A colega do lado tem uma esferográfica da campanha do Paulo Vistas.
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A colega do lado tem uma esferográfica da campanha do Paulo Vistas.
Pessoa um bocadito obcecada com a higiene oral tem um enorme sentimento de culpa porque não vai ao dentista há mais de um ano. O tempo vai passando e a culpa piorando. Pessoa começa a ter sensibilidades dentárias que nunca teve, começa a suspeitar de cáries. Pessoa finalmente marca consulta no dentista, dois anos depois da última visita.
Veredicto: não há cáries nenhumas, tem de se escovar com menos força porque as gengivas já estão a começar a regredir à pala das lavagens à bruta.
A Sónia roubou-me o post. Ou melhor, a ideia que andava na minha cabeça quase todos os sábados e acabou por nunca sair.
Acontece que é tudo verdade. Tudo, menos a parte de só velhotas andarem na hidroginástica. As nossas aulas (o homem também frequenta) tem bastantes "velhinhas" (maiores de 60), mas também tem alguns menores de 40 e até uma ou duas teenagers. O leque de idades deve andar entre os 16 e os 90. Na verdade também não se trata de uma classe de hidroginástica, mas sim de hidromix (quando descobrir a diferença digo-vos).
O mais engraçado é que eu consigo a proeza do 3 em 1: sou em simultâneo a bem comportada, a tímida na fila de trás e a snob que não gosta de despir-se em frente às outras. Só não sou velhota!
Mas vinha cá mesmo era contar-vos a "true story" mais engraçada da piscina. Deu-se na semana passada. Depois de levarmos uma tareia na aula (a professora estava possuída!), já após os duches, estava uma pessoa a falar da Páscoa, com a inevitável conversa das amêndoas e tal, a dizer que só gostava das mais baratas, as amêndoas francesas, que gostava de as trincar, blabla.
A anciã da turma (uma jovem com perto de 90 anos) sai-se com a seguinte pérola: "ai eu também. Nem é só com as amêndoas, é com tudo o que vem à boca. Não tenho paciência para chupar, gosto é de trincar, que ainda tenho os dentes todos." As outras mais novas a gozarem o prato, a senhora a continuar a falar, na sua inocência (acho eu!), e eu... Bom... Escusado será dizer que esta vossa amiga teve um ataque de riso tal que teve de fugir rapidamente dos balneários para conseguir respirar.
só que foi real.
Uma pessoa da empresa em que trabalho ia viajar em serviço. Foi barafustar com o departamento responsável pela marcação das viagens porque o vôo incluía uma escala em Bruxelas, no aeroporto de Zaventem, e não queria passar por nenhum aeroporto em que tivessem ocorrido atentados, porque é "muito perigoso" e "irresponsável" e "sem garantias reais de segurança" e tal. A pessoa em questão tem, convém esclarecer, um bocadito (grande) de paranóia com a segurança e as funções que exerce estão, em certa medida, relacionadas com o tema. Tentou tudo por tudo para alterar o vôo, mas já não foi possível porque não havia alternativas para as datas em que era necessário viajar. Até aqui tudo certo.
Mas qual era o destino final, conseguem adivinhar? Eu digo-vos. Era o Afeganistão.
Entretanto, na Vueling... ou será na Bueling?
Ouvido hoje, no festival de horrores sociológicos (ou serão maravilhas?) que é o meu local de trabalho:
"Não se sabe o que aconteceu, se foi do coração ou um ataque epiléctrico..."
Ainda há dias outra pessoa disse duas vezes "isto é para todos os cidadões" (e não era o Cavaco!), e uma terceira perguntava pelo obcesso do colega.
Eu confesso, às vezes tenho de pensar em coisas muito tristes para conter os ataques de riso, outras vezes tenho mesmo de me esconder para libertar as gargalhadas antes que me engasgue.
