Há semanas difíceis e surreais, há semanas tristes e de oscilações drásticas ao jeito de montanhas russas... Esta foi uma delas. Em oito dias, postos de trabalho em risco, incerteza, um encontro com pessoas de quem gosto muitíssimo e que temi que culminasse em batatada, discussões e desconfianças e lamentos e dúvidas, emergências de hospitais, um pedido de casamento e o falecimento de um familiar. Porra. E o fim-de-semana já a acabar sem pré-aviso, além da chuva prevista para amanhã.
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Anda meio mundo doido com a última maravilha da alimentação "fitness", um iogurte com elevado nível de proteína e baixo em gorduras, o skyr.
Não é para ser do contra, juro, mas provei um, natural (claro), e penso que será o último. Não gostei nada!
Em primeiro lugar, o sabor é... mauzinho. Não se assemelha assim tanto a iogurte, nem a kefir, mas mais a quark, numa versão pobre e deslavada. Deixa na boca uma sensação algo adstringente, a língua encortiçada.
Não duvido que misturado com mais alguma coisa melhore substancialmente, mas para quem gosta realmente de um bom iogurte natural (que não tem nada a ver com algumas mistelas rijas e sensaboronas que habitam as prateleiras dos supermercados), o skyr nem sequer chega perto...
Para mim, o melhor iogurte continua a ser o grego natural, na versão inteira e não light ou ligeira (não é completamente paleo, está na zona cinzenta). Sim, sim, tem mais gordura, naturalmente, mas quem disse que toda a gordura "faz mal" e engorda, mentiu! Porquê? Resumindo e simplificando bastante, porque não é a gordura que provoca picos de insulina, mas sim os açúcares!
Da próxima vez que forem ao supermercado, façam um teste: comparem os rótulos do skyr, do iogurte grego natural inteiro e do ligeiro. Qual é o que tem menor teor de hidratos de carbono? Pois, surpresa! É o grego inteiro.
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Doente crónica como sou, posso dizer que já passei por uma verdadeira panóplia de profissionais de saúde, sobretudo médicos. Sou a maior fã do SNS e dos seus trabalhadores, que admiro infinitamente. Já passei por alguns médicos realmente excepcionais (tanto no SNS como no privado), outros bons mas menos marcantes, uns sem uma manifesta vocação para lidar com pacientes (o que não significa que não sejam excelentes nas questões técnicas), uns um bocado parvos (uma oftalmologista betinha do HGO que me ficará para sempre na memória por não lhe apetecer responder às minhas perguntas, e um endocrinologista que não estava interessado em ouvir os sintomas, por exemplo). Mas foi preciso cortar um bife a um dedo e ter de recorrer ao atendimento de urgências de um Centro de Saúde da minha zona (que não o meu Centro de Saúde habitual) para encontrar um médico que:
Trocou, no relatório que fez para o HGO, a direita com a esquerda (enganou-se no membro ferido, mas acontece a todos, isso dou de barato);
enquanto a enfermeira me limpava o dedo, que sangrava profusamente, com soro fisiológico, observava de perto e perguntou "isso é água oxigenada?". Isto acho muito grave. Não sei se o doutor estava com os copos ou era mesmo ignorante (toda a gente sabe a reacção que a água oxigenada faz com o sangue, certo? Seria de esperar que o médico de serviço também soubesse...). Sei que eu e a enfermeira deixámos cair o queixo e respondemos em uníssono "soro..." (e para dentro, mas a transparecer pela expressão facial um enorme "duhhh"). Um grande #thumbsdown para este médico.
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Eu juro que na minha cabeça fervilham dezenas, centenas de posts, e não só. Pululam mil ideias para tudo e mais alguma coisa, planos, contos, viagens, romances, soluções para perguntas ainda por fazer. O senão é que tudo isto se desenrola em trânsito, durante o período em que faço a bendita (e essencial!) distanciação do trabalho e respectiva aproximação da casa, dos meus, de mim.
[É uma seca constatação esta, a de que na verdade só consigo dedicar-me a ser plenamente eu, nos intervalos daquela personagem que desempenho 4+1+4 horas diárias (pelo menos!). Não é que a dita personagem seja distintas de mim, que não é, mas é apenas um bocadinho pequeno do que eu sou, o bocadinho organizado, trabalhador, focado e ambicioso. E este não é, de todo, o ângulo preferido para me ver ao espelho, tão pouco aquele a que quero dar protagonismo, prioridade, o meu prime time.]
E é assim que dou por mim a esgotar os poucos cartuchos de energia que (a minha tiróide permite que) tenha, sem conseguir, na maioria das vezes, chegar à execução dos planos, dos posts, das empreitadas. Onde é que encontro um carregador de espírito anímico por aí? Ou um bom endocrinologista, vá.
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A bedida ainda está buito fadhosa. E tem os ouvidos buito entupidos. Bas tem a dizer-vos duas coisas, com radho e tosse:
1. Acetilcisteína 600 mg (genérica), 20 pastilhas efevercentes, venda livre, cinco euritos e pouco.
2. Muconatural (ou bucodatural, com sotaque constipadho), xarope mel e tomilho (bel e tobilho), produtos naturais, 3 vezes ao dia.