Especialmente para uma amiga querida que há tempos me disse isto mesmo, com todas as letras: "Eu não acredito na Evolução." Pensei que ela estava a gozar e rindo, respondi "Então, és criacionista?", e ela confirmou. Sim, criacionista. Ainda existe disto. E não estamos a falar de pacóvios americanos que aprendem criacionismo na escola, estamos a falar de uma rapariga nova, instruída, culta, moderna, e que nem sequer é católica (cristã sim)... Depois dos meus argumentos científicos limitou-se a defender-se com "eu nunca estudei essas coisas, por isso não sei". O queixo descaiu-me 2 cm e ainda não recuperei.
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Nem a propósito do último post, cai-me no e-mail o anúncio da reimpressão do ensaio de Pedro Paixão, anti-darwin. Agradeci, logo eu que sou admiradora do Darwin desde miúda.
(Mas o que queria mesmo era os poemas matinais, qual alcalinização purificante.)
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Não sei qual é o espanto / choque das vítimas que a estupidez humana faz diariamente.
Desde os desafios do paracetamol, o planking nos sítios mais absurdos, comer canela em pó às colheradas, sugar o ar de uma garrafa até ficar com os lábios tão inchados que parece que se engoliu um enxame... Tudo normal.
Antigamente existia a necessidade de ser mais forte/inteligente para sobreviver (caçar mais, fugir aos predadores...). Agora a vida está, em grande parte, facilitada (no mundo ocidental e vamos, só por um instante, assumir que toda a gente tem acesso ao que a classe média tem: alimentação, higiene, saneamento, vacinas, medicamentos, etc.). Por isso estas demonstrações gratuitas de estupidez em massa não são mais do que a Selecção Natural em acção: a sobrevivência dos mais aptos continua a vingar, de uma ou outra forma.