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Ventania

Na margem certa da vida, a esquerda.

Ventania

Na margem certa da vida, a esquerda.

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Pese embora a Sr.ª D. Isabel Jonet (só) diga enormidades que me fazem rosnar e espumar dos cantos da boca... Pese embora ainda o cariz dúbio da caridadezinha... bem como as negociatas que a mesma envolve... Eu contribuo para as campanhas de recolha de alimentos do Banco Alimentar. Sempre. Desde sempre (era pré-adolescente e já fazia questão de contribuir com alguma coisa, mesmo que só um Kg de arroz ou de esparguete). Porque sejam quais forem as perdas pelo caminho, há muita gente (mas mesmo muita gente!) a depender desta ajuda para comer. E não é razoável virar as costas a quem precisa.

 

Muitas coisas podem estar erradas com o processo, e estão. Há muitas associações a lucrar com o negócio da solidariedade, há "voluntários" que são empregados sem contrato, mas auferem vencimento e muitas vezes também prestação social, há gestores destas associações que andam de Porsche, há despensas de quem não precisa cheias com os alimentos doados. Há parcerias comerciais com marcas que aproveitam a publicidade para vender mais, há toda uma margem de lucro que vai direitinha para os cofres das superfícies comerciais, há os impostos que vão ter aos cofres do mesmo Estado que deveria ser a primeira entidade a dar o exemplo e ajudar as famílias carenciadas. Há a visão burguesa e desfasada da realidade portuguesa a dar a cara pela causa, quiçá prejudicando a mesma.

 

 

Mas há também muita ajuda a famílias carenciadas que depende das parcerias com o Banco Alimentar, e há, sobretudo, muita fome e necessidade. Não é legítimo virar a cara e, em pondendo, não ajudar desta forma - a não ser que se consiga ajudar de uma forma mais abrangente, ou efectiva. Em última análise, há que saber destrinçar a causa das pessoas que a gerem e das vicissitudes inerentes. E a causa merece, infelizmente, toda a colaboração possível. Enquanto houver pobreza em Portugal, eu contribuo para o Banco Alimentar.

 

 

 

 

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