido por 1000 - o descanso). Sempre deu para testar um pouco mais.


Não fiquei deslumbrada com o desempenho a nível de potência, estava a fazer uma bola simples de chouriço e assim que comecei a acrescentar mais farinha o Monsieur começou a queixar-se (mas no livro de instruções diz claramente que a máquina não é adequada para massas mais consistentes, como de pão. OK, corresponde à verdade). De resto, não me desiludiu. Faz uma barulheira, como fazem todos os robots de cozinha, mas cumpre. Cozi massas, fiz béchamel, moí montes de coisas. Tudo normal.


Só tenho uma queixa. É que o livro de receitas da máquina alemã com nome de senhor francês deve ser muito porreiro, mas lá para os compatriotas da Anginha Merkel. Para o bom do tuga torna-se pouco útil. Era de valor o Lidl criar um ebook assim compostinho com receitas portuguesas para o Monsieur Cuisine. Mas enquanto não aparecer um ebook destes, fiquem a saber que é muito fácil adaptar receitas criadas a pensar na Yämmi (livro grátis online), ou mesmo na Bimby.


 


Nota: o Lidl não me paga, nem em valores nem em géneros, para estar sempre a dizer bem. Mas devia, que parecendo que não, são já 20 anos a defender o conceito e bastantes produtos. Até computadores (sim, no plural) já comprei a estes senhores.

Se sofrem, como eu, deste flagelo que é a pele oleosa, mas mesmo oleosa, partilham da minha dor. Deve ser uma minoria, mas garanto que há peles assim, cheia de brilhos incontroláveis, que não toleram cremes, no geral, e ainda por cima são bastante sensíveis. Eles podem ser cremes apenas hidratantes e hipoalergénicos, desenhados especificamente para peles oleosas, com efeito matificante e quase sempre caríssimos. Podem ser em formato gel para ser ainda menos agressivos. Podem ser linhas XPTO feitas para peles adolescentes com acne. Ou bases milagrosas aclamadas por meio mundo, supostamente perfeitas para peles muito oleosas. Não resultam. Comigo, não resultam. Só me dão uma sensação nada fresca e bastante peganhenta de quem tem a cara a escorrer nhanha.


E depois, o Verão. O calor e o Sol podem ser muito desejados por quase todos, mas para a minha pele são o desastre absoluto. Torna-se ainda mais fácil que num instante a zona T fique a brilhar como os biceps dos halterofilistas.


 


Há, contudo, boas notícias. Finalmente, após mais de 20 anos de experiências científicas exaustivas e muitos testes (sempre no mesmo animal - moi même), estou capaz de dizer “eureka! - encontrei a solução!”. Obviamente, é a minha solução, o que funciona comigo, é natural que não funcione da mesma maneira para o resto do mundo. Contudo, pela primeira vez na minha vidinha de blogger (e já lá vai mais de uma década, hein) vou partilhar as minhas "dicas de beleza". Não tornam ninguém mais belo (ohhhh!) mas pode ser que seja útil para alguma alminha gorduroooosaaaa necessitada que por aqui passe.


Vamos por partes, começando pelo princípio (que original!) e pelo mais importante: Lavar.


(Ah, e não, este post não é patrocinado! O que é pena.)



Lavar/Limpar


“Ai que os detergentes são tão agressivos, ai que a água seca a pele” e beca beca. Tretas. Não há leite, tónico ou água micelar (faz-me sempre pensar em sopa de cogumelos) que supere uma lavagem como deve ser e com a frescura da água. Pelo menos ao acordar e antes de dormir. A primeira coisa que faço quando chego a casa depois de um dia de trabalho é descalçar-me, a segunda é lavar a cara, com a ajuda de uma esponjinha ou escova própria para massajar e, em simultâneo, retirar o excesso de células mortas e sujidades. Há líquidos próprios para lavar as peles oleosas e alguns até são bons: dou-me muito bem com os da Bioderma, que são caros p’ra caraças – mas na Polónia são a metade do preço, quando lá fui trouxe 2 ou 3 embalagens para stock!


MAS... para mim a melhor solução é mesmo o bom do sabão offenbach artesanal (da cor do meu coração, ou seja, azul e branco ou ainda na variante rosa e branco). O sabão de Marselha também é muito bom, se for artesanal. Atenção que nem todos os sabões são seguros para usar na pele, sobretudo a mais sensível – quanto menos aditivos, perfumes e “extras” tiver, melhor. Eu comprava os do meu supermercado alemão favorito, mas descobri um sítio em que é ainda mais barato.


Sabonetes, há alguns também bastante bons para a (minha) pele: os de alcatrão vegetal e os sabonetes ayurvédicos. Destes últimos, os indianos Medimix (ali na imagem) são para lá de espectacular. Aquando da minha viagem à Índia, antes de me vir embora, agarrei no equivalente a 5 € e trouxe um saco deles, que ando a racionar desde então.


A esfoliação também faz parte integrante das minhas rotinas. Como tenho pele com tendências acneicas, são frequentes os odiosos pontos negros e brancos, e para prevenir e dar cabo deles o melhor é mesmo a bela acção mecânica. Além da escovinha que mencionei acima (a higiene da mesma tem de ser a mais cuidada possível!), esponjas e produtos com acção mais abrasiva (ou em versão low cost, açúcar) são essenciais. Cuidado para não esfoliarem demais, como me acontece por vezes, e acabarem com a pele magoada.


 


 

Discussões destas acontecem muitas vezes cá em casa. Como habitualmente, eu tenho razão e ele não.  Ele gosta de espetar copos nos separadores de pratos e preencher o tabuleiro superior com tupperwares ao molho. Claro que a lavagem sai uma bela bosta. 



 


Como fazer bem, de forma económica:


 


1 – Limpar os restos de comida, mas sem água (basta raspar e, se necessário, usar um guardanapo usado)


2 – Usar o programa adequado. Se não temos tachos com restos de comida ressequidos, não precisamos da pré-lavagem; se só temos copos e talheres, basta o programa mais curto. 


3 – A poupança de energia, água, detergente passa pela primeira regra dos 3 R: reduzir. Ou seja, ligar a máquina (como qualquer outra) só quando está cheia (e aqui volta a ser necessário ter em conta o 1º ponto, porque se ficarem resíduos grandes na loiça e tivermos de esperar 3 ou mais dias para ligar a máquina, esses resíduos vão ficar ressequidos e são muito mais difíceis de lavar).


4 – O ponto da discórdia: acomodar a loiça correctamente nos locais destinados a cada tipo de loiça. Pratos e copos bem colocados serão bem lavados. Se as peças ficarem dispostas ao monte e sem regras vai ficar qualquer coisa que não apanha água e não vai ficar lavada. Eu costumo organizar os talheres nas divisórias (garfos com garfos, facas com facas, etc.) porque fica mais rápido de arrumar na gaveta. Tentar não sobrepor objectos larcos em cima de outros, de forma a não obstruir o acesso da água.


5 – O que não lavar na máquina: loiças antigas e com pinturas ou frisos, peças de madeira ou de plástico fino (pode derreter e deformar).


6 – Usar detergentes específicos para máquina. Ultimamente tenho usado só pastilhas tudo-em-um, que mais cedo ou mais tarde surgem num supermercado com desconto de 50% (só compro nestas condições e, como posso fazer um pequeno stock na arrecadação, compro normalmente duas embalagens de cada vez).