Sem balanços, sem listas de resoluções, sem inícios nem fins, só prolongamentos da raridade tão especial que é estar vivo, saber que se está vivo, e ter tanto para aprender.
Ninguém o diria melhor que o genial António Variações, aqui na versão dos Humanos!
Vou viver
até quando eu não sei que me importa o que serei quero é viver
Amanhã, espero sempre um amanhã e acredito que será mais um prazer
e a vida é sempre uma curiosidade que me desperta com a idade interessa-me o que está para vir a vida em mim é sempre uma certeza que nasce da minha riqueza do meu prazer em descobrir
encontrar, renovar, vou fugir ou repetir
vou viver, até quando, eu não sei que me importa o que serei quero é viver amanhã, espero sempre um amanhã eacredito que será mais um prazer
a vida é sempre uma curiosidade que me desperta com idade interessa-me o que está para vir a vida, em mim é sempre uma certeza que nasce da minha riqueza do meu prazer em descobrir
encontrar, renovar vou fugir ou repetir
vou viver até quando eu não sei que me importa o que serei quero é viver, amanhã, espero sempre um amanhã e acredito que será mais um prazer
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O original é do incontornável José Mário Branco. A interpretação desta versão é do fantástico Camané e dos geniais Dead Combo.
E o poema é tão perfeito...
Inquietação
José Mário Branco
A contas com o bem que tu me fazes A contas com o mal por que passei Com tantas guerras que travei Já não sei fazer as pazes
São flores aos milhões entre ruínas Meu peito feito campo de batalha Cada alvorada que me ensinas Oiro em pó que o vento espalha
Cá dentro inquietação, inquietação É só inquietação, inquietação Porquê, não sei Porquê, não sei Porquê, não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer Qualquer coisa que eu devia perceber Porquê, não sei Porquê, não sei Porquê, não sei ainda
Ensinas-me fazer tantas perguntas Na volta das respostas que eu trazia Quantas promessas eu faria Se as cumprisse todas juntas
Não largues esta mão no torvelinho Pois falta sempre pouco para chegar Eu não meti o barco ao mar Pra ficar pelo caminho
Cá dentro inquietação, inquietação É só inquietação, inquietação Porquê, não sei Porquê, não sei Porquê, não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer Qualquer coisa que eu devia perceber Porquê, não sei Porquê, não sei Porquê, não sei ainda
Cá dentro inquietação, inquietação É só inquietação, inquietação Porquê, não sei Mas sei É que não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que eu tenho que fazer Qualquer coisa que eu devia resolver Porquê, não sei Mas sei Que essa coisa é que é linda
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Antes de toda a celeuma do Festival da Canção já tinha lido sobre o "irmão da Luísa Sobral", opiniões de amigos ligados à música, sobretudo. Gosto da música da Luísa, o "meu som" de eleição pende bastante para o jazz vocal, mas não me deixa em êxtase e nunca me tinha dedicado a investigar o tal irmão. Por isso, também não tinha associado o Salvador ao puto betinho que tinha aparecido nos Ídolos uns anos antes e com quem eu embirrava, por ser betinho (como embirro com todos os betinhos).
Depois calhou ouvir a canção do Festival, "Amar pelos dois" e foi amor ao primeiro acorde. Lindo demais! A simplicidade poética da letra e da melodia já são perfeitas, mas a interpretação do Salvador Sobral tornou a canção realmente especial. E aí pus-me a pesquisar e a sorver a música do álbum "Excuse Me", que me tem acompanhado com muita frequência, a ponto do senhor gajo sugerir que fiquei um pouco obcecada. Só porque a cada música que descobria falava-lhe nela, citava-lhe porções dos poemas e repetia "isto é muita bom!"
Ontem fomos ao concerto do Salvador Sobral no Seixal e ficámos completamente arrebatados. Caramba, o puto é um animal musical! Todo ele é melodia. Ele sussurra ao microfone, ele uiva para dentro do piano, faz "air trumpet" de grande qualidade, contagia com uma espontaneidade muito castiça e... canta bem p'ra caraças! Os músicos que o acompanharam são top notch: Júlio Resende no piano, André Rosinha no contrabaixo e Bruno Pedroso na bateria. O espectáculo foi brilhante, divertido e realmente excelente. Não acreditem em mim, o concerto vai passar na RTP1 na próxima quinta-feira, 05/05 no sábado, 06-05, por volta da meia-noite.
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Hoje apoderei-me da rubrica musical da casa, que normalmente está a cargo do macho, porque desde a Season 1 da série "The Affair" que esta canção me envolve de uma forma quase hipnótica no genérico (as imagens também ajudam). Começámos a ver a Season 2, e algo me diz que vamos dar conta dos 13 episódios quase sem fazer pausas.
I was screaming into the canyon
At the moment of my death The echo I created Outlasted my last breath
My voice it made an avalanche And buried a man I never knew And when he died his widowed bride Met your daddy and they made you
[Hook:] 3x I have only one thing to do and that's To be the wave that I am and then Sink back into the ocean
Sink back into the o- Sink back into the ocean Sink back into the o- Sink back into the ocean Sink back into the ocean