O estagiário (não o "meu", que esse já se foi embora, infelizmente, mas regressou um dia para me trazer os limões que havia prometido na primeira semana de estágio - quase um ano antes) chegou uma semana antes do natal. Foi bem acolhido, claro. Eu fui lembrar The boss de contar com o miúdo para o almoço de empresa e para o cabaz de Natal. Teve, portanto, direito a uma festa de empresa, um outro almoço comemorativo de já não sei o quê (qualquer pretexto serve para a malta se juntar na galhofa e, sobretudo, comer - aquela malta é tipo marabuntas, vocês não estão bem a ver!), e ao cabaz de Natal (bem jeitoso, por acaso). Ao terceiro dia, saiu mais cedo, estava doente. Depois um familiar teve um problema de saúde, não veio. Depois teve problemas no regresso da terra e também não apareceu. Depois esteve doente outra vez. E depois deixou de avisar e continuou a não aparecer.
Depois houve algo entre um reality check e um puxão de orelhas e apareceu numa bela tarde. Depois melhorou, "só" não aparecia se algum dos chefes estava ausente. Ou se tivesse de "estudar", como se lembrou de avisar numa 2ª feira depois das 10. Além de tudo isto, nunca conseguiu chegar a horas, queixava-se da instabilidade dos comboios (só que há comboios de 10 em 10 minutos).
Deve ser do generation gap, mas isto faz-me uma confusão dos diabos. Comentava isto com o marido, e ele conta-me episódios idênticos na empresa dele. O melhor de todos foi o moço que, como lhe estavam a dar pouco trabalho para fazer (algo a ver com a indisponibilidade das chefias para dar orientação), decidiu deixar de ir durante uns dias, sem dar cavaco a ninguém e achando que ninguém daria pela sua ausência. Claro que a sua esperteza foi detectada (as leis de Murphy não falham) e não se deu lá muito bem.
Eu juro que não sou daquelas pessoas que dizem "no meu tempo é que era", mas o meu primeiro instinto é de indignação, por não compreender que noção distorcida da realidade que estes putos têm, se acham que este tipo de comportamentos é aceitável em ambiente laboral. Interrogo-me que noção de responsabilidade lhes foi passada em casa e nas escolas. Depois lembro-me que estamos em Portugal, terra onde reina a impunidade e onde a Chico-espertice dá vantagens inequívocas, e isso, infelizmente, serve de atenuante.
"Querida, reconfigurei o frigorífico!"
Em breve o filme... numa cozinha perto de si.
Responder a DUAS propostas de emprego enquanto em conference call com a chefe e um colega estrangeiro, no gabinete da chefe!
"O que é o instagram?"
Diz-se (fundamentadamente) que após uma separação o melhor para fazer "o luto" é eliminar todos os vestígios do(a) ex. Todos os pertences da pessoa falecida, fotografias, presentes, devem ser postos longe da nossa vista definitivamente (doar, fazer uma distribuição pelos contentores do ecoponto mais próximo ou - a minha favorita - fazer uma crepitante e romântica fogueira).
Tudo certo. E depois há os ex que facilitam a tarefa. Que o diga a minha amiga P. O marmanjo foi viver com ela, true love forever, same old story, que o amor é eterno enquanto dura e, aos poucos, foram substituindo os electrodomésticos (TV, home cinema, aparelhagem, por aí fora) por modelos mais recentes, comprados a meias, ao passo que os antigos (que eram dela desde antes dele ter aparecido) foram sendo oferecidos aos pais dele. Pois que, out of the blue (não é sempre?), o gajo acaba a relação e sai de casa. Leva as suas coisinhas. Leva as aquisições conjuntas. Deixa poucos centos de euros como compensação pelas coisas novas e velhas e a minha amiga destroçada. Com os nervos, ou intervenção divina, ela ainda deixa o telemóvel cair... na casa-de-banho... na sanita... aberta. E foi assim que se foram também as fotografias e quase todos os vestígios digitais do crápula, a minha amiga fez o luto (e o funeral aquático) e, já que não podia ver televisão nem fechar-se a ouvir os CDs melancólicos, deu-lhe para correr em vez de chorar e ficou ainda mais boazona.
The End
Alguém: Este ano não é ano bissexto, pois não?
Cabecinha pensadora: Não, o ano passado é que foi. E o ano antes também.