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Ventania

Na margem certa da vida, a esquerda.

Ventania

Na margem certa da vida, a esquerda.

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Adultério é uma palavra violenta e desnecessária como comprova “A Letra Escarlate” (“The Scarlet Letter” no original) de Nathaniel Hawthorne, que significa violação da fidelidade conjugal.

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Segundo o Código Civil português em vigor, "O casamento é um contrato entre duas pessoas que pretendem constituir família em plena comunhão de vida, que se baseia na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges. A direcção da família pertence a ambos os cônjuges, devendo os mesmos acordar acerca da orientação da vida em comum, tendo em conta a família e os interesses de cada um”.

Deve ser defeito da minha mentalidade pouco progressista, mas faz-me espécie como alguém pode contratualizar algo que, à partida, é motivado por sentimentos. Ou seja, como se pode contratualizar o amor ou mesmo o afecto? Não compreendo e recuso-me a contratualizar uma promessa que não sei, e ninguém sabe, se será cumprida. Mas novamente admito que possa ser um problema do meu entendimento e até admito que possa vir a mudar de ideias.

Depois há as obrigações legais do casal...

Pelo casamento os cônjuges ficam vinculados pelos deveres de respeito, fidelidade, coabitação, cooperação (obrigação de socorro e auxílio mútuos e de assunção em conjunto das responsabilidades inerentes à vida da família) e de assistência (obrigação de prestar alimentos e de contribuir para os encargos da vida familiar)."

A fidelidade é uma obrigação dos cônjuges. Não sou jurista, mas suponho que a quebra de uma destas condições contratuais possa ser fundamento para a denúncia unilateral do contrato. E pronto, podia ser tão simples quanto isto. Só que não é. A carga moral da infidelidade é pesadíssima, e como temos vindo a constatar entre o choque e a impunidade, com um diferencial muito grande entre géneros.

A meu ver, as relações sentimentais e sexuais não são matéria passível de estarem sujeitas a interferências externas. Cada qual deve fazer o que bem entender sem dar satisfações a partes não interessadas. Aliás, enquanto avaliação moral a fazer nestas matérias só defendo a verdade, até porque defendo a verdade acima de tudo. Se não houver mentiras nem segredos, nada a esconder, e ninguém se magoar, o que é que a justiça, a moral, a religião, a sociedade têm a ver com isso? [Podia discorrer sobre o tema, sendo previsível que o tema virasse para a apologia da poligamia e do poliamor, mas deixo para outra ocasião.]

 

Quem somos nós, qualquer um de nós, para limitar a liberdade dos outros?

 

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Em relação a mais um cobarde atentado terrorista, ocorrido ontem em Barcelona, só posso manifestar o mais profundo desprezo por quem mata e morre em nome da religião, qualquer que seja a religião ou sendo uma visão mais ou menos extremada. Deus não existe, logo, matar e morrer em nome de uma entidade imaginária é uma ignóbil negação da própria humanidade. [Ponto não passível de discussão.]

O aproveitamento político da situação, seja a favor do discurso da extrema-direita xenófoba (sim, é um pleonasmo) com o recurso à exploração do medo, seja com a comparação do Daesh ao IRA e à ETA, não por acaso a menos de mês e meio de um referendo quanto à independência da Catalunha, revolve-me as entranhas.

Mas o que me enoja mais é a banalização do terror. É o facto de a maior parte dos europeus (eu incluída) já nem nos lembrarmos ao certo de quantos destes ataques com um veículo que passa por cima de transeuntes aconteceram no último ano. Muito menos temos noção da quantidade de vidas tomadas desta forma e de feridos (que também são vítimas, não esqueçamos). Olhamos horrorizados as notícias, que repetem ad nauseam as mesmas imagens, as mesmas "informações", convidam comentadores que debitam as mesmas ideias essenciais, potenciando o medo, a intolerância, advogando a razoabilidade de abdicarmos de liberdades individuais em prol de uma falsa segurança... E assim nos vamos tornando progressivamente insensíveis à tragédia, formatados para acenarmos com a cabeça e aceitarmos como verdade absoluta esta realidade em que as pessoas são só números de vítimas a passar em rodapé, apenas um entretenimento macabro até à próxima desgraça a ser abusivamente exibida na televisão.

