Falo baixo, dizem-me. Acredito. Não suporto que estejam bem pertinho a quase gritar aos meus ouvidos. Não suporto que outras pessoas ouçam conversas que não lhes são destinadas. E recordo o que um grande e excelente professor que tive, que apenas narrava com o seu tom grave, mas baixo - e quase monocórdico -, histórias deliciosas durante 55 minutos (as suas aulas deviam ter 90 minutos mas ele considerava anti-pedagógico e ao fim de menos de uma hora mandava-nos embora) e odiava ruídos de fundo, ensinou: só precisa de falar alto quem não tem nada importante a dizer; quando a mensagem é relevante, a audiência faz silêncio para que se oiça o narrador.
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Tenho uma barra nova. Já tínha o emblema do nAO. Porque sou visceralmente contra o Acordo Aborto Ortográfico, porque a Língua Portuguesa é mesmo a minha pátria, como será a vossa, e não podemos permitir que a dilacerem. A Língua só perde com as recentes alterações, que castram a variabilidade e riqueza que lhe eram características. Por mim, não vejo problema algum na existência de várias grafias nos vários países que falam a nossa língua. Mas vejo problemas grandes na uniformização e na limitação dum património que é de todos. Evolução da Língua, concerteza. Imposição de alterações injustificáveis e sem nexo para pelo menos 10 milhões de pessoas, NÃO!
A todos quantos discordem do Acordo Ortográfico, apelo a que visitem o site do nAO, assinem e divulguem a ILC (Iniciativa Legislativa de Cidadãos), que pretende revogar o Acordo e necessita de recolher o máximo de assinaturas até dia 15 de Novembro. É muito fácil, basta fazer download do documento, preencher com os dados pessoais, assinar e enviar (pode-se enviar a digitalização por e-mail).
* já agora, para quem quiser levar, deixo a minha versão; no espaço a azul, podem colocar o link original do post da Tertúlia, o link para uma eventual explicação, ou nenhum:
Uma vez escrevi num postal de aniversário estas exactas palavras:
"A felicidade processa-se do interior (de ti próprio) para o exterior. Não depende de outra pessoa, nem de qualquer factor externo ao teu íntimo. Não é o que fazes, o que tens ou quem te acompanha que te definem, mas antes quem escolhes ser. Que encontres a sabedoria que te permita escolher ser, espontaneamente, Feliz. Não desejo que se concretizem todos os teus sonhos; o meu desejo egoísta é que sejas muito feliz."
Vá, toca a experimentar a fórmula mágica para a Felicidade. Se resultar, venham cá dizer.
P.S. O meu desejo egoísta mantém-se.
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Chego a uma altura na vida, e fazem-me as circunstâncias e condicionantes pensar em coisas destas. Já há tempos tinha escrito uma declaração de últimas vontades, em jeito de testamento. Não tenho ideias de bater a bota nos próximos, digamos, 50 anos (que tenho tanto mundo ainda por calcorrear, sabores e texturas por sentir, beijos por dar, livros por ler…). Mas começo a estar mais consciente de que tudo é efémero e que a vida dá muitas enormes voltas em poucos segundos. E como sou um niquinho de nada perfeccionista e controladora, achei por bem deixar as últimas ‘ordens’ bem explícitas e umas mensagens de “ponto final”, que as restantes vou tentando entregar em mão e na hora.
Não vou partilhar aqui, naturalmente, até porque se contam pelos dedos duma mão (e ainda sobram dedos) aqueles que me conhecem a mim, a pessoa que faz uns turnos de Princesa Canela, e este espaço. Mas saibam que odeio despedidas e prefiro escrevê-las quando tem de ser.
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Queres mesmo mesmo mesmo, mas mesmo mesmo mesmo mesmo mesmo saber o que penso quando penso em ti? Queres? Mesmo?
Querias... Mas não to vou dizer. Se quiseres MESMO saber, vais ter de dar-te ao trabalho e obter/seguir as pistas. A primeira dou de barato, que sou generosa.
Pista #1: Há uma parede em Lisboa onde está tudo escrito, numa só frase...
Para obter mais pistas é favor deixar esmola na caixinha. =)
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Um dia destes traduzo, se voltar a vontade. Escrevi isto num dia azul e sereno e os dias têm estado cinzentos e esmorecidos. Um dia destes...