Sinto que me repito quando digo que os génios são imortais. E que génio, senhores!...
A não perder, mesmo, a excepcional entrevista que a Anabela Mota Ribeiro fez em 2004 a Júlio Pomar e que hoje republica.
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Sinto que me repito quando digo que os génios são imortais. E que génio, senhores!...
A não perder, mesmo, a excepcional entrevista que a Anabela Mota Ribeiro fez em 2004 a Júlio Pomar e que hoje republica.
Outra vez, sim. Eu adoro a obra da Paula Rego! Ou não fosse uma fervorosa devota do surrealismo e expressionismo (além do impressionismo, que me enche as medidas e admiro profundamente quer em termos estéticos, quer na técnica e na essência artística que comunica), movimentos que me tocam de um modo muito especial e me transportam para planos alternativos da realidade, em que tudo é mais forte, mais belo ou mais fatal.
[Qualquer dia tiro um curso de História da Arte só porque sim, porque ainda não explorei devidamente esta paixão que tem tanto poder em mim. Eu sou a palerma que se emociona nos museus e que tem epifanias sobre a vida, a liberdade e o amor em frente a quadros de water lillies e de beijos.]
Para quem tiver possibilidade de visitar, há uma pequena exposição, "O Mundo Fantástico de Paula Rego", de entrada gratuita, a decorrer no Centro Comercial Colombo (Lisboa), em parceria com a Casa das Histórias Paula Rego, até 27 de Setembro. São litografias, gravuras e pinturas, unidas pelo facto de terem sido inspiradas pelo fantástico, em obras literárias ou histórias pessoais.
As narrativas que a Paula Rego constrói a partir de um mundo fantástico e grotesco que lhe domina a mente são - a Paula Rego é - absolutamente genial.
Aproitem ainda para ver, quando vos for possível, o filme "Paula Rego, Histórias e Segredos", do seu filho Nick Willing. Passou há umas semanas na RTP.
Griffin, 1982
91 anos hoje.
O xilre é o meu novo blog-fetiche (adoro esta expressão, uma blogger que muito estimo usou-a uma vez com um dos meus blogs antigos e nunca mais me saiu da ideia). Adoro os textos em que se invade a privacidade de gigantes da pintura e literatura e os devaneios que exalam aquele inexplicável conceito de poesia.
[Aqui entre nós, a pintura é a minha paixão invejosa, ou o mais próximo da inveja que consigo sentir. Delicio-me com ela e detesto ter consciência de que nunca nesta vida saberei concretizá-la com a mestria dos que admiro. Ou sequer rodear-me da sua poesia (lá está) sólida e visível. Mas tenho um Klimt no quarto e um Monet na sala. A óleo, made in China, mas quase tão bonitos como se fossem originais.]
Bom, bom, é poder ser quem se é sem entraves, sem limites, etiquetas ou hesitações. É rir dez horas seguidas, é aprender com os de sessentas e com os de oitentas, é a delícia dos disparates dos pequenos, amparar os planos dos teens, as estórias dos outros e sonhar amanhãs.
É bom dizerem-me que pareço ter uns 25 (é óptimo!), ouvir rasgados elogios aos pastéis de nata que nunca tinha feito ("dos melhores cremes que já provei na vida" - o ego rejubila), é mesmo bom fazer gazeta à medicação e mimar o palato com o lambrusco, o Muralhas rosé e o tinto do Douro reserva 2010 que me deslumbrou tanto que esqueci o nome. É bom estar com amigos que escolhem a nossa companhia na "lua-de-mel" e um mimo estar na companhia dum Paula Rego, um Maluda, três Cargaleiros e outros que tais.
Venham mais dias bons, que os neutros não ficam na memória.
Mesa de Luz, Paula Rego
Descoberto via Artpixie (que é a fonte de grande parte das imagens que aqui publico).