Recuso-me.

Não vou compactuar com o jogo de audiências, ou com o discurso do medo, ou com a hiperbolização de chavões que só revelam ignorância ao serviço de um ulterior motivo capitalista. Não contem comigo para encolher os ombros e resignar-me. Não contem com a minha complacência. Combaterei da melhor maneira que sei e posso até ao último fôlego. Aos mentecaptos que planeiam e executam actos terroristas, meto-os no mesmo saco dos corruptos que põem o umbigo próprio acima dos interesses do povo, no mesmo saco dos nazis, no mesmo saco dos servos do imperialismo. São um único inimigo comum e serão vencidos!

Ceder ao medo é a vitória do terrorismo e do fascismo. Somos muitos mais, não nos domarão, não nos calarão e jamais nos vencerão!

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[Quanto aos catalães, povo com quem me identifico particularmente (sem razões palpáveis), já mostraram ter calibre de lutadores e revolucionários. Espero que tenham tempo e a calma necessária para conseguirem continuar a dar uma lição de civismo, humanismo e fibra a todo o mundo, e que no dia 1 de Outubro a reforcem.]

A repressão dos tempos modernos, no meu local de trabalho e por parte da minha chefia, faz-se assim, com toda a classe e inegável fineza (not!). Sempre que as conversas entre colegas são consideradas inoportunas (que é quase sempre que não envolva directamente a pessoa em questão), são soltos profundos suspiros. Quem não conhecesse a peça pensaria que era paixão assolapada, daquela que aperta o peito e faz suspirar.

Pior ainda é quando as conversas alheias tomam um rumo que desagrada, seja pelo seu teor político (nestes casos sou eu a culpada 90% das vezes), anti-religioso (hmmm, 90% das vezes também serei eu) ou críticas a decisões da empresa. Nestes casos surge um pesado catarro de fumador (estranho sintoma para quem nunca fumou), intencionalmente sobrepondo-se às demais vozes. Escusado será dizer que se o efeito pretendia ser apaziguar as conversas ou o seu tom, tem o efeito precisamente oposto, já que toda a gente nota a reacção estapafúrdia e torna-se por demais divertido observar estas cenas quase pavlovianas.

O argumento que vou apresentar de seguida já tive de defender anteriormente, era eu estudante universitária.

 

Havia um prazo para um trabalho importante e que valia uma boa parte da nota de uma disciplina, que não era comum a todos os estudantes (depois dos anos comuns tínhamos vários ramos da licenciatura e as disciplinas eram optativas de entre um variado leque). Calha que foi agendado um evento social de relevo para o dia antes do fim do prazo para entregar o trabalho. Os alunos daquela disciplina dividiram-se entre os que abdicaram do evento social para se dedicarem a ultimar o trabalho lectivo, e os que decidiram não abdicar do evento social e confiar que após muito choradinho o professor iria estender o prazo de entrega do trabalho. O professor não estendeu o prazo. Eu e vários outros colegas entregaram o melhor trabalho possível dentro do prazo. Os colegas que foram ao evento social entregaram o trabalho após o prazo. O professor aceitou os trabalhos de todos e classificou-os com os mesmos critérios. Foi justo?
Não. Esta foi, é e será sempre a minha posição, que discuti exaustivamente com o professor na defesa do trabalho em questão. O professor, por outro lado, defendeu que não beneficiou ninguém, apenas não penalizou os colegas que entregaram o trabalho fora de prazo. Ora, sob este entendimento, é claro e objectivamente comprovado que alguns alunos tiveram efectivamente mais tempo para concluir o importante trabalho, de resto em igualdade de circunstâncias, já que não existiu penalização pelo atraso.
A meu ver, o não prejuízo dos infractores traduz-se num prejuízo dos cumpridores, que completaram o trabalho num período mais curto sem qualquer benefício na avaliação. Para mim isto é bastante claro e nem seria passível de discussão, de tão óbvio. O professor, que era quem tinha o poder de decisão no caso, defendeu que estava a ser justo para todos, e manteve a sua decisão.

