Falar inglês não é obrigatório; mas lá que dá um jeitaço em praticamente qualquer sítio do mundo, em muitos contextos profissionais, e até apenas enquanto factor facilitador do lazer ou entretenimento, não há a menor dúvida.
Obviamente, não é vergonha nenhuma não saber, ou estar mais enferrujado, ou pronunciar um bocado ao lado. Vergonha é uma empresa pública como o Metropolitano de Lisboa não ter encontrado melhor alternativa para as mensagens bilingues que passa nos altifalantes do que a gravação de uma senhora com uma dicção terrível e pronúncia ainda pior. O Zezé Camarinha poderia ter feito melhor.
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Eu apoio as greves dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa.
Estou a 100% de acordo com as suas motivações (contra a reestruturação da empresa e pela defesa do serviço público) e, por muito que seja doloroso viajar na Carris em dias de greve do metro, estes trabalhadores não estão só a defender os seus postos de trabalho e a aplicação do seu Acordo de Empresa, estão a defender a manutenção de um serviço público e, portanto, o bem comum.
Quem não consegue ver para além do seu umbigo, da sua comodidade, será contra estas e, porventura, todas as greves. E, ou muito me engano, ou grande parte destes são os mesmos que não vão votar porque têm coisas melhores para fazer.