 


No caso da tolerância de ponto do dia 12 de Maio passa-se exactamente a mesma coisa.

 

Nem falando no absurdo que é um estado (supostamente) laico dar tolerância de ponto a todos os funcionários públicos porque o Papa vem dar um pulinho a Fátima (onde uns chavalos inventaram uma peta que parece que esteve na causa de uma outra alucinação colectiva a outros tolinhos, mas isso são outros quinhentos), na prática temos os funcionários públicos a terem uma folga adicional não planeada, e o resto da população a ter de arranjar solução para lidar com este "imprevisto": crianças sem escola, consultas, exames, julgamentos e demais afazeres em organismos públicos adiados.

 

Em suma, um benefício atribuído a uma parte da população e que prejudica directamente o resto da população torna-se numa injustiça. Se a ideia era manifestar o respeito por uma maioria católica numa data aparentemente significativa, faça-se ao 13 de Maio o que se faz a 15 de Agosto (e tantos outros) - feriado nacional. Os motivos continuariam a ser deveras questionáveis, mas pelo menos o feriado seria para todos

 


Especialmente para uma amiga querida que há tempos me disse isto mesmo, com todas as letras: "Eu não acredito na Evolução." Pensei que ela estava a gozar e rindo, respondi "Então, és criacionista?", e ela confirmou. Sim, criacionista. Ainda existe disto. E não estamos a falar de pacóvios americanos que aprendem criacionismo na escola, estamos a falar de uma rapariga nova, instruída, culta, moderna, e que nem sequer é católica (cristã sim)... Depois dos meus argumentos científicos limitou-se a defender-se com "eu nunca estudei essas coisas, por isso não sei". O queixo descaiu-me 2 cm e ainda não recuperei.

Eu, comunista, ateia, tenho fé no Papa Francisco.

 

 

Agrada-me que seja politizado (o que alguns tentam que soe a acusação, eu diria que é um elogio). E para o lado certo.

 

Que seja humanista. E crítico da instituição a que preside. Progressista q.b.

 

Está muuuuuito longe da perfeição, mas para o mais influente líder mundial, homem branco e católico, não está mal de todo.

 

 

Que merda de sociedade nojenta, preconceituosa, racista, xenófoba, iludida, alienada, equivocada, é esta, em que ler o Corão é considerado perigoso, em que é possível e aceite com naturalidade que se faça uma queixa por suspeitas de alguém estar pacificamente sentado a ler um livro electrónico, e que um cidadão seja detido, inquirido e tratado como um criminoso porque, repito, estava a ler um livro?!

 

Que nojo é este em que nos estamos a tornar? Ainda há uns meses eram todos Charlies, os mesmos Charlies que apontam e olham desconfiados para pessoas com outra cor de pele, ou com um traje diferente!

 

Não se conhece e não se compreende o que está escrito num livro e até se assume que é um outro livro - e se fosse? Por favor, alguém que me explique porque é que ler o Corão constitui algum tipo de ameaça! 

 

Eu li o Corão quando era adolescente, da mesma forma que li a Bíblia e os Versículos Satânicos do Rushdie, e o Evangelho Segundo Jesus Cristo do Saramago e O Capital de Marx, e muitas dezenas de outros, até policiais manhosos e os livros condensados das Selecções. E Torga, e Urbano Tavares Rodrigues, e Sartre, e Jorge Amado... E se me apetecer levar o Corão na próxima viagem de avião, isso é motivo para me mandarem prender e interrogar?

 

Nestas alturas, e digo isto com a maior sinceridade, fico grata por não ter filhos. Não estou preparada para trazer alguém a este mundo a quem tivesse de explicar estas idiossincrasias, nem a Humanidade merece ter grande futuro enquanto isto for tudo aceite como se não se passasse nada de absolutamente aberrante e perverso. É que este tipo de segregação também é terrorismo. Livros considerados proibidos e perigosos e subversivos eram outra coisa aqui há umas décadas. Caminhamos para lá novamente?

 

 

 

Não pretendo ofender ou ridicularizar as pessoas que têm uma qualquer fé e acreditam nas fantasias mais rebuscadas em algo "superior", ou Deus, ou lá como quiserem chamar. Eu não acredito, de todo, mas isso sou eu e não tento impôr a minha ausência absoluta de Fé aos outros (apesar de considerar que as religiões apadrinham mais mal do que bem no mundo). De forma simétrica, acho redutor e ofensivo que um jornal supostamente independente publique uns "artigos jornalísticos" apregoando como factos inquestionáveis eventos que carecem de qualquer evidência. 


Vejamos, se eu pegar no jornaleco editado pela IURD (ou visitar o site), não será de espantar que lá pelo meio se diga que a oração curou uma doença qualquer a alguém ou que alguém ressuscitou. Mas se vou ler um jornal diário como o i não me parece muito aceitável que se afirme que o número de casos de possessão demoníaca tem vindo a aumentar, sem indicação sequer da fonte dessa informação. Foi o INE que o disse? Era uma pergunta constante do último Censo? Wtf?!


Não é suposto o jornalismo tentar fazer um relato dos acontecimentos reais e ajudar no esclarecimento da verdade? Em caso afirmativo, estas peças do jornal i não estão sequer perto do que é jornalismo.


Se calhar, publicar um especial conjunto de reportagens com explicação de como fazer um exorcismo, perguntas e respostas que não se sabe bem quem deu (o padre Sousa Lara, que explica como foi o seu percurso de betinho da linha que queria ser santo e pai de dez a padre exorcista?), mas são apresentadas de forma categórica, sem citações ou espaço para alegações e histórias de possessões demoníacas está para o jornalismo como o "Inferno" está para o "Céu" - bué, bué longe!


Será que se eu for dizer por aí que sou vampira e que nas noites de lua cheia o homem se transforma em lobisomem o jornal i também vai fazer reportagens sobre nós?


 


E depois, além da seriedade dos temas escolhidos, ainda temos as pérolas ortográficas...


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O espaçamento também está caro, o melhor é poupar...


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 (A sério, já não há revisores de texto nos meios de comunicação social?)


 

O esoterismo exerce um fascínio sobre mim há muitos anos, talvez desde sempre.

Muitas pessoas estranham que alguém que, para além de ter uma sólida formação científica, tem traços tão vincados de racionalidade (por vezes exagerada), se interesse por temas que abrangem desde o Tarot, astrologia, premonições, fantasmas, ou tudo o que seja "o oculto". E nada de contraditório há nisto. Bem pelo contrário.


Mesmo antes de ser cientista, percebi que a ciência serve melhor os seus propósitos quando coloca as questões certas e explora possibilidades, do que quando fornece respostas definitivas. É claro que hoje em dia a Ciência explica uma grande parte do nosso mundo, mas é sempre mais fascinante o que ainda não se sabe explicar, e importa perceber que a Ciência não explica tudo. É aqui que grande parte dos cépticos cai em falácia, permitindo-se apenas a pensar dentro dos limites do que está provado e estabelecido, achando que tudo o mais serão esquemas e truques, ilusões e teorias alucinadas (muitos casos são tudo isto, sem dúvida). Quanto a mim, acho que estas posições são precisamente vitórias da ignorância...


Ninguém com um verdadeiro espítito de cientista pode acreditar que só o que está explicado, provado e verificado é real - ou seria o fim da investigação. É duma arrogância quase imbecil pensar que se algo não está comprovado cientificamente é uma "superstição" ou "ilusão". É, aliás, quase tão imbecil como contrariar todos os factos de que dispomos, se os mesmos se opõem a teses religiosas ou a mentiras que foram culturalmente assimiladas; por exemplo, a negação da Evolução e da Selecção Natural por parte de alguns católicos mais tradicionais, que acreditam mesmo que foi uma entidade abstracta que criou o mundo em sete dias, a Eva duma costela do Adão e por aí fora. Acreditam nisto e nem sequer têm abertura para que na escola sejam abordadas teorias diferentes. Ignorância, mais uma vez. Pior, propagação da ignorância.


Atenção, com isto não estou a colocar em causa a Fé que cada pessoa possa ou não ter, que considero algo de muito íntimo e individual, expresso através duma religião ou apenas espiritualidade, ou filosofia de vida, o que se lhe queira chamar. A Fé uma expressão profunda de certezas e dúvidas, creio. Eu fui agnóstica até ao início da adolescência, na melhor das hipóteses, e desde então ateia convicta - lá está, a absoluta falta de Fé. Conheço, no entanto, dúzias de pessoas da Ciência que acreditam num Deus, que interpretam os 'textos sagrados' de vários modos, e não é a sua Fé que interfere nem no seu desempenho nem na visão racional do mundo.


Na Ciência, na Religião, na Filosofia e em todas as decisões com que o ser humano se confronta, nada há mais legítimo do que a dúvida, a hipótese (ponto de partida, aliás, do método científico). Portanto, também não posso afirmar categoricamente "Deus não existe" - é o que eu acho, é nisso que eu acredito, mas posso estar errada, claro. Quando ouço pessoas a desdenhar de teorias não comprovadas, sejam a possibilidade de viagens temporais ou astrologia, seja a evolução da pilha de hidrogénio ou o Tarot, fico algo indignada, ao mesmo tempo que atesto a minha própria hipocrisia quando desdenho de algumas crenças religiosas, mitos ou "milagres" - reparem nas aspas hipócritas.


Assim, aqui a menina tem tanto de céptica como de mente aberta. E digo-vos mais, faz-me todo o sentido que o Universo se reja por energias que ainda não conhecemos completamente, para além das que já conhecemos. Acho perfeitamente plausível que estas energias possam deixar 'impressões' dos mortos ou de acontecimentos, ou que a posição dos astros tenha alguma influência na energia pessoal e nos ritmos de cada um, ou que emitam 'sinais' que algumas pessoas captam mais facilmente que outras. Faz-me sentido porque comprovo o que dizem as teorias sobre os meus trânsitos planetários, porque eu própria e pessoas muito próximas têm o chamado sexto-sentido (ou instinto) apuradíssimo, porque alguns animais conseguem detectar sismos antes dos mesmos acontecerem e ainda não se sabe bem porquê, porque há "milagres" atestados clinicamente.





(E sim, também acredito que exista vida extra-terrestre. Mas aqui é mais uma questão matemática, probabilística, puramente racional. Além do que já vi ovnis, mas isso não interessa nada.{#emotions_dlg.blink})

Aquela altura do ano sem a menor relevância para não-católicos, em que os coelhinhos põem ovos, que são de chocolate e ocos, em que há um feriado à sexta-feira (estamos mesmo num estado laico?) em que não se come carne, e passados dois dias se finca o dente em pequenos cabritinhos silenciados, para comemorar a ressurreição dum carpinteiro desempregado, bastardo, que andava enrolado com uma senhora da vida e liderava um gang de alucinados cuja ocupação principal era viajar na maionese.

 

(O meu querido Saramago já não está cá, alguém tem de tentar manter a heresia em dia.)

 

 

 

 

 

 

 

 

Boa Páscoa, everyone! Eu vou ali comemorar os tempos em que os portugueses tinham tomates e mudavam as coisas que estavam